segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Diário de Leitura - O engenhoso fidalgo D. Quixote da Mancha (PARTE 1)

Eu vim alegrar sua semana com um diário de leitura. Não é exatamente um diário, porque eu vou comentar o que eu estou achando de "D. Quixote" após lê-lo durante duas semanas. Então é um update quinzenal... Escolham o nome e aí eu fico feliz!
Então a dinâmica vai ser essa: leio duas semanas comento na segunda. Minha meta não é ambiciosa. Eu quero ler um capítulo por dia, terminando-o em setembro, 9  de setembro. Totalizando 5 partes.
No final, eu vou colocar uma discussão básica e espero que eu tenha comentários. Mas adianto que haverá revelações do enredo. O diário de hoje compreenderá do dia 20/07 até 31/07.
Para quem não sabe, "O engenhoso fidalgo D. Quixote da Mancha" foi escrito por Miguel de Cervantes enquanto encarcerado em 1597 e publicado em 1605 e o segundo volume só é publicado em 1615. Se você hoje em dia, Cervantes daria um de George R. R. Martin e destruiria o sonho dos fãs.
D. Quixote é um fidalgo decadente e de grandes hábitos de leitura. Num certo momento de sua vida, decide que realizará seu sonho de ser um cavaleiro andante, como nas histórias de cavalaria que ele lia.
O fidalgo escolhe uma mulher que ele se apaixonara para dedicar suas vitórias a qual renomeia de Dulcineia do Toboso e separa um rocim, um cavalo fraco, e o batiza de Rocinante. Ao fazer isso, parte sem dizer adeus à sobrinha e à ama.
Nos primeiros capítulos, nós somos apresentados à loucura cômica de D. Quixote que quer armar-se cavaleiro e umas consequências, a partir daí ele vai para um mundo em que nada é o que parece ser: a estalagem, na verdade, é um castelo, prostitutas são donzelas e o Rocinante é um altivo corcel.
A imaginação do protagonista me traz a lembrança dos tempos de criança, em que, num piso, não se pode pisar nas junções porque algo terrível pode acontecer, por exemplo, ou que, em uma brincadeira, elas (as crianças) se transportam para um mundo onde tudo é possível. E eu acho que é por isso que eu adoro tanto "D. Quixote", eu ainda tenho essa imaginação fértil.
Depois de desventuras em defesa dos fracos e oprimidos (isso eu vou ressaltar mais a frente), o D. Quixote é dado como louco, e, na sequência, tem cenas fortes para qualquer leitor que traduzem o pouco da ignorância dos outros, como a falta de conhecimento da ama.
D. Quixote defende aqueles que não conseguem se defender, isso inclui os servos de seus senhores. O protagonista tem uma ama, ou seja, uma serva, e, logo depois, Sancho Pança vira um servo, um escudeiro. Mas uma das primeiras ações do fidalgo como cavaleiro andante é salvar um servo do castigo de seu senhor. D. Quixote não é hipócrita. D. Quixote é justo.
Como dito no parágrafo anterior, D. Quixote trata seus servos muito bem e por isso eu acho que D. Quixote e Sancho é melhor que qualquer outra já criada. Os dois se completam. Apesar de ambicioso, Sancho é ingênuo e pacífico. D. Quixote é desapegado e explosivo como um cavaleiro andante "deveria" ser. O cavaleiro, apesar de ser chamado de "senhor" pelo Sancho, chama o escudeiro de "irmão". Eu acho linda a relação dos dois e os diálogos entre eles são muito bem construídos e mostram sempre a personalidade de cada o suficiente para saber quem é quem sem precisar do "aposto". 
Durante essas duas semanas, eu li a primeira e a segunda partes do livro. Existe uma diferença de narrador entre essas partes, o que dá mais a sensação de ser um texto documental, pois a segunda parte é "escrita" por um árabe e a primeira pelo próprio narrador.
Nessa segunda parte acontece um suicídio por um amor não correspondido, e essa passagem chama muita atenção porque os protagonistas não ficam em primeiro plano,embora exista passagens engraçadas.
Nesse trecho, á falado sobre a morte de um pastor, o Grisóstomo, que é um homem muito respeitado na região. Grisóstomo era apaixonado por Marcela, uma pastora, que não corresponde a esse amor. E nessa parte, Marcela dá um show falando sobre o suicídiode Grisóstomo, casamento arranjado e amor. E, sinceramente, eu achei o Grisóstomo um babaca.
Eu estou no primeiro capítulo da terceira parte, então quem quiser me acompanhar vou colocar meu instagram, meu snap e o link para a página do facebook.
Vocês perceberam que eu não falei dos moinhos de vento. Achei desnecessário, porque apesar de memorável para o mundo, pra mim foi só uma coisinhas entre tantas coisas brilhantes do livro.
No próximo diário eu falo mais sobre coisas que devem ser importantes serem analisadas até porque chamam muita atenção.
Agora a pergunta: Os livros considerados Clássicos da Literatura têm spoiler? Ou revelar partes do enredo é válido para avaliar um clássico?

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Até segunda que vem!

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