segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Resenha de "Objetos Cortantes"

"Não basta dizer que é um estreia espetacular. É uma história admirável, marcada pela escrita e ideias afiadas". Quem disse isso foi Stephen, O Rei, King. E, se ele falou, não vou negar.

Hoje seria o dia de postar o Diário, mas não o farei. Semana que vem eu posto e explico o por que de eu não postar hoje.

Eu não sei se o livro é rápido ou as circunstâncias o fizeram ser. Li esse livro em 4 dias, mas conseguiria ter lido em 3. Para quem não sabe, estou lendo "D. Quixote" e a leitura é mais lenta e pesada, a escrita é rebuscada... E, por ser difícil, eu comecei a ficar desanimado, comecei a floppar, e daí perguntei em um grupo o que fazer. Me disseram para pegar algo mais leve, fluido. Então peguei "Objetos Cortantes", de Gillian Flynn.
"Objetos Cortantes" é o livro de estreia de Gillian Flynn, autora de "Garota Exemplar". O livro é narrado por Camille Preaker, uma jornalista policial de Chicago que foi incumbida de voltar a sua cidade natal e fazer uma reportagem sobre os acontecimentos estranhos, depois de recém-saída de um tratamento contra a auto-mutilação. Recentemente uma criança havia morrido e outra estava desaparecida.
Camille, além de investigar e sondar a polícia sobre o assassinato, tem que conviver com sua família hostil e nada normal. A jornalista terá que se relacionar com o padrasto calado, a irmã mimada que mal conhece e a mãe hostil.
O livro não tem uma estrutura normal de um livro policial. Claro, ele tem a estrutura básica de acontecimento-investigação-solução. Mas a investigação não acontece de maneira esperada, porque os suspeitos não são claros, a polícia não ajuda na investigação da Camille, dando a ideia que todo mundo é suspeito e ninguém é.
Poucos personagens são aprofundados, até porque a cidade inteira é questionável. Tive dois suspeitos e, como eu gosto de acertar (desculpa, sociedade), fiquei feliz de o culpado ser um dos que estavam em mente.
A solução para o caso foi maravilhosa. Gillian Flynn foi surpreende no final, início e fim se encaixam com impressionante inteligência e conhecimento psicopatológico.
Graças ao Bom Deus, Gillia Flynn fala que não se inspirou em ninguém para os personagens, porque não tem gente fofa nesse livro, nenhuma pessoa tem boa índole.
Para tudo! que essa resenha merece "Momento Spoiler". Então, para você que já está convencido a ler, até segunda que vem! Se você já, continua comigo que eu preciso falar!

Momento Spoiler

Minhas dúvidas entre o serial killer era entre a Adora, a mãe de Camille, e a irmão Amma, de 13 anos. Adorei ver as duas caindo.
Mas Amma sendo a assassina, confesso, foi um pouco inesperado, porque ela tem 13 anos. Drogada? Talvez. Bêbada? Talvez. Periguete? Não posso julgar. Amma para mim era só mimada e até um pouco vítima.
Pelo fato de ela ser assassina o comportamento das amigas dela combinam com a situação. Jodes retraída, os risinhos das outras quando tudo mundo estava procurando por Natalie Keene.
Realmente Adora não seria a assassina porque uma pessoa que arranca dentes pela sensação de poder, não vai jogar fora os dentes. Imaginei Camille com o máximo de revolta possível quebrando aquela casa de bonecas. Amma e Adora mereceram os seus respectivos fins.

E adorei a ideia da doença de Adora. A mãe de Camille sempre apresentou um jeito pertubador e Gillian Flynn nos entrega o distúrbio MPP, Munchausen Por Procuração, de maneira sutil. MPP é um distúrbio que faz com que a pessoa tenha atenção dos outros, no caso de Adora, pela fragilidade médica de um menor. E foi assim que Adora matou Marian.
Gillian construiu uma história objetiva, simples e inteligente. Com dois culpados para crimes diferentes. O que acharam do livro? Comenta aqui embaixo avisando que é com spoiler. Até segunda que vem!

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

A história é contada pelos vencedores e a literatura pelos outcasts

Moçe você já se perguntou qual é o seu tipo de personagem favorito? Em uma pesquisa feita pelo sete doses, a maioria dos leitores respondeu que os favoritos seriam os outcasts( proscritos/ excluídos). E vem agora outra dúvida: de onde será que surgiu esse amor por esses personagens?


Levante a primeira pedra quem nunca se sentiu excluído de algo!  

Acho que o fato de ser leitor muitas vezes já te torna um outcast, Uma pesquisa feita pelo institutopró-livro mostra que a maioria dos leitores é sim um outcast, quem aqui nunca sofreu bullying na rodinha de amigos por ser um dos poucos que gostava de ler? 
Outra razão é que, segundo uma pesquisa do instituto pró-livro, a maioria dos leitores é mesmo um outcast da sociedade, talvez não no nível hard como é mostrado em alguns livros.  Mas estes são outcasts principalmente no que se diz respeito a gênero( 56% dos leitores são mulheres) e a classe social(75% dos leitores são pertencentes as classes C e D).  

Fora o fato de que, segunda a pesquisa do instituto, a maioria dos leitores se encontra na adolescência que sabemos que é um período em que muitos de nós queremos ser aceitos ou temos medos de não sermos.  


Mas não podemos nos esquecer de que existe uma minoria de leitores que são muito, se não completamente, privilegiados e gostam de outcasts, como explicar? Bem, acho que temos que lembrar que mesmo a pessoa mais privilegiada do mundo pode ser bem cega ao que tem e nada a proíbe de se sentir como um outcast.


E não podemos esquece não necessariamente precisamos passar pela mesma situação, muitas vezes uma boa narração pode fazer com que nos importemos com um personagem que não tem nada a ver conosco ou simplesmente o fato de que a empatia com os personagens existe, às vezes só basta nos esforçarmos um pouquinho para que consigamos ver o que o outro está sentindo.

O que mostra que esse nosso amor pelos outcasts é um grande ato de empatia que os leitores tem o que é uma coisa maravilhosa! E é a prova de que somos todos sensates e que os livros são nossa Angélica.


segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Livros antes de morrer

Enquanto começava a assistir "Penny Dreadful", de John Logan e com atuações brilhantes de Eva Green, Timothy Dalton e Harry Treadaway, eu percebi que não li nenhum dos livros que fazem parte do crossover vitoriano que é a série. Então eu pensei em falar sobre os livros que inspiraram "Penny Dreadful", que são os famosos clássicos do terror: "Drácula", de Bram Stocker, "Frankenstein", de Mary Shelley, e outros livros. Depois disso, pensei: "Não vou falar sobre isso não! Vou falar sobre livros da literatura que eu acho que tenho que ler." Daí eu vou citar 7 livros para ler antes de morrer.

Essa "tag" não tem nada a ver com os vídeos da Isabella Lubrano do canal "Ler Antes de Morrer".

1. O Cortiço - Aluísio Azevedo

Esse livro foi sugerido pela equipe de Literatura do colégio que eu estudava, mas eu li só pedaço do livro, embora eu goste das características do estilo de época (O Naturalismo).
"O Cortiço" é a principal obra do Naturalismo e conta as histórias e casos dos moradores de um cortiço que foi criado pelo comerciante português João Romão. Aqui vai a sinpose do exemplar que eu tenho:

"O cotidiano miserável de uma habitação coletiva em fins do século passado[retrasado - século XIX], apresentado com uma objetividade implacável, é o centro da trama de O Cortiço. Obra máxima de Aluísio Azevedo, este romance representa a maturidade de um escritor preocupado em registrar e analisar à luz da Ciência as mazelas da sociedade brasileira."

Espero que leiam também!

2. Dom Casmurro - Machado de Assis

Existe uma áurea em volta desse livro, apesar de eu nunca tê-lo lido. Também está na minha estante e espero muito ler em breve. Dom Casmurro é narrado em primeira pessoa, cheio da metalinguagem, ironia e crítica social de Machado de Assis. O narrador, mais conhecido como Bentinho, vai contar a sua história de sua juventude e sua relação com a esposa a famosa Capitu.
Dom Casmurro foi adaptado para várias formas. A última adaptação foi a microssérie de 2008, "Capitu", escrita por Euclydes Marinho, com Maria Fernando Candido, como Capitu, e Michel Melamed, como Bentinho.


3. Assassinato no Expresso do Oriente - Agatha Christie

Em "Assassinato no Expresso do Oriente", vamos acompanhar o detetive Hercule Poirot investigando um assassinato dentro do lotado trem Expresso do Oriente. Quando o expresso é obrigado a parar por causa de uma nevasca no trajeto, acontece um assassinato e nós iremos acompanhar a resolução.
Na verdade, eu coloquei esse livro por ser o mais famoso da Agatha Christie(pelo menos, é o que eu ouço falar), só para dar um livro mesmo, porque eu acho que qualquer pessoa que gosta de policial deve ler Agatha Christie... E eu não li. Me julguem.

4. O Conde de Monte Cristo - Alexandre Dumas

Todo mundo deve conhecer Alexandre Dumas de "Os Três Mosqueteiros", aquela história maravilhosa que preciso ler na versão integral. Em "O Conde de Monte Cristo", Edmond Dantés é um marinheiro preso injustamente. Na prisão ele conhece um clérigo que vem a morrer, e quando foi solto acaba por herdar a fortuna do clérigo. Com a nova condição social, Dantés começa a arquitetar seus planos de vingança contra aqueles que o puseram atrás das grades.
Para quem não sabe, "O Conde de Monte Cristo" inspirou a minha série do coração "Revenge", de Mike Kelley. A série conta a história de Amanda Clarke e como ela vai vingar a morte de seu pai que foi preso injustamente acusado de terrorismo. Nessa empreitada, ela troca de nome e vira Emily Thorne e se muda para a casa que morou na infância vizinha à grande Mansão Grayson da família que destruiu a sua vida.


5. Crime e Castigo - Fiódor Dostoiévski

Dostoiévski contou nesse livro a história do jovem estudante de Direito Raskólnikov e sua crise de consciência depois de um assassinato. Raskólnikov acreditava que o homem deveria quebrar algumas regras para evoluir. Seguindo seu pensamento, ele planeja e comete o assassínio de uma agiota, mas acaba também matando a irmã dela, fugindo do controle. A partir desse evento, o protagonista vai ter que passar a conviver com esse peso.

E existe também uma série da Fox e bebeu dessa fonte. A série "How to Get Away with Murder" narra, indo e voltando no tempo, a história de quatro jovens estudantes de Direito que acabam assassinando uma pessoa e precisam get away with murder (se safar do assassinato) e, para ficar melhor, um dos personagens, o Connor Walsh, cita o protagonista do livro com a frase que dá o título ao episódio "Hello, Raskolnikov".

6. Senhor dos Anéis - J. R. R. Tolkien

Criada como sequência de "O Hobbit", a série também conhecida como "Trilogia do Anel" conta como Frodo, que possuía o Um Anel, anel poderoso criado por anões, decidiu ir atrás de Gandalf para saber dos poderes do objeto mágico. O anel não pode cair em mãos erradas, então o mago Gandalf promove uma sociedade, A Sociedade do Anel, feita a partir da união de várias raças da Terra-Média para destruir o Um Anel.
Eu já li "O Hobbit", então eu conheço a força que o Tolkien tem na fantasia. Além dele e da trilogia, Tolkien escreveu "O Silmarillion" e "Contos Inacabados" situados na Terra-Média. Para leitores de fantasia acho que é um dos livros/séries essenciais. Necessito!


7. 1984 - George Orwell


Para quem gosta de distopias, acho que "1984" deveria entrar na sua lista. Eu pesquisei algumas sinopses, mas tinha muito spoiler nelas. "Mas, Matheus, clássico não tem spoiler!" Pode ser uma verdade, mas eu queria saber o mínimo do enredo, então peguei a sinopse da edição da editora Companhia das Letras:
Winston, herói de 1984, último romance de George Orwell, vive aprisionado na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente dominada pelo Estado, onde tudo é feito coletivamente, mas cada qual vive sozinho. Ninguém escapa à vigilância do Grande Irmão, a mais famosa personificação literária de um poder cínico e cruel ao infinito, além de vazio de sentido histórico. De fato, a ideologia do Partido dominante em Oceânia não visa nada de coisa alguma para ninguém, no presente ou no futuro. O’Brien, hierarca do Partido, é quem explica a Winston que 'só nos interessa o poder em si. Nem riqueza, nem luxo, nem vida longa, nem felicidade - só o poder pelo poder, poder puro.'

Então, pessoal, se só te restasse esse dia, quais seriam os livros que você leria? Faltou alguns livros (óbvio), mas ninguém será esquecido por mim, estão todos nas wishlists e na minha cabeça. Acho que essa Bienal vai render um bom Book Haul.
Até segunda com mais um diário de D. Quixote!

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Diário de Leitura - O engenhoso fidalgo D. Quixote da Mancha (PARTE 2)

Let me floppar!

Olá, companheiros de leitura! 
Depois de duas semanas, era para eu ter acabado de ler o primeiro volume e começado o segundo, mas Deus não quis e cá estou eu para dizer mais sobre "D. Quixote".
Durante essas duas semanas, eu li até o meio do Capítulo XXIV. Essa postagem poderia se resumir em: Não há o que falar, apenas sentir! Mas não é para isso que estou aqui, então vamos falar sobre D.Quixote.
Eu queria ter lido com post-its ao meu lado, mas quando eu percebi que seria bom fazê-lo, eu já estava bem longe no livro. Uma sugestão: Leia com post-its ao seu lado.
Durante o livro inteiro nos pegamos lendo longuíssimas falas, chegando a ter páginas de uma fala só. Ou essas falas vem dos personagens que estão sendo apresentados, já que eles chegam e contam suas histórias, ou são do próprio D. Quixote que está declamando seu amor à Dulcineia ou descrevendo uma cena imaginária que está acontecendo.
Por ser um leitor, nosso cavaleiro andante é um personagem muito descritivo. As descrições das aventuras, como a aventura dos rebanhos que se enfrentam parecendo dois exércitos (ilustrado na foto ao lado por Portinari), dá um tom de antologia. Parece que estamos lendo várias histórias, vários contos, só que com os mesmos e lindos personagens.
Deve ser da característica de Cervantes colocar personagens para falar muito, como eu disse antes. Eu achava que, como Sancho Pança é o mais humilde, ele não falasse tanto Mas também usa falas longas e um tanto rebuscadas. Chega a ser engraçado o fato de D. Quixote proibi-lo de falar, e ele se mostrar totalmente e revoltado e propõe voltar para casa caso o seu senhor não suspendesse a pena.
Destaque à parte em que Sancho e Quixote têm que atravessar um "bosque" de castanheiras à noite, mas Sancho fica com medo e monta todo um estratagema para D. Quixote não ir sozinho de noite. Ao acordarem, eles descobrem que o barulho que ouviam e que tanto apavorava-os era algo parecido com um moinho. E as cenas subsequentes mostram a essência da história que é a imaginação Imaginar é muito bom, né?

Os últimos capítulos se passam na Serra Morena e eu ainda estou lendo Eu adoro essas partes que juntam poemas e narrativa, dá uma intensidade ao novo personagem.
No próximo diário, eu espero poder contar sobre Serra Morena e falar sobre o próximo livro, enfim. Estou curioso. Até segunda que vem com a postagem que ia sair semana passada, mas o Blogger impediu minhas vontades, e até o próximo diário.

P.S.: Essa postagem foi muito curta? Espero na próxima ter mais coisa para escrever e comentar.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

TAG: DIAS DA SEMANA EM LIVROS












Olá, eu me chamo Raquel Tavares e vocês estão no blog 7 Doses Literárias. Depois de muito, muito tempo sem aparecer por aqui por questões de falta de tempo e criatividade, eu  trago para vocês a tag: Dias da semana em livros.  





Domingo – Um livro que você não quer que termine ou não quis que terminasse.
 São tantos...Mas vou citar a coleção Belo Desastre 


Segunda – Um livro que você tem preguiça de começar.
Os e-mails de holly o livro mais barato e o mais grosso da minha estante 

Terça – Um livro que você empurrou com a barriga ou leu por obrigação. 
Dificilmente eu faço algo por obrigação. Mas teve um livro que eu empurrei em uma TBR para me livrar achando que seria uma leitura ruim, e é claro que eu me enganei. A Breve Segunda vida de Bree Tanner  foi um dos melhores livros da maratona 

Quarta – Um livro que você deixou pela metade ou está lendo no momento.
 Tenho três livros pela metade, dois por eu não está no clima e o outro por não me agradar mesmo que foi Esposa 22 

Quinta – O livro de quinta. Um livro que você não recomenda. 
Isso é muito complicado, Um livro que é'' ruim'' pra mim pode não ser pra você 

Sexta – Um livro que você quer que chegue logo (lançamento ou compra) 
Que chegue logo não tem nenhum, sobre comprar livros... ''Não vamos colocar meta, Vamos deixar a meta aberta. Quando atingimos a meta, vamos dobrar a meta''  

Sábado – Um livro que você quis começar novamente assim que ele terminou.
Praticamente todos. Na verdade eu queria que existisse uma pírula do esquecimento para eu  poder reler meus livros dezenas de vezes. 



Estou tangueando todos que se sentirem a vontade de responder, só não esqueçam de linkar o blog 
Até semana que vem. 
XOXO 




quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Bora falar sobre o amor pela leitura no mundo, moçxs?

Eu já fiz um post comentando os motivos que cada leitor tem para ler, e convidei a participarem dessa discussão, porém eu nunca fiz um post ilustrando a ideia contrária: porque tantos brasileiros não leem? Porque não gostamos de ler?
A minha primeira reação foi procurar “qual país lê mais” o que me conduziu a diferentes estudos, em relação a quantidade de livros que alguém lê e em relação ao tempo dedicado a leitura e eu vou mostrar ambos aqui.


QUANTIDADE DE LEITURAS


Segundo um estudo publicado pelo instituto Pró-Livro em 2011, o país que lê mais é a Espanha, com cerca de 12 livros por ano e o Brasil,nesta lista, com cerca de 4 a 5 leituras por ano. Embora estejamos em uma boa posição no ranking a diferença é drástica, temos menos da metade de leituras que um espanhol teria, e convenhamos, embora a diferença seja grande ler dez livros por ano é pouco não?
O preço dos livros na Espanha é diferente dos livros no Brasil, até porque a Espanha sempre foi um país privilegiado em relação ao nosso, o IDH é melhor, o nível de analfabetismo é melhor, a estrutura da Espanha permite a maior quantidade de leitores.
O preço dos livros no Brasil, não é dos mais caros, se formos comparar com outros países e encararmos outras questões sociais, mas para que número chegasse a um preço “bom” precisaríamos de mais leitores, e para termos mais leitores precisaríamos de livros com preços mais baixos, e ficamos neste eterno ciclo.

TEMPO PARA LEITURAS




Uma pesquisa feita pela Market Research World revela que o país que passa mais tempo lendo é a Índia, com cerca de 10 horas por semana, o que é o dobro da média Brasileira que ficou em 27 lugar.
O interessante é que a Índia não possui índices tão bons no IDH, na verdade, ela está numa posição bem atrás da brasileira e o mesmo se reflete em casos como o analfabetismo, na época em que o estudo foi publicado, a Índia era o país com mais analfabetos no mundo.
Segundo o site Times of India, uma das razões para o número de leitores ter aumentado é a tecnologia. Sim, a tecnologia, a vilã que impede que as pessoas leiam, fazendo-os ficarem vidrados na internet. Graças a internet os leitores indianos puderam estreitar os laços com os autores e tiveram acesso ao booktube, aonde tem indicações de leituras. Os e-readers e e-books facilitaram a vida de muita gente também pela comodidade.
Fora o fato de que um dos idiomas oficiais da Índia é o Inglês, que é uma língua mega difundida, e a Inglaterra é o país que mais pública livros no mundo. Logo, o processo de tradução é desnecessário, fazendo com que o preço dos livros abaixe.

Conclusão


De fato o Brasil não é o país dos leitores, em relação a outros países o nível de analfabetismo não é tão aberrante. Mas estamos considerando o analfabetismo funcional? Aquele em que a pessoa sabe ler, mas não interpretar? A leitura ajuda muito a derrotar esse analfabetismo, e o Brasil está se mostrando um país com leituras crescentes. O instituto pró livro declarou que a média de leitura do Brasileiro em 2000 era, mais ou menos, 2 livros agora passa para cerca de 4.
Estamos em 27 em relação ao tempo de leitura, podemos não estar lá no topo tanto quanto na quantidade, tanto quanto no tempo. E nós podemos adiantar esse processo de leitura, como? Por exemplo doando livros para bibliotecas, ou obrigando seu amiguinho a ler(lembrando que ler é mais que a obrigação dele), incentivar que a literatura vire modinha e parar de tentar ser hipster em relação a seus livros( dói? Dói muito você vai ter que dividir seu livro com as pessoas que te zoavam por ler e isso machuca demais, porém é necessário né? Né gente? Eu já não sei mais…) enfim essas são as pequenas maneiras de fazer com que o Brasil tenha mais leitores.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Diário de Leitura - O engenhoso fidalgo D. Quixote da Mancha (PARTE 1)

Eu vim alegrar sua semana com um diário de leitura. Não é exatamente um diário, porque eu vou comentar o que eu estou achando de "D. Quixote" após lê-lo durante duas semanas. Então é um update quinzenal... Escolham o nome e aí eu fico feliz!
Então a dinâmica vai ser essa: leio duas semanas comento na segunda. Minha meta não é ambiciosa. Eu quero ler um capítulo por dia, terminando-o em setembro, 9  de setembro. Totalizando 5 partes.
No final, eu vou colocar uma discussão básica e espero que eu tenha comentários. Mas adianto que haverá revelações do enredo. O diário de hoje compreenderá do dia 20/07 até 31/07.
Para quem não sabe, "O engenhoso fidalgo D. Quixote da Mancha" foi escrito por Miguel de Cervantes enquanto encarcerado em 1597 e publicado em 1605 e o segundo volume só é publicado em 1615. Se você hoje em dia, Cervantes daria um de George R. R. Martin e destruiria o sonho dos fãs.
D. Quixote é um fidalgo decadente e de grandes hábitos de leitura. Num certo momento de sua vida, decide que realizará seu sonho de ser um cavaleiro andante, como nas histórias de cavalaria que ele lia.
O fidalgo escolhe uma mulher que ele se apaixonara para dedicar suas vitórias a qual renomeia de Dulcineia do Toboso e separa um rocim, um cavalo fraco, e o batiza de Rocinante. Ao fazer isso, parte sem dizer adeus à sobrinha e à ama.
Nos primeiros capítulos, nós somos apresentados à loucura cômica de D. Quixote que quer armar-se cavaleiro e umas consequências, a partir daí ele vai para um mundo em que nada é o que parece ser: a estalagem, na verdade, é um castelo, prostitutas são donzelas e o Rocinante é um altivo corcel.
A imaginação do protagonista me traz a lembrança dos tempos de criança, em que, num piso, não se pode pisar nas junções porque algo terrível pode acontecer, por exemplo, ou que, em uma brincadeira, elas (as crianças) se transportam para um mundo onde tudo é possível. E eu acho que é por isso que eu adoro tanto "D. Quixote", eu ainda tenho essa imaginação fértil.
Depois de desventuras em defesa dos fracos e oprimidos (isso eu vou ressaltar mais a frente), o D. Quixote é dado como louco, e, na sequência, tem cenas fortes para qualquer leitor que traduzem o pouco da ignorância dos outros, como a falta de conhecimento da ama.
D. Quixote defende aqueles que não conseguem se defender, isso inclui os servos de seus senhores. O protagonista tem uma ama, ou seja, uma serva, e, logo depois, Sancho Pança vira um servo, um escudeiro. Mas uma das primeiras ações do fidalgo como cavaleiro andante é salvar um servo do castigo de seu senhor. D. Quixote não é hipócrita. D. Quixote é justo.
Como dito no parágrafo anterior, D. Quixote trata seus servos muito bem e por isso eu acho que D. Quixote e Sancho é melhor que qualquer outra já criada. Os dois se completam. Apesar de ambicioso, Sancho é ingênuo e pacífico. D. Quixote é desapegado e explosivo como um cavaleiro andante "deveria" ser. O cavaleiro, apesar de ser chamado de "senhor" pelo Sancho, chama o escudeiro de "irmão". Eu acho linda a relação dos dois e os diálogos entre eles são muito bem construídos e mostram sempre a personalidade de cada o suficiente para saber quem é quem sem precisar do "aposto". 
Durante essas duas semanas, eu li a primeira e a segunda partes do livro. Existe uma diferença de narrador entre essas partes, o que dá mais a sensação de ser um texto documental, pois a segunda parte é "escrita" por um árabe e a primeira pelo próprio narrador.
Nessa segunda parte acontece um suicídio por um amor não correspondido, e essa passagem chama muita atenção porque os protagonistas não ficam em primeiro plano,embora exista passagens engraçadas.
Nesse trecho, á falado sobre a morte de um pastor, o Grisóstomo, que é um homem muito respeitado na região. Grisóstomo era apaixonado por Marcela, uma pastora, que não corresponde a esse amor. E nessa parte, Marcela dá um show falando sobre o suicídiode Grisóstomo, casamento arranjado e amor. E, sinceramente, eu achei o Grisóstomo um babaca.
Eu estou no primeiro capítulo da terceira parte, então quem quiser me acompanhar vou colocar meu instagram, meu snap e o link para a página do facebook.
Vocês perceberam que eu não falei dos moinhos de vento. Achei desnecessário, porque apesar de memorável para o mundo, pra mim foi só uma coisinhas entre tantas coisas brilhantes do livro.
No próximo diário eu falo mais sobre coisas que devem ser importantes serem analisadas até porque chamam muita atenção.
Agora a pergunta: Os livros considerados Clássicos da Literatura têm spoiler? Ou revelar partes do enredo é válido para avaliar um clássico?

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Até segunda que vem!