quarta-feira, 26 de agosto de 2015

A história é contada pelos vencedores e a literatura pelos outcasts

Moçe você já se perguntou qual é o seu tipo de personagem favorito? Em uma pesquisa feita pelo sete doses, a maioria dos leitores respondeu que os favoritos seriam os outcasts( proscritos/ excluídos). E vem agora outra dúvida: de onde será que surgiu esse amor por esses personagens?


Levante a primeira pedra quem nunca se sentiu excluído de algo!  

Acho que o fato de ser leitor muitas vezes já te torna um outcast, Uma pesquisa feita pelo institutopró-livro mostra que a maioria dos leitores é sim um outcast, quem aqui nunca sofreu bullying na rodinha de amigos por ser um dos poucos que gostava de ler? 
Outra razão é que, segundo uma pesquisa do instituto pró-livro, a maioria dos leitores é mesmo um outcast da sociedade, talvez não no nível hard como é mostrado em alguns livros.  Mas estes são outcasts principalmente no que se diz respeito a gênero( 56% dos leitores são mulheres) e a classe social(75% dos leitores são pertencentes as classes C e D).  

Fora o fato de que, segunda a pesquisa do instituto, a maioria dos leitores se encontra na adolescência que sabemos que é um período em que muitos de nós queremos ser aceitos ou temos medos de não sermos.  


Mas não podemos nos esquecer de que existe uma minoria de leitores que são muito, se não completamente, privilegiados e gostam de outcasts, como explicar? Bem, acho que temos que lembrar que mesmo a pessoa mais privilegiada do mundo pode ser bem cega ao que tem e nada a proíbe de se sentir como um outcast.


E não podemos esquece não necessariamente precisamos passar pela mesma situação, muitas vezes uma boa narração pode fazer com que nos importemos com um personagem que não tem nada a ver conosco ou simplesmente o fato de que a empatia com os personagens existe, às vezes só basta nos esforçarmos um pouquinho para que consigamos ver o que o outro está sentindo.

O que mostra que esse nosso amor pelos outcasts é um grande ato de empatia que os leitores tem o que é uma coisa maravilhosa! E é a prova de que somos todos sensates e que os livros são nossa Angélica.


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