quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Não, eu li laranja mecânica e não virei uma psicopata(até agora...)


Você, que curte ficção, já deve ter notado a pressão que uma parte da sociedade tem em relação a violência mostrada nestes livros, como por exemplo, na época em que o filme de Jogos Vorazes estava para ser lançado eu vi alguns pais dizendo que não deixariam seus filhos lerem as obras de Suzanne Collins pela violência contida nela, recentemente os pais de uma amiga minha de ler laranja mecanica pelo mesmo motivo.

Mas afinal, estamos rodeados pela violência. E muito além da física, creio que se passarmos uma hora contando quantos tipos de violência sofremos ou estamos espostos a sofrer teremos uma lista bem grande. A literatura, claro, tem como função o escape e ao mesmo tempo da crítica ou da percepção do nosso mundo. 

E a ficção, entre todos os tipos de livros, são os que mais permitem mostrar esses dois polos as vezes em único livro de te mostrar “poxa que mundo legal, gostaria de ir para ler” ou então “que mundo bizarro/horrível ainda bem que estou aqui” e conseguir mesclar com “mas sabe, isso parece o que aconteceu em tal lugar” e “gente, é o nosso mundo só que pior…”

A literatura de ficção pode então ser uma ferramente para formar critícas ou um novo pensamento sobre o nosso mundo e a violência faz parte disso. Inclusive, a violência na fantasia/ficção pode nos ajudar a lidar com a violência na realidade. E pode até ser uma forma melhor de lidar com esta. Já que pode abordar de uma maneira diferente o que acontece conosco.

Acho que o discurso de que “ah, se você ler laranja mecânica/jogos vorazes/as crônicas de gelo e fogo etc…vai se tornar um psicopata” completamente invalido, porque se fosse assim todos que lessem as notícias, ou até mesmo vissem as novelas já teriam se tornado psicopatas.
Claro, existem livros que não tem uma abordagem tão legal para todos. Eu fiquei bem enjoada com os primeiros capítulos de Laranja Mecânica. Tudo é uma questão de envolver a maturidade de quem vai ler, como aquela pessoa vai receber e o que ela vai fazer sobre o que leu.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Como proceder?

Como proceder depois de um tapa na cara?

Não estou falando daqueles tapas na cara que livros com críticas sociais, como "Morte Súbita", de J. K. Rowling, dão. Esse tapa a gente supera. Estou falando aqueles tapas que os seriados televisivos e séries literárias dão. Esse com certeza é o pior tapa.
No final de "Jogos Vorazes - Em Chamas", de Suzanne Collins, recebemos a pior lambada que alguém poderia receber lendo um livro. "Katniss, o Distrito 12 não existe mais". É com esse tipo de coisa que não podemos lidar. Na verdade, a série "Jogos Vorazes" foi feita para de surpreender a cada capítulo. A estrutura de cada capítulo foi muito pensada estilisticamente para sambar com o leitor. Como os capítulos são longos, Suzanne Collins armou uma arapuca pro leitor. Se você notar, os capítulos acabam com informações que você não sabe lidar; daí o próximo começa desenvolvendo o presente dado; você mergulha numa zona de que tudo deu certo até que você recebe outra amora-cadeado. E o livro "Em Chamas" é o suprassumo desse estilo dela.
Eu vim escrever esse texto exatamente porque eu acabei de ver o primeiro episódio da segunda temporada de "How to Get Away with Murder" estou escrevendo no sábado à tarde. A primeira temporada deu um show e a atriz Viola Davis até recebeu o Emmy de Melhor Atriz Dramática pela personagem Annalise Keating, uma professora de Defesa, ou de Como se safar de um Assassinato. A primeira temporada começou com tudo destruindo sua noção de tempo. No passado, os alunos de Annalise Keating estão tentando defender Rebecca Sutter de ser acusada por matar Lila Stangard. No presente, os alunos da professora estão tentando se livrar de um corpo que é revelado logo primeiro capítulo. A série foi feita para você não respirar. Assim que você acha que matou a charada, o autor da série quase fala com você: "Nossa! Como você é burro, cara!". Só que, como a primeira temporada acabou no ápice, a segunda não começou com um tapa na cara, começou com aquele chute que Victor Belford recebeu do Anderson Silva. Eu estou nocauteado ainda.
Um autor brasileiro que soube dar tapa na cara foi o Renan Carvalho, autor de "Supernova - O Encantador de Flechas". Já adiantando da resenha de semana que vem, o primeiro livro da série "Supernova" rompe com todas as expectativas de uma vida sem levar aquele livro consigo a qualquer lugar. Ao final de cada capítulo, você encontra algo que não te deixa sobreviver sem ler o próximo em sequência. É como se o livro te segurasse e não você segurasse o livro.
Então, dessa vez não vim escrever algo que fizesse você pensar. Eu vim pedir ajuda. Eu tenho que aprender a lidar com finais surpreendentes. Como você supera finais de temporada e finais de livro? Pior! Como você sobrevive a finais de filme com continuação? Deixe nos comentários! Compartilhe! Vou querer saber com certeza!

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Resenha de "Joyland"

Logo na capa a Entertainment Weekly diz o seguinte: "Uma das histórias mais bem escritas de King... Profunda, divertida, cheia de reviravoltas, despretensiosa e, por fim, arrasadoramente triste."
A Entertainment Weekly estava correta.
A história é contada por Devin Jones, um jovem universitário virgem em um relacionamento morno. Para esquecer a namorada, Wendy Keegan, Jonesy resolve trabalhar em um parque de diversões na Carolina do Norte, o Joyland.
Curiosamente, nesse parque ocorreu um assassinato há quatro anos antes de Dev começar a trabalhar e, reza a lenda, que o fantasma da vítima, Linda Gray, ainda está aprisionada no trem fantasma na Horror House.
De quebra, Devin conhece uma quiromante que prevê em seu futuro uma menina e um menino, sendo que um dos dois é um médium.
A primeira coisa que tenho que dizer é a sinopse entrega demais. A história não é complexa, não é como "Sob a Redoma", cheio de personagens com tramas megaprofundas. Na realidade, estamos dentro da mente de Devin, então o que sabemos é o que ele vê. E se a função da sinopse é ser sucinta e contar um pouco do início da história e dizer o que você deve esperar, a Suma esqueceu de fazer isso. Te entrega a história toda, menos o final. 
O livro também é algo inesperado. Quando você acha que vai abrir o livro e esperar um thriller fantasmagórico, Stephen King te mostra um romance com pegada YA (young adult). Mas não tenha preconceito porque não deixa de ser um livro do Rei.
Esse é o segundo livro que li dele então tenho que falar de "Sob a Redoma" e dar uma comparada. "Tamanho não é documento" - é frase ponta, mas é a realidade. "Joyland" e "Sob a Redoma" são livros muito envolventes. No segundo, ele tinha que aprofundar personagens, mostrar suas histórias e se passava numa cidade. O primeiro é do ponto de vista de um jovem antissocial, ou seja, nós alcançávamos a profundidade dos personagens com sutileza, a história é mais rasa e mais simples, não menos interessante.

A narrativa de "Joyland" é daquelas que você lê sem motivos para ler porque estava delicioso folhear as páginas. Algo interessante que King foi o livro ser contado do futuro. A história é contada de 2012. Consequentemente, Jonesy sabe o que acontece, o tempo normal, avançando e voltando nela ao seu lado bel-prazer.
Uma recomendação:assim que uma música for mencionada, você, leitor, pegue seu fone e ouça a música. Vai ser perfeita a experiência.
Lembra que a Entertainment Weekly falou que é um livro arrasadoramente triste? Então, estou escrevendo depois da leitura ainda com suor masculino nos olhos, porque Stephen King escreve um final que pisa no seu coração. Mike é um personagem que vai ficar eternizado. Ele aparece depois da metade do livro, mas é muito desenvolvido ao ponto de te levar ao sofrimento.
Stephen King não merece palmas, merece o Tocantins inteiro! Se você gosta de YA, vai adorar! Se você gosta de policial, você vai adora! Se gosta do Rei, de parque de diversões, infância, "Pop Pop", de quiromancia... Aff! Somente LEIA!

sábado, 19 de setembro de 2015

INDICAÇÃO DO SÁBADO: MAUS

Fala aê pessoal, beleza?!


O post de hoje será um pouco diferente de uma resenha que geralmente é feita (até porque eu NECESSITO treinar meu lado crítico, então vai ser agora u.u) mas eu espero que vocês gostem. Hoje eu falarei de um livro que eu vi em um dos vídeos da Vickie (Chiclete Violeta) onde ela fala sobre 6 livros que devem ser livros sobre o Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial e como a Bienal estava aí batendo na porta eu pensei: porque não? Então eu comprei o Graphic Novel MAUS, escrito pelo Art Spiegelman .

E por que justamente esse livro? Vários fatores:

1º- É um relato sobre o Holocausto Judeu durante a Segunda Guerra, então prepare-se para emoções;
2º- Eu estudo História e eu realmente AMO de paixão livros que relatam essa parte horrível que a guerra trouxe; (Tá eu amo Grécia Antiga, mas Guerras ainda tem um lugar guardado no meu coração *--*)
3º- É um Graphic Novel - o que significa- o livro inteiro é contado em formato de uma HQ. SIM é
tipo uma revista em quadrinhos, porém com quase 400 páginas. 
4º- EU realmente necessitava de um livro com essa temática.

Mas vamos ao que importa, o que relata MAUS

(Lembrando eu não vou colocar spoiler, até porque não quero entregar o final à vocês u.u)

MAUS é uma Graphic Novel que conta a vida de Art, um cartunista judeu, filho de um casal que sobreviveu à Auschwitz (um campo de concentração alemão que abrigava além de presos refugiados, em sua maioria, judeus), contudo a mãe de Art, Anja morreu anos antes de MAUS ser escrita, sendo assim, quem acaba relatando a vida no tempo da Segunda Guerra Mundial é seu pai, Vladek Spiegelman, um judeu polonês. A história se entrelaça com o tempo presente: Art e Vladek e o passado sendo contado por Vladek. O livro foi lançado em dois volumes: a primeira parte em 1986 e a segunda em 1991, todavia aqui no Brasil eles reúnem os dois volumes em um só. 
MAUS é uma biografia que expressa no mais íntimo do livro toda a trajetória de vida não de um só homem, mas de todo um povo, que foi exterminado, humilhado. Onde crianças cresceram sem os pais e onde pais envelheceram sem os filhos. Isso se conseguisse a honra de poder envelhecer. Onde através do relato de Vladek pode ser visto até que ponto um ser humano chega para conseguir a liberdade, mas antes de tudo, até que ponto um ser humano vai para sobreviver às perseguições de um período onde a intolerância e o racismo estavam em alta, onde a força de um líder chegou aos limites extremos.

Mas, o que EU achei de MAUS?

Bom, para começar essa história já não é comum por dois pontos:

1º É um Graphic Novel (História em Quadrinhos);
2º Os personagens são representados por formas antropomórficas.

Tá oh Ana, o que é foma antropomórfica??? Simples, caro(a) amigo(a) leitor(a): Significa que cada grupo é representado por um ANIMAL com características, personalidade e qualidades humanas. Ex: os judeus no livro, são representados como ratos; os nazistas são representados como gatos. Isso mostra claramente como era a relação entre os dois grupos Onde um submetia seu poder e status acima do outro grupo. E eu achei esse fato fenomenal. Um dos motivos que me fizeram comprar MAUS já de primeira, foi o fato de os grupos serem representados por animais, achei uma ideia bem criativa e ao mesmo tempo muito simbólica, se formos falar de contexto histórico (mas não entrarei nesse quesito, calma, calma que não é agora que irei desconstruir paradigmas).

E durante toda a história do Vladek, percebemos o quanto a guerra e o período de perseguição influenciaram ele, mas que ele seria o famoso esteriótipo judeu: sovina, mesquinho. Mas tirando isso, Vladek foi um personagem que me conquistou logo de cara, junto com o seu filho Art. O fato do relacionamento deles ser de uma maneira (que eu não vou contar aqui rsrsrs) e perceber com o decorrer da história algumas mudanças me fez ficar a cada dia mais apaixonada pelo livro. 

A História é emocionante do início ao fim. Uma coisa é você ver um filme de produção grandiosa (Bastardos Inglórios, com aquele lindo do Brad Pitt *--*) mostrando um lado da Guerra. Outro é você poder ler um outro lado. Uma outra versão. Durante toda a semana em que eu li MAUS, eu mergulhei naquele mundo. Cada vez em que Vladek relatava sua história eu me sentia parte dela. Eu sentia que eu estava lá, junto com ele e Anja, na Polônia em 1939. Com um final que me deixou sem ar, com certeza este foi um dos melhores livros que eu tive o prazer de ler.

Claro que eu já li A Menina Que Roubava Livros (alias, deixarei um spoiler agora: é bem provável que ao final de setembro ou outubro eu faça uma resenha sobre esse livro aqui no blog ou no canal..então..fiquem de olho) e entrou para o meu TOP LIVROS especial, daqueles que quando eu tiver filhos, eu vou ler para eles na hora de dormir (tocando a trilha sonora de Harry Potter ao fundo...porque eu sou dessas u.u), pois além de uma história linda, a narração e a escrita são simplesmente fenomenais e eu digo o mesmo para MAUS.

Se antes, eu havia comprado o livro apenas devido a uma indicação e por causa da sinopse, hoje eu posso dar a certeza para você e dizer: Leiam MAUS! Realmente é um livro que faz você pensar. Que faz você rir e se emocionar. É como eu disse lá em cima, foi uma biografia que relatou com detalhes até onde um ser humano pode ir para garantir a sua sobrevivência e de quem ele amava. É através desse relato que podemos ver quantas pessoas sofreram por esse momento infeliz da nossa história. E citando A Menina Que Roubava Livros, esse é uma frase que desde que eu a li, eu uso-a para a minha vida e ela encaixa-se bem nesse livro também, pois, vendo de um ponto de vista, ou de vários pontos de vista diferenciados sobre a história do Holocausto e a história de Anja e Vladek, nada me tira a sensação de que: 
                                               
                                    "Os seres humanos me assombram"


ENTÃO É ISSO PESSOAL. Essa é a minha indicação de hoje e lembrando que mais tarde sai mais um vídeo sobre a Bienal desse ano lá no meu canal, porque sim senhores eu ultrapassei a meta de livros imposta esse ano. Então lá pelas 18:00 corram lá no canal e assistam o novo vídeo, vou deixar o link mais abaixo e era isso, espero que tenham gostado, quem já leu esse livro comenta sobre o que acho, quem não leu comento, se gostou comenta, se não gostou...comenta, mas nada ofensivo u.u

Beijos gente e até daqui a pouco no vídeo e no próximo sábado com mais um post...TCHAU!

Link do Canal: https://www.youtube.com/channel/UCnbm2d3yUJfFuF9PNGlKgdA

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Feliz Aniversário Chimamanda


ntem foi o aniversário desta escritora maravilhosa chamada Chimamanda Ngozi Adiche( e sim eu estou falando nela de novo, não vai ser a última vez) e o que dizer desta autora que mal conheço e já considero pakas?

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Book Haul da Bienal do Rio 2015 (Matheus)

Para haver confusão entre os book hauls da Bienal, eu deixei meu nome no título, e eu só vou fazer uma parte mesmo.

Os dias que eu fui foram os sábados (05 e 12 de setembro) e no último domingo (13) e comprei muitos livros e vou compartilhar com vocês as minhas compras.
No dia 5 de setembro, foi o Encontro de Booktubers e eu estive lá só que cheguei atrasado, logo não participei de nenhum passeio. Comprei:

  • Joyland, Stephen King

No estando do Grupo Companhia das Letras tinha uma "ilha" com livros do Stephen King e aí eu fui vendo os preços e quando vi "Joyand" do preço que eu queria, eu não pensei duas vezes.


"Joyland" conta a história do jovem de coração partido Devin, que para esquecer as mágoas do passado resolve trabalhar num parque de diversões durante o verão. Ele vai descobrir que o trem fantasma é assombrado pelo fantasma de um jovem assassinada no brinquedo.
E eu já li e terá resenha em breve.
  • Caixa de Pássaros, Josh Malerman.

Eu ia levar um livro nada a ver e aí pensei: tem "Caixa de Pássaros" e eu quero ler "Caixa de Pássasros". Daí eu descobri que, na Intrínseca, "O Torreão" estava por R$9,00 e eu não comprei. O choro é livre! P.S.: Acho que eu o jogo virou, comprei no sábado seguinte

O livro é um thriller psicológico no mundo em que não se pode abrir os olhos fora de casa. Nós acompanhamos a história de Malorie e seus dois filhos que pretendem sair de sua casa para um lugar que posam ficar em segurança.
Estou com um expectativa mais ou menos, ouço muitas opiniões.

  • Sonho Febril, George R. R. Martin
Esse livro eu comprei num estande que a Ana do canal desse blog mostrou para mim e para minha prima. Tinha livros com preços razoáveis.


Aqui, Abner Marsh é um capitão falido que recebe uma oferta de Joshua York, um aristocrata rico e tenebroso. O aristocrata está disposto a financiar o novo barco de Marsh, o Dream Fevre, que virá a colecionar histórias sombrias ao longo do Rio Mississipi.
E não tem como a expectativa ser baixa. É um livro de vampiros do Martin. N-E-C-E-S-S-Á-R-I-O!
  • Supernova - O Encantador de Flechas, Renan Carvalho
Eu estava na Novo Conceito rindo da minha prima e vejo "O Encantador de Flechas" e o Renan estava na minha frente. Daí peguei o livro e vi a orelha da contracapa e olhei para a foto e para ele e falei com minha prima, ela discretamente falou alto que era ele.
Li a sinopse e não perdi a chance do autógrafo.
Já comecei a ler e, do que eu consegui pegar, o livro se passa na cidade fictícia Acigam. A história é narrada por Leran Yandel, adolescente no seu último mês escolar que começou a aprender a Ciência das Energias. Pelo que vejo vai rolar rebelião e  magos contra silenciadores... Espero gostar.

No dia 12, eu fui pegar autógrafo do Danilo Leonardi, do "Cabine Literária", e queria conhecer a Pathy dos Reis, o Bruno Miranda, do "minha estante", "bubarim" e "maisbubarim", e o César Sinicio, do Cabine também. Também tirei foto com a Luly, embora a foto tenha ficado uma bosta. Vejam o que comprei:
  • Filhos do Éden - Herdeiros de Atlântida, Eduardo Spohr
Quando eu comprei esse livro estava em dúvida entre "O Rei do Inverno", de "As Crônicas do Rei Artur", de Bernard Cornwell, e este que eu comprei. Eu já tinha lido "A Batalha do Apocalipse" e estava curioso para saber o que aconteceria no primeiro livro da trilogia "Filhos do Éden".
Enquanto está ocorrendo a Batalha do Apocalipse, dois anjos são enviados para o plano terrestre atrás da capitã Kaira que pertencia ao exército rebelde. O Spohr disse que o livro está mais dinâmico, aguardemos.
  • Fios de Prata, Raphael Draccon
Queria comprar tudo da LeYa Tudo é exagero, mas eu queria os livros "Armada", de Ernest Cline, "Blasfêmia", de Pathy dos Reis e Maria Carolina Passos, e "Corações de Neve", do Raphael. "Fios de Prata" não estava na lista, mas estava barato ao contrário dos outros.
Como diz o subtítulo, Raphael Draccon está "Reconstruindo Sandman". Mikael é um jogador de futebol, mas com sonhos perturbadores. Quando Madeleine torna-se senhora de um condado do Sonhar, uma guerra entre Morpheus, Phantasos e Phobetor e Mikael estará no meio disso tudo.

  • O Torreão, Jennifer Egan
Como eu disse, esse livro estava por R$9,00 e segui a recomendação da Tatiany Leite, do Cabine Literária. E ainda enfrentei fila para entrar na Intrínseca.

Na linda dessa sinopse, é dito que um nova-iorquino viciado em tecnologia é convidado a visitar o castelo que o seu primo, de quem se afastou durante a adolesência, comprou. No torreão do castelo vive uma baronesa muito velha para estar viva.
Esse livro parece vai me prender.
  • As memórias de Sherlock Holmes, Sir Arthur Conan Doyle

O estande da Zahar estava maravilhoso! Se quiser ler isso gritando, fique a vontade. Comprar todos os clássicos seria pouco. Não tem o que falar, apenas sentir.

Eu comprei "As memórias" pelo motivo de que eu amo a série e estava escrito na sinopse que nesse livro está o embate final entre o Moriarty e o Holmes por isso essa capa maravilhosa.

Dia 13 foi o aniversário da minha amiga e o Último Dia da XVI Bienal do livro do Rio de Janeiro. Cada livro de "Senhor dos Anéis" pela metade do preço, por exemplo só que quando cheguei só tinha o "Duas Torres". Ontem também ia pegar autógrafo com o Josh Malerman, escritor de "Caixa de Pássaros", mas a fila estava absurdo. Ele começou a autografar 17:00 e 20:15 ele ainda estava autografando. Vamos às compras:

  • Pegasus e a Batalha pelo Olimpo, Kate O'Hearn
Esse livro estava barato e é a continuação de "Pegasus e o Fogo do Olimpo". Pode ser que tenha spoiler então pode pular para o próximo.
A jovem Emily conseguir virar a Chama do Olimpo no final do primeiro livro e o seu pai ficou preso na prisão UCP que analisa ataques alienígenas na Terra. Emily, Joel, Paelen e Pegasus voltam a ação nesse livro. E gostei do primeiro e espero gostar do segundo.


  • Cidades de Dragões, Raphael Draccon

Eu achei caro o livro, mas eu tive que comprar porque o Raphael estava lá. Meu Deus! Peguei a fila, tirei foto, ganhei bottom e marcadores e, para somar a isso tudo, ele elogiou o Sete Doses! Palmas!!!
"Cidades de Dragões" continua a história de "Cemitério de Dragões" que teve aquele desfecho maravilhoso com os Rangers lutando, com dragões invadindo a Terra. E eu já li o prólogo e, deuses, esse promete.
  • A Mansão Hollow, Agatha Christie

Foi nesse momento que vi a Pathy, mas não fui falar com ela porque tive vergonha de interromper. Enfim, os livros da Agatha estavam em promoção e eu necessitei comprar, assim como próximo da lista.
Em "A Mansão Hollow", o detetive Hercule Poirot é convidado à mansão Hollow, mas quando chega lá ele encontra uma pessoa morta na beira da piscina com três testemunhas, sendo que uma está com a arma do crime na mão. O que será que aconteceu?
Vai ser o meu primeiro livro da Agatha.
  • As Aventuras de Pi, Yann Martel.
Eu adoro o filme! No Brasil, o livro também é chamado de "A Vida de Pi". Esse livro estava muito barato na Ediouro que publica os livros da "Nova Fronteira".
Para quem não viu o filme, que foi indicado ao Oscar em 11 categorias e ganhou 4, eu acho, Yann Martel conta através do protagonista a histórias de Pi, que tem que sobreviver a um naufrágio, depois que seu navio cargueiro afunda durante uma tempestade, cheios de animais e com a sua família.
  • Astronauta - Magnetar, Danilo Beyruth
Há muito tempo venho namorando as Graphic MSP e ontem eu consegui com a Glória do Senhor Jesus Cristo, Amém entrar na Panini e me apaixonar por todas. Mas só comprei "Magnetar".
"Magnetar" é a primeira releitura de Danilo Beyruth do clássico Astronauta de Maurício de Sousa. O Danilo vai mostrar, com toda a essência do original, um pouco da solidão do personagem e nos presentear com uma aventura maravilhosa.




O que acharam das minha compras? Se quiser minhas fotos veja meu Instagram. Quem tinha meu SnapChat acompanhou minha jornada na Bienal. E nem acredito que a Bienal acabou! Até semana que vem! Um abraçaço!

sábado, 12 de setembro de 2015

RECADINHO RAPIDINHO

Oii gente, passando rapidinho para dizer que tem um vídeo novo no meu canal sobre a Bienal e sobre o meu Book Haul, então passem lá vejam e curtam se vocês gostarem. Aí embaixo vai estar o link para o vídeo. DIVIRTAM-SE

https://www.youtube.com/watch?v=8gyD14F5w4A

BIENAL, AH MINHA BIENAL ...

Fala aê leitores e leitoras do meu coração! Vou dizer a vocês, existem alguns momentos na vida que eu AMO morar aqui no RJ e esta semana é um desses momentos. Como a maioria de vocês sabem, esta semana está acontecendo a XVI BIENAL DO LIVRO e ela é aqui no Rio, lá no Rio Centro, lugar longe para caceta,  Barra da Tijuca. E eu tive o prazer e a honra de conseguir ir não apenas um dia, MAIS 3 DIAS!! Ah Sorte sua linda, EU TE AMO! 

Mas eu vim aqui para contar um pouquinho desta experiência maravilhosa que fim o meu último fim de semana. Eu fui nos dias 05, 06 e 07 de setembro (sábado, domingo e segunda), cada um desses dias teve um motivo especial. No dia 05 (sábado) foi realizado o Terceiro Encontro de Booktubbers e eu fui e sim senhoras e senhores...EU CONHECI GENTE DEMAIS *---*

Poder tirar fotos com a Vickie(Chiclete Violeta), Victor(Geek Freak), Klébio Damas( Mundo Paralelo) entre outros fui um dos melhores dias da minha vida, eu nunca vou esquecer esse sábado rsrs. ( Lá no meu instagram tem todas as fotos que eu tirei, vou somente colocar umas duas ou três)



Porém o melhor ainda estava por vir que foi no dia 06 (domingo) quando o Eduardo Spohr foi lá na Bienal, gente eu não tenho palavras para dizer como foi a minha emoção de poder encontrar com ele e conversar, ter o autógrafo dele, foi algo maravilhoso.
Mas o que eu queria falar aqui mesmo do Domingo foi a Conexão Jovem, um bate-papo que rolou com o Eduardo Spohr. Para os fãs mais fanáticos que estavam esperando ANSIOSAMENTE o último volume da Trilogia Filhos do Éden, ficaram um pouco decepcionados. Por motivos que no momento eu não me recordo (rsrsrsrs) o livro não conseguiu ficar pronto a tempo, então o lançamento que seria na Bienal, acabou por ser adiado por mais um mês, então ele será lançado dia 31 de Outubro (torcer pra tudo dar certo agora). Maaaas, não deu para reclamar pois o Prólogo e o Primeiro Capítulo foram lidos nesse bate-papo, O Autor usou esse espaço para tirar as dúvidas dos seus leitores sobre todos os livros que ele escrevera até o momento e eu consegui fazer uma perguntar para o Eduardo (*----*).

Perguntei a ele sobre de onde veio a inspiração para a trilogia de Filhos do Éden e sua resposta ficou em torno do fato de enquanto ele escrevia A Batalha do Apocalipse muitos outros fatos foram surgindo na história, porém muitos deles desviavam a história de Ablon e dos Renegados, então ele decidiu guardar para um momento posterior. O que seria agora com Filhos do Éden. Outras perguntas foram feitas como a inspiração para a aparência dos personagens até se grupos religiosos atacavam o autor. (Para quem não sabe, ou quem nunca leu O.O A Batalha do Apocalipse trata-se do Armagedon descrito na Bíblia). 

Eduardo Spohr disse nessa pergunta que sempre deixou muito claro que seus livros são apenas de FANTASIA, não querendo desrespeitar nenhuma religião, mas apenas é uma história de fantasia qu ele escreve baseando-se em um livro famoso, no caso A Bíblia Sagrada. E que não sofre tanta pressão desses grupos e que já houve um caso de um fã lhe dizer que o pastor de sua igreja havia usado A BdA em uma reunião dominical, apenas para ilustrar um exemplo. Uma coisa que eu quero deixar claro é o fato dele importar-se e deixar bem claro que seu livro é apenas de Fantasia, para que os grupos religiosos não se sintam ofendidos. ( Até porque hoje em dia, até uma piadinha sem graça eles já se sentem ofendidos né!) 

Enfim, esse bate-papo durou quase uma hora com várias perguntas e dúvidas sendo respondidas e cara, o Eduardo Spohr é a pessoa mais legal e fofa do Universo, nossa eu me apaixonei por ele *--*, Além disso foi educado, atendeu fã por fã, conversou mesmo com o pouco de tempo que cada fã tinha com ele, Dá para ver o quanto ele gosta e se preocupa com cada fã do seu livro. Foi demais

No geral, a Bienal esse ano foi maravilhosa e vocês acham que terminou? NÃO, eu ainda vou no último dia que é amanhã, então vai ter livro para caramba só para mim muhahahahahaha

Espero que vocês tenham gostado, comentem o que vocês acharam e lembrando tem vídeo novo no canal falando sobre a Bienal e a primeira parte do meu Book Haul, vão lá vejam, curtam se gostarem, compartilhem e inscrevam-se no canal. Bjsss até sábado que vem

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Diário de Leitura - "O engenhoso fidalgo D. Quixote da Mancha"

Passaram-se 3 semanas. Infelizmente li poucos capítulos do livro, mas vamos falar sobre eles.
Comecei a ler o segundo volume, claro, e vou contar algunas cositas a ustedes.
Entre  o primeiro e o segundo volumes, Miguel de Cervantes escreveu alguns livros. O conjunto de 12 narrações breves, chamado "Novelas Exemplares", foi publicado em 1613 e, em 1614, foi publicado "Viagem de Parnaso". No ano do lançamento do volume que estou lendo, ainda foram publicados ""Oito comédias e oito estremezes novos nunca antes representados" e o drama "A Numancia". E, sim, isso foi 10 anos depois de o lançamento do primeiro e você reclamando que quatro anos depois o Martin ainda não publicou "Ventos do Inverno".
Durante essas três últimas semanas, eu li do Capítulo XXIII ao Capítulo XXXI e eu posso dizer que floppei. Era para eu ter lido de 14 a 21 capítulos e só li 8. De 14 a 21 porque  eu li nesse intervalo o livro "Objetos Cortantes", da Gillian Flynn (tem resenha no blog, saiu semana passada). 
Realmente eu tinha me cansado do livro, ainda estou um pouco. Foram muitos capítulos focados só em Serra Morena.
O Volume I acaba no meio do nada, ou melhor, no meio de tudo. Ao longo desses 9 capítulo nós acompanhamos D. Quixote e Sancho Pança tendo que aguentar a ideia de que eles libertaram prisioneiros condenados às galés. Se não bastasse um dos condenados roubou o burrico do escudeiro.
Para completar o cenário tragicômico, em Serra Morena, a nossa dupla conhece um louco por amor. Cardênio é um homem que ficou louco após ver seu grande amor que lhe estava prometida se casar com seu amigo falsiane. E D. Quixote se inspira, nele e em Amadis de Gaula (se não me engano) e revolve ficar louco também.
Sancho é enviado à Dulcineia do Toboso, só que encontrou o cura e o barbeiro no meio do caminho. E esses encontros e desencontros vão moldando essa parte da história.
Vamos falar do livro agora. Essa edição merece muitas palmas. Além de linda, o tradutor e a Editora Abril fizeram um ótimo trabalho por enquanto. "D.Quixote" tinha alguns problemas de continuidade e passou por uma revisão anos depois. O tradutor traduziu o texto original e foi adicionando, em Notas Complementares no final do livro 2, a cura para todos os problemas.
Como nessa parte Sancho Pança teve muitas cenas solo, nós percebemos que não é ganância que o move. É a esperança um pouco de ingenuidade. As formas como o licenciado e o barbeiro o manipulam chega a ser idiota, mas ele está tão inserido naquele universo do seu senhor que não existe a pretensão de perceber isso.
Essa parte da história revela intensamente o ar paródico que o livro imprime. Esse tom paródico reforça o lado lúdico que "D. Quixote". Até as história paralelas tem um tom lúdico.
Cardênio e Doroteia apresentam  histórias de amor bem exageradas, dramáticas. A futura esposa de Cardênio deu uma de Julieta e se envenena na hora do casamento com o amigo dele. Amigo esse que enganou Doroteia. Cardênio ficou louco e Doroteia foi para Serra Morena para se exilar de todos os homens.
D. Quixote é um oposto ótimo. Se a realidade é ruim ele vive a própria. Quem não gostaria de ser um semideus ou um tributo por pior que ambas as situações sejam?
O que acham da figura quixotesca? Você é quixotesco? Em qual livro você viveria? Escreva nos comentários! Vou adorar ler.
Me acompanhem no snapchat (teteuvinicius), no Instagram e no Skoob para ver o  meu desenvolvimento e meus dias na Bienal. Segunda que vem deve rolar um bookhaul. Aguardem! Inté!

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

O DESAMOR AOS CLÁSSICOS (BRASILEIROS OU NÃO)

VOLTEEEEI!

Olá pessoas tudo bem? é eu sei, tô andando sumida nessas últimas semanas, acho que já faz um pouco mais de um mês que não posto nada aqui no blog  e nem no meu canal lá no Youtube e antes de começar com o post do dia eu queria explicar o que aconteceu. Sabe quando você faz tanta coisa, mas tanta coisa que chega uma determinada situação e tudo explode na sua cara?                                 
Pois é, aconteceu comigo! Não vou entrar em detalhes,mas eu faço tanta coisa durante a semana que para ler os livros para fazer as resenhas, ou os post's tanto para o blog como para o canal ficou praticamente impossível, agora soma isso à problemas com o servidor da internet. Resultado: um mês totalmente PARADA. E vocês acham que eu consegui me organizar? Ah queridos é claro...que não, Enfim essa foi a resumida do pior mês da minha vida para vocês e eu prometo que vou TENTAR não deixar nada acumular de novo (menos os trabalhos da faculdade porque, vou ser honesta, não tem como não deixar acumular, a emoção de passar a noite inteira fazendo um relatório me deixa muito mais inspirada rsrs).

 Porém nesse meu tempo de, como eu posso chamar, nesse meu tempo de "exílio da web" eu comecei a pensar sobre o tempo em que eu me encontrava no Ensino Médio e como os livros clássicos me soavam aos ouvidos como livros "chatos"ou"maçantes." Eu nunca tinha lido um livro clássico e eu já considerava chato, meus colegas da sala de aula já não gostavam muito de ler e eu durante um tempo me deixei influenciar por esse sentimento de que todo livro antigo é chato, maçante, não é bom e entre outros, só que isso mudou no 2º ano e isso aconteceu com Dom Casmurro de Machado de Assis.

Meu colégio estava organizando um festival literário e a minha turma ficou encarregada de fazer alguma coisa (peça, dança, o que fosse) sobre o livro escolhido. Isso foi com todas as turmas do 2º ano e foram escolhidos 10 clássicos da literatura para cada turma, internacionais e nacionais, a minha turma teve a "desgraça" de ficar com Machado de Assis e seu livro Dom Casmurro. Nem vou dizer o quanto a minha turma detestou o resultado do sorteio. 

A turma toda deveria ler o livro escolhido pelo sorteio, pois iria ter um jogo de conhecimentos sobre o livro e todos da turma deveriam responder. Claro que minha turma NÃO leu o livro, pelo simples motivo: era livro antigo. Muitos diziam que era por causa do autor ser brasileiro, outros porque livro antigo era chato, enfim as mesmas desculpas de sempre e no fim por decisão da turma escolheram uma pessoa para ler o livro todo e fazer um resumão pra turma sobre o livro. E advinhem quem foi a "infeliz" escolhida: EU! E então, lá fui eu, a tonta tendo que ler o livro chato e maçante e vocês querem saber: EU AMEI O LIVRO "CHATO"!!

Eu"nunca"havia lido um livro nacional, já tinha lido Policarpo Quaresma, mas isso foi quando eu era muito nova com 8 anos e eu não tinha maturidade na época para entender um livro tão complexo quanto esse. Já Dom Casmurro eu li aos 16 anos e não foi chato como meus colegas haviam dito. Claro que Machado de Assis escreve de uma maneira diferente, estamos falando de uma Língua Portuguesa de mais de 200 anos atrás, é óbvio que no início vai ser difícil ou até mesmo enfadonho para alguns. Mas muitas pessoas simplesmente viram ás costas para esses clássicos por vários motivos e que, na minha humilde opinião não passam de desculpas. 

Quando alguém quer de verdade ler um livro clássico, vai lá e lê. Eu li Dom Casmurro por uma "obrigação" do colégio, mas depois eu reli esse livro por prazer e aí eu comecei a ler outros autores, hoje em dia eu posso dizer que comecei a amar a literatura brasileira, por tanta riqueza que contem ela. Não li todos os livros de Machado de Assis e nem de Lima Barreto, não li A Hora da Estrela da Clarice Lispector, mas posso afirmar uma coisa: meu interesse por esses autores só fez aumentar.

Todavia, eu vejo que embora meu interesse por clássicos foi iniciado o de muitas pessoas não foi e sinceramente não sei o que achar sobre isso. Acredito que todo mundo deve dar uma chance aos clássicos, ver que eles tem muito á ensinar e mais: o quão rica é a sua escrita, história, leitura. Aprender com os grandes autores, ser instigado por eles e "despertar" esse amor por clássicos. Se não curte os brasileiros, tenta os clássicos internacionais ou vice-versa, a questão aqui é: Porque não dar uma chance para os clássicos? Será que eles mesmo parecendo "chatos, "enfadonhos", "maçantes" não podem se mostrar verdadeiras obras-primas da literatura? Existe um ditado que diz que " Panela velha é quem faz comida boa", acho que podemos mudar um pouco essa frase e dizer que:

" O clássico pode render uma leitura boa"

Fica a dica. E você, o que acha? Será que ainda existe esse desamor pelos clássicos? Isso está mudando? Tem alguma experiência com esse tema? Deixa seu comentário aqui e vamos bater um papo hein? 

Deem uma olhada no canal hoje porque eu FINALMENTE vou conseguir postar o vídeo que há mais de um mês eu não consigo rsrsrs.

Beijos e até o próximo sábado =)

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Generalizações

A algum tempo eu assisti uma palestra incrível feita pela escritora nigeriana Chimamanda Adiche, que vem se tornando uma das minhas autoras favoritas, a palestra se chamava “O perigo de se contar uma história só”. Nela, a autora falou de vários momentos em que ela foi esteriotipada por vir de um país africano, pois a visão que se tem da África é de um lugar pobre onde reina a fome e a guerra, essa é a única visão que os americanos teriam de seu continente outro exemplo foi o que ela própria fez com os imigrantes mexicanos, ela os “idealizou” em sua mente, só conseguia pensar neles de uma maneira antes de conhecer e ver que a realidade é bem diferente.
E fazemos esse tipo de generalizações o tempo todo. As generalizações são uma forma bem imperceptível de preconceito. A partir de uma mísera informação ou de uma ilusão sobre esta já passamos a julgar alguém. E não precisamos nem ir muito longe, vamos colocar um exemplo dentro da literatura.
Há algum tempo eu li um livro chamado Um caso perdido da Coleen Houch, não foi um dos livros mais marcantes da minha vida, mas me relembrou o porque de não julgar as pessoas. O livro conta a história de uma moça chamada Sky, que havia passado a vida inteira estudando em casa e para ter mais chances de conseguir uma faculdade ela vai para a escola no terceiro ano do ensino médio, acontece que: ela tem uma reputação, antes de ir para a escola ela gostava de pegar vários garotos e as pessoas a tratam como puta( porque os machistas e as reprodutoras do machismo não tem nada para fazer e ficam infernizando a vida dos outros) Sky conhece um garoto chamado Holder, que tem uma reputação problemática de ser violente( de novo porque a sociedade não tem nada para fazer da vida e ficam infernizando a vida dos outros) , os dois se apaixonam. Eu á comecei o livro com a mochilinha do preconceito, porque tanto a Sky quanto o Holder eram os dois clichês do romance adolescente e muito mais mimimizentos. Fui lendo capítulos e capítulos até a metade do livro, nada de interessante só os clichês da vida, estava prestes a abandonar quando Colleen resolveu explicar porque a Sky e o Holder eram tão chatos.
E Meu Deus! Eles tinham motivos, motivos fortíssimos. E eu nunca tinha parado para pensar nisso, com nenhum personagem. Quer dizer: o pessoal já não bastava as esteriotipações que eles recebiam da sociedade, eles tinham que sofrer com seu passado. E isso foi uma baita lição para mim, assim como a palestra da Chimamanda: Vamos parar de julgar, de esteriotipar e generalizar e começar a prestar atenção no que as pessoas dizem, em vez de dizer “ai que personagem chato” vamos começar a nos perguntar “porque ele é chato?” Enfim parar de julgar e ajudar.
E eu queria agradecer o pessoal do Clube do Livro, sem vocês eu jamais teria lido esse livro.