segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Resenha de "Legado Ranger III - Mundos de Dragões"

Heróis, heroínas e idiotas até o fim?


Como essa aqui é a terceira e última resenha da série, não se esqueça que vai ter spoiler de Cemitérios de Dragões e Cidades de Dragões.

Mundos de Dragões é o terceiro livro da série Legado Ranger de Raphael Draccon que mistura sci-fi, ação, aventura, cultura pop nerd que amamos tanto quanto o autor que fez um post em seu blog chamado "Minha carta de amor aos Tokusatsus". Para quem não sabe, tokusatsus são aquelas séries japonesas tipo Kamen Rider, Jaspion, Changeman e originaram a nossa ideia de Power Rangers que perduram até hoje.

Vocês devem lembrar que eu defini Legado Ranger como Power Rangers com Caverna do Dragão formando uma história original e emocionante. Em Mundos dos Dragões o negócio tem uma pegada bem mais creepy que os dois livros anteriores.
No meio de Cidades de Dragões, a gente viu que o Derek foi para o Cemitério de novo e no final a Ravenna vem para nossa dimensão com o braço do ranger decepado. Ficamos desesperados e esse desespero se prolonga nesse livro. Raphael Draccon estrutura esse livro com um paralelo de tempo: os acontecimentos de Derek no Cemitério e a repercussão da chegada de Ravenna na Terra.
A realidade com a qual o soldado americano se depara é bem mais hostil que quando os rangers foram embora de Taremu, que agora é só escombros.
O demônio-bruxa tomou toda dimensão com seus dracônicos e agora só tem um lugar para destruir. Derek vai precisar de novo da ajuda dos anões-alquimistas, liderados por Nanuke, de Strider, Mihos e Adross, além do último sobrevivente entre os monges-leões de Taremu, Gau.
Depois da volta de Ravenna, Amber e Ashanti estão arrasadas com a possível morte de Derek e Mihos e só lhes resta a vingança. As meninas vão se unir a Daniel que está contribuindo para as Forças de Autodefesa japonesa.
Romain agora é um ator hollywoodiano mais conectado à família e ao trabalho, mas, de repente, se vê ligado de novo ao universo ranger sem opção.
Os cinco personagens brilham de novo com excelência nessa conclusão. Daniel e Amber estão no ápice do ápice. A Amber no final estava tão maravilhosa que era um tiro a cada cena dela. E o Daniel sempre foi brilhante e, nesse livro, ele está mais decidido, engraçado e continua aquele deslumbrado do primeiro livro.
Sempre amei Ashanti e não tem como não amar essa rainha. A participação de Derek é intensa e está envolvendo muitas descobertas sobre como eles foram parar no Cemitério e sobre o que é o Cemitério, além de muita ação, óbvio. E Romain está mais Romain do que nunca. Ácido, como seu dragão Espinafre, prepotente e heróico.

Infelizmente existe uma falta de coesão no livro que é gritante. Coisas que não poderiam acontecer cronologicamente aconteceram que me atrapalhou na leitura vou explicar melhor na Sessão Spoiler para você que terminou de ler. Só que Raphael Draccon tem uma descrição de ação que é excepcional e um ritmo invejável. Então quando você passa da metade todo erro é ignorado e sua história segue esplêndida.
A batalha final é de tirar o fôlego. Tinha crias da Vespa Mandarina, robôs gigantes, Colossus... Pelo amor de Gara! O final foi maravilhoso e eu chorei como um bebê. E eu não estou sabendo lidar ainda.
Se eu fosse aquele crítico irritante eu iria julgar, mas como eu sou aquele menino fã, não tenho mais nada o que dizer sobre essa série que é única e que eu vou ler de novo, com certeza absoluta!
Até segunda para quem fica por aqui!

Sessão Spoiler:

Um destaque a Mihos que tem um dos melhores poderes do livro. A invocação dos seres é impressionante. O urso vermelho metálico é no mínimo maravilhoso.
A transformação final de Amber em metalizada vermelha é incrível! Eu estava lendo tipo "Não! Nã... Não! Isso?... Não!". Quase joguei o livro pro alto nessa cena.
Zahabu, Marte, Espinafre, Fera porque é uma fera e é azul e Fênix são melhores dragões da vida. Só faltou o Banguela pra fechar o time do amor.
Sobre o erro. Não sei se concordam, mas a participação do Romain na história é no Cemitério. Sendo que a cena que o leva para o Cemitério ocorre depois de o braço do Derek voltar para essa dimensão. Mas quando ele chega na outra dimensão o Derek ainda não foi amputado.
A revisão poderia ter reparado isso, mas não reparou, infelizmente. E poderia ter acertado invertendo a ordem dos capítulos. Mudando a ordem dos capítulos de Amber e Ashanti, em Kigali, e Romain, em Hollywood.
A morte do Romain me deixou um vazio. Eu li a cena chorando e depois eu li o último capítulo chorando e chorei no epílogo também.

Draccon podemos esperar um time novo com Amélie e Espinafre em um futuro próximo? Aguardando a resposta, tá bem? Então tá bem.

Fiquem tranquilos a qualquer indício de apocalipse porque Os rangers lideram o caminho.

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