quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Não, eu li laranja mecânica e não virei uma psicopata(até agora...)


Você, que curte ficção, já deve ter notado a pressão que uma parte da sociedade tem em relação a violência mostrada nestes livros, como por exemplo, na época em que o filme de Jogos Vorazes estava para ser lançado eu vi alguns pais dizendo que não deixariam seus filhos lerem as obras de Suzanne Collins pela violência contida nela, recentemente os pais de uma amiga minha de ler laranja mecanica pelo mesmo motivo.

Mas afinal, estamos rodeados pela violência. E muito além da física, creio que se passarmos uma hora contando quantos tipos de violência sofremos ou estamos espostos a sofrer teremos uma lista bem grande. A literatura, claro, tem como função o escape e ao mesmo tempo da crítica ou da percepção do nosso mundo. 

E a ficção, entre todos os tipos de livros, são os que mais permitem mostrar esses dois polos as vezes em único livro de te mostrar “poxa que mundo legal, gostaria de ir para ler” ou então “que mundo bizarro/horrível ainda bem que estou aqui” e conseguir mesclar com “mas sabe, isso parece o que aconteceu em tal lugar” e “gente, é o nosso mundo só que pior…”

A literatura de ficção pode então ser uma ferramente para formar critícas ou um novo pensamento sobre o nosso mundo e a violência faz parte disso. Inclusive, a violência na fantasia/ficção pode nos ajudar a lidar com a violência na realidade. E pode até ser uma forma melhor de lidar com esta. Já que pode abordar de uma maneira diferente o que acontece conosco.

Acho que o discurso de que “ah, se você ler laranja mecânica/jogos vorazes/as crônicas de gelo e fogo etc…vai se tornar um psicopata” completamente invalido, porque se fosse assim todos que lessem as notícias, ou até mesmo vissem as novelas já teriam se tornado psicopatas.
Claro, existem livros que não tem uma abordagem tão legal para todos. Eu fiquei bem enjoada com os primeiros capítulos de Laranja Mecânica. Tudo é uma questão de envolver a maturidade de quem vai ler, como aquela pessoa vai receber e o que ela vai fazer sobre o que leu.

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