Neste mundo só o inverno é certo. Nós podemos perder nossa cabeça, é verdade... mas e se prevalecermos? - A Dança dos Dragões, George R. R. Martin
Hoje vim do livro A Dança dos Dragões, da série As Crônicas de Gelo e Fogo, escrita por George R. R. Martin, nosso serial killer. O quinto livro da série é outra metade de O Festim dos Corvos.
Como esse é o quinto livro tem spoiler sobre os livros anteriores, principalmente dos três primeiros.
Lembra que quarto livro tratou sobre a parte Sul de Westeros, Pyke e Bravos? Neste volume vamos continuar a história sobre os personagens que não foram focados naquele livro. Então esse livro se passa no Norte, na Muralha, em Para-Lá-Da-Muralha e em Essos (majoritariamente em Meereen). Um pouco depois da metade nós voltamos a ver todo o mapa d'As Crônicas de Gelo e Fogo.
Já Daenerys está crente que todos os povos da Baía dos Escravos estão na estão na vibe Princesa Isabel. Mas, na realidade, com Drogon solto por aí e as hierarquias yunkaítas ressurgindo, a Mãe dos Dragões descobre que o título de Destruidora de Correntes incomoda toda uma economia baseada na escravidão.
Tyrion está numa viagem instigante em Essos. Após matar o pai Lorde Tywin Lannister e a amante Shae, o Duende encontra o Magíster Illyrio Mopatis do outro lado do Mar Estreito e embarca para a tão famosa última Targaryen. No caminho, vamos ter tantas descobertas e histórias quanto Tyrion sempre foi capaz de nos proporcionar.
Neste livro também nos deparamos com um Theon Greyjoy bem diferente. É de doer. Eu sempre odiei o personagem, mas o inimigo agora é outro. Nas garras do Bastardo de Bolton, Ramsay, Theon vai ser escurraçado, mas será o dono da melhor história de A Dança dos Dragões.
Enquanto Bran se encontra perto do fim de sua roadtrip em Para-lá-da-Muralha, o jovem Príncipe Quentyn Martell sai de Volantis para encontrar e salvar Daenerys Targaryen e trazê-la em segurança para Dorne.
Esse, realmente, é o livro com mais altos e baixos que Martin já escreveu na série (com mais altos do que baixos, graças a Velha). O clima "e agora?" do livro anterior se foi, afinal nesses núcleos não temos luto. O clima aqui é "o inverno está chegando e os mortos andam" com o sintoma de caos completo. Acho que caos é o que consegue definir esse livro.
No mar, tempestade. Ao norte, o povo livro está morrendo de frio e pelos Outros. Em Meereen, ameaça dentro e fora dos muros. Todos desesperados para coroar algum rei já que os Lannister estão no fundo do poço. Caos.
Nesse caos, a gente tem personagens testam nossa paciência. Quentyn Martell, Victarion Greyjoy e Rainha Selyse imploravam por um fogo e sangue. Eu ainda amo a Dany, mas reconheço o mau uso da nossa khaleesi que passava mais tempo pronunciando seus títulos que agindo.
Mas os outros personagens destruíram em cena. Os irmãos Asha e Theon Greyjoy foram o ponto alto do livro, assim como os capítulos da Cersei e da Arya na metade final.
Martin, por favor, vamos elevar os Martell. E adoro o Doran, a Arianne e as Serpentes. E por Bran e Davos mais tempo nos próximos livros.
Estou com sede de inverno agora. George Martin tem uma habilidade de prender o leitor que me faria ler Os Ventos do Inverno neste momento. Mas é aquele ditado, né. Não existe nem previsão. Desse jeito, só me resta terminar de ver as últimas temporadas.
Tchau e até segunda-feira.
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