segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Resenha de "A Outra Face", Sidney Sheldon

Não sei com que data essa resenha será datada, mas era para ela ser lançada dia 08/06/2015, mas eu só descobri agora que ela não foi postada... Então se divirtam com essa indicação

Esse é o primeiro livro do Sidney Sheldon e não deixa de ser aquele mistério policial de prender o leitor.


O primeiro livro que li dele foi "O Plano Perfeito" que contava a história da azarada (ou sortuda) jornalista Leslie Stuart e do governador Oliver Russel e o casamento e a vingança das personagens como plano de fundo a imprensa e a política.
Depois de ganhar mais dois livros de Sheldon, que eu não li, resolvi pesquisar sobre o autor. E descobri que uma característica do escritor era o uso de personagens femininas como a Leslie. Só que ao ler "A Outra Face" não encontramos mulheres expressivas. [Deve ser porque ele tentava encontrar o seu estilo de escrita]
No primeiro romance de Sidney Sheldon, conhecemos o psicanalista Judd Stevens, um ótimo médico que acabou de dar alta a John Hanson, um pai de família "tradicional" com tendências homossexuais. Minutos depois, John aparece morto com uma facada nas costas.
Para cuidar do caso, entra na história dois personagens interessantes, o tenente McGreavy e o detetive Angeli. McGreavy acredita que Judd é o assassino de Hanson e vai tentar provar isso custe o que custar,
Além dos detetives e do médico, os pacientes do Dr. Stevens também se tornam suspeitos do crime entre eles, uma ninfomaníaca , um paranoico, megalomaníacos, egocêntricos...
O autor começa a traçar crises psicológicas no protagonista acentuando o thriller psicológico da narrativa. O drama do protagonista  se torna algo angustiante e eu fiquei lendo ao estilo: "Cala a boca, McGreavy! Não tá vendo que ele vai morrer?".
O estilo de pensar de Dr. Stevens me lembrou a personagem de Luana Piovanni em "Dupla Identidade", seriado de Glória Perez, a psicóloga forense Vera.
Eu queria me matar com Stevens, com a quantidade suspeitos que apareciam o quão tensa e explosiva a história ficava.
No final, houve um problema que poderia ser explicado com uma frase. Mas não. O leitor fica perdido, apesar de a explicação fazer sentido.
O livro às vezes é previsível, mas o jeito que ninguém quer acreditar nessa previsibilidade, porque é desesperançoso.
Sidney Sheldon consegue destruir as suas tentativas de descobrir o responsável pelo crime e assim o thriller é bem construído.
O livro convence apesar dos defeitos. Recomendo para quem  gosta de thrillers psicológicos e livros policiais. Sidney Sheldon tem que entrar na lista de todo aficionado por suspense e mistério policial.

P.S.: Ana deve postar uma resenha de outro de Sidney Sheldon essa semana.

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