Leonardo, interpretado por Guilherme Lobo, é um adolescente cego que cresceu ao lado de Giovanna, interpretada por Tess Amorim, que sempre ajudou Leo a ir para casa depois da escola, onde estudam na mesma sala. Um dia, chega o aluno novo chamado Gabriel, interpretado por Fábio Audi, que vai tomar o mesmo rumo que Leo para casa. Gi começa a se apaixonar por Gabriel enquanto Leo começa a se descobrir.
No plano de fundo, tem a busca pela independência de Leonardo que quer fazer um intercâmbio em Los Angeles e a compreensão de mundo por um cego em relação a bullying, acessibilidade e amor.

A química construída entre Leo e Gabriel é estabelecida de forma muito sútil, que quando você repara que não tem espaço para mais ninguém ali, você com um sorriso de orelha à orelha. Você também se encontra assim nos momentos em que o Leonardo se mostra independente ou tentando ser. Tem muita cena busquei outra palavra, mas não achei fofa.
A direção é bem cuidadosa e o jogo de câmeras é maravilhoso. Muitas vezes a câmera foca só no Leo e você não sabe o que está acontecendo ao redor. Um exemplo bom disso é uma cena em que o protagonista está no cinema e a gente não sabe o que está passando na tela e nós só somos capazes de imaginar o que o Gabriel narra para ele.
A fotografia é bem bonita e o cenário ajuda muito a carregar a leveza da história. As cores são muito próximas do neutro e sempre tem um ambiente arborizado.
De fato, professores deveriam trabalhar essa história em escolas porque não é uma narrativa pesada, além disso, tem o curta-metragem que é tão bonitinho quanto, e o tema é necessário de ser abordado... Na escola, eu lembro, vimos "Orações para Bobby" e na época eu não tinha dado tanto valor, só sei que era bem triste. Mas esse é bem leve e mostra a naturalidade das coisas.
"Hoje eu quero voltar sozinho" é um filme com enredo leve que vai te fazer sorrir do início ao fim.
Até segunda!
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