segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Resenha de "O Festim dos Corvos"

"Em Qohor é a Cabra Preta; em Yi Ti, o Leão da Noite; em Westeros, o Estranho. Mas, no final, todos os homens têm de se submeter a Ele. [...] Toda a humanidade lhe pertence[...] Conhece um povo que viva para sempre?" - O Homem Amável

Depois de tentativas fracassadas de ler outros livros fora do universo de Westeros, o primeiro livro começado e terminado em 2016 foi "O Festim dos Corvos", o quarto livro de "As Crônicas de Gelo e Fogo", de George R R Martin.
Já que Martin fez questão de dividir a seu quarto livro em dois, "O Festim dos Corvos" e "A Dança dos Dragões", encontramos uma divisão diferente de narrativa. Enquanto você esperava que o autor dividisse ao meio com um "To be continued", ele prefere dividir por localidade e encerrar o arco narrativo de certos personagens.
Nesse volume, acompanhamos principalmente Cersei, Brienne e Jaime. Ou seja, temos muito Porto Real e muita descrição. Mas também temos Pyke, com Asha, Victarion e Aeron Greyjoy que está em colapso devido à morte de Balon Greyjoy, Rei das Ilhas de Ferro. Temos Dorne, com Areo Hotah, Arianne Martell e Aerys Oakheart, cobrando vingança pela morte do Príncipe Oberyn. E, por fim, temos Bravos, com Arya e Sam, e Ninho da Águia com Sansa/Alayne.

Mas, sem Dany, Tyrion e Jon, a história continua boa? Massante, mas muito boa.
Se você gosta de jogos políticos os capítulos da Cersei está repleto. Com a morte de Joffrey, Cersei assume o cargo de Rainha Regente da melhor forma possível, já que Tommen tem só 9 anos e Tywin está morto. O probleminha aqui é que Margaery, a pequena rainha, ameaça todo poderio de Cersei, mas só na visão da Regente. E assim Cersei vai se cercar de leais incompetentes e afastar os Tyrell de perto de si, para assegurar toda Coroa na sua mão. Só que, quando você se preocupa com pouco, algo grande está sendo criado do outro lado.
Jaime está tendo vários conflitos internos devido à morte Tywin, devido à infidelidade de Cersei quem confia nessa mulher?, à infidelidade de Tyrion, às promessas feitas a Catelyn e ás promessas que Brienne fez a ele e sua ausência de mão.
Brienne está a procura da Senhora Sansa Stark, já que a pequena Arya não deveria estar viva. E com ela vamos ver o que a guerra deixou, ou não, para trás.
Sansa e Mindinho estão tentando se equilibrar em Ninho da Águia após a morte de Lysa, enquanto Petyr ensina à Stark a mentir. E, ao mesmo tempo, Arya também terá de aprender a mentir em Bravos para se desapegar de sua antiga identidade.
Jon envia Sam, Aemon, Dareon e Goiva para Vilavelha a fim de evitar problemas com Stannis e Melisandre. Afinal, a noite é escura e cheia de horrores.

Pelo que eu descrevi vocês perceberam um coisa: esse livro é um verdadeiro festim dos corvos. Com Tywin, Joffrey, Balon, Oberyn, Robb, Catelyn, Cão de Caça e Lysa mortos, só resta aos corvos dividirem o legado, mas dividir não é algo plausível em Westeros. Os corvos nesse livro vão se bicar até conseguir o seu quinhão.

O que eu adorei nesse livro foi ver que Cersei e Jaime estão lutando para se tornar o novo Tywin Lannister, mas ambas as tentativas são fracassadas, porque o verdadeiro filho de Tywin é o nosso adorável anão.
E o que impressiona é impressiona é o choque cultural nesse universo de Gelo e Fogo. Dorne, Pyke e Bravos são gloriosos contrastes na Fé dos Sete, que também mostra suas peculiaridades nesse livro. Acho que a religião nunca foi tão explorada antes nos três anteriores.

A avaliação final é que temos um livro massante embora seja o menor dos cinco, mas com finais que quase me fizeram gritar de felicidade. E notem: o Inverno está chegando!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Proibido? Negado? Livros e Idade

Semana passada, a Ana falou sobre classificação indicativa no cinema, mas mais voltado para o lado organizacional do cinema e a consciência, ler. Hoje eu vou falar de livros e existe uma discussão tão gigantesca  por trás disso, do ato  de impedir a leitura de alguém.
 
O ato de ler, ouvir e ver alguma mídia  parte da maturidade de cada um. A censura  que eu considero mais sensata  é a da televisão. Antes de qualquer programação, vem a idade mínima  recomendado junto com uma moça fazendo LIBRAS e cabe aos pais permitir que o filho veja, ou não, aquele tipo de programa e, em caso de TV por  assinatura, o assinante consegue colocar senha para bloquear certos programas.
Aí vem o livro, que raramente você vê uma classificação etária, e se depara com garotas de 13 anos lendo "Cinquenta Tons de Cinza", que é taxado  como  livro erótico e percebe que algo  ali está errado. Enquanto eu pesquisava sobre o assunto, eu vi que a serie literária  de "The Walking Dead" e o livro "Belle" foram distribuídos com  a faixa etária de 18 anos. A primeira deve ser pela extrema violência e o segundo pela presença de prostituição, drogas e todo submundo londrino jo início do séc.XIX (se não me engano). Mas óbvio que pede sua  identidade quando você  compra um livro.
Atualmente usamos a faixa etária para designar gêneros. Então encontramos livros Infantis, Infanto-juvenis, Juvenis, Jovens-adultos (YA) e o resto. Apesar desses gêneros "pré-definidos", há pouco tempo nos deparamos com a polêmica dos YA explícitos em todos os sentidos. Em "Quem é você, Alasca?", eu realmente fiquei "boquiaberto" com o conteúdo. Cigarros e bebidas alcoólicas são o que mais cercam a trama.
E aí chegamos à pergunta: O quão criança você é pra ler um infantil? Ou maduro o suficiente para ler um livro como "Belle"?
Isso é o que torna a classificação etária de um livro tão difícil. Eu não impediria um garoto de 13 anos de ler Dan Brown. Mas fico receoso de sugerir "As Crônicas de Gelo e Fogo" para uma garota de 15, embora eu tenha lido com essa idade ou com 14. Enquanto eu imagino que "Percy Jackson" seja para todas as idades, ninguém velho demais ou novo demais para ele.
Como seu pai provavelmente não vai ler um livro antes de você e te proibir, ou não, pedir recomendação na livraria é sempre bom, eles com certeza vão saber adequar a seu gosto a sua idade, pelo menos muitos deles.
Livros são bons, restringir o acesso a eles é ruim. Mas imagino que seria bom ter uma classificação indicativa parecida com a televisiva, na qual é capaz o leitor ler, mas saber que aquele livro não corresponda a sua idade e avaliar se você está maduro o suficiente. Afinal, informação não pode ser negada.
Ate segunda que vem!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Crie um mundo e depois o destrua! - A Guerra da Fúria Atormentada

"Diz-se que o diabo está nos detalhes.
Um livro deste tamanho tem muitos diabos, e cada um deles morderá o autor se ele não tiver cuidado. Felizmente, conheço muitos anjos." - George R. R. Martin.

Tem spoiler sobre os três primeiros livros da saga "As Crônicas de Gelo e Fogo"
Se o diabo está nos detalhes, George Martin se sentiu tentado em ser mordido por eles, porque já provamos que o autor tem uma narrativa altamente descritiva, com presente e passado até as paredes tem história.
Além de Martin estar atolado em verdades criadas por ele em Westeros e afins, ele se utiliza de um artifício que deixa os tais espíritos malignos pirarem  quando armam o bote. Existem os amados point-of-view (POV).
O POV's, ou PDV's, são o melhor artifício de se alterar a história que foi criada. A partir daí se lança uma luz sobre meias-verdades que o leitor toma por verdades concretas e o faz se desesperar, embora, páginas ou livros depois, toda a sua história se liquefez.
Além disso, o método de PDV se adéqua melhor do que o narrador personagem. O narrador em 3ª pessoa seletiva ajuda leitor a se situar no mundo em que o personagem está, consegue ir ao sétimo grau de parentesco dele e voltar para falar como está o bolo de limão. O que eu quero dizer é que quando o Martin usa esse narrador ele consegue ter a falta de certeza de um narrador em primeira pessoa e ter também a imersão de um narrador onisciente, mas ambos podem deixar de te contar qualquer coisa que a priori não é importante.
Os plots twists que Martin dá faz com que você não consiga negar o que acontece, porque na verdade você não sabia mesmo. Ninguém estava na cabeça do Joffrey, do Mindinho ou Robb, para saber o que estava acontecendo a partir dos olhos deles. Enquanto isso, estávamos acompanhando Eddard, Sansa e Catelyn, tirando o fato que o tipo de narrativa não garante que a personagem POV se manterá a salvo até o final, o que Veronica Roth já provou ser bem difícil fazer quado o narrador é em primeira pessoa.
A escolha que Martin faz a narrativa ser sólida, porém instável. O que são rumores parecem notícias e notícias parecem rumores. E um exemplo disso é desmantelamento da máscara do Mindinho. Martin através dos olhos "portorrealenses" sempre aponta Mindinho como um personagem não confiável, e ele prova isso no final de "A Tormenta de Espadas", quando ele mata Joffrey, mas teoricamente estava indo para Ninho da Águia.

Acho que os diabos vão demorar a morder nosso assassino autor amado. Até segunda que vem.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

[OPINIÃO] Deadpool: crianças devem ou não assistir?

Olá Gente! Tudo bem com vocês? Hoje eu ia falar sobre o filme que estreou na quinta-feira (11) do Tagarela Mercenário mais conhecido como DEADPOOL e eu daria a minha opinião sobre o filme sob a  perspectiva de alguém que até pouco tempo atrás não sabia sobre esse personagem ácido do Universo Marvel e que como toda boa NOOB foi pesquisar à respeito do mesmo antes de assistir ao filme. Até porque não dá pra assistir ao filme de algum personagem, sem pelo menos saber algo sobre ele não é mesmo?

Mas, o que me espantou de verdade com as primeiras notícias sobre o filme foi ver a falta de controle por parte das bilheterias de cinema sobre quem compra os ingressos. Ahhh Carol você vai bancar a chata agora? Sim, eu vou. Mas é pelos motivos certos. Como todos vocês sabem, antes de DEADPOOL estreiar houve uma discussão imensa na internet sobre a classificação etária do filme: 16 anos. E o fato dele ser dublado. Eu entendia alguns dos argumentos de pessoas que acompanham esse personagem através das HQ's e o medo que eles sentiam devido estes dois fatores: a classificação e a dublagem. Sinceramente, a dublagem do filme foi animal! Os dubladores mandaram muito bem, principalmente o cara que dublou o Deadpool, ele conseguiu passar nas suas falas toda a ironia e o sarcasmo da personagem e ficou muito bom. De verdade. E ao conteúdo do filme, pouquíssimas cenas foram censuradas e o filme manteve a sua essência: palavrões, sexo e muita, mais muita violência.

PEÇO DESCULPAS A TODOS, MAS AGORA PRECISO USAR PALAVRÃO.

Porém o que me deixou muito puta, foi o fato de não ver a bilheteria do cinema alertando aos pais sobre o conteúdo do filme. Porra, eu vi pré-adolescentes na minha sessão, crianças com seus 10/11 anos de idade indo assistir um filme com sexo explícito e violência. Mas ai vocês irão falar: Oh Ana, hoje em dia na TV as crianças também vê muito sexo e violência! Sim, concordo em gênero, número e grau, todavia não deveria ser algo naturalizado pela nossa sociedade e sim algo digno de ser repudiado. O que me deixa extremamente puta é ver e saber que existem cinemas que não alertam aos profissionais sobre o conteúdo dos filmes, vendem os ingressos aos pais que não se dispõe a pesquisar sobre a história do filme, levam seus filhos pensando em se tratar de um filme sobre "super-heroi" e no fim da sessão sair xingando tudo e a todos porque o conteúdo do filme eera "inadequado para menores de idade". PORRA! Primeiro que o filme tá classificado para MENORES DE 16 ANOS. Que só podem ver com a AUTORIZAÇÃO dos pais. Segundo que a própria acessoria de imprensa da FOX publicou um post em sua página do Facebook Oficial falando sobre a classificação etária e anunciando o conteúdo do filme e alertando aos pais para evitar de assistir o filme com crianças pequenas. Terceiro: porque diabos, os profissionais que trabalham nas bilheterias, antes de vender os ingressos, não alertam aos pais sobre o conteúdo do filme? 

Imagine a situação: Você leva seu filho(a) de 7/8 anos para o cinema porque a criança quer assistir o filme do heroi Deadpool. Como você pensou que era um filme de super-heroi "normal", nem se deu ao trabalho de pesquisar sobre o personagem do filme, apenas levou ele(a), comprou os ingressos e entrou na sessão. Pense na sua reação quando o filme inicia e você vê o tanto de palavrões são ditos, as cenas de sexo explícito e entre outras. Pense nas perguntas que o(a) seu(a) filho(a) irão fazer sobre o conteúdo. No fim de quem é a culpa? Da empresa que não informou aos seus funcionários para fazer o alerta aos pais sobre o conteúdo que eles encontrarão neste filme? Da produtora por fazer um filme tão politicamente incorreto e inadequado para crianças? Ou sua, por não pesquisar antes sobre o filme e a história do personagem, antes de levar algum criança para assistir, achando que irá encontrar aquele mesmo conteúdo tediante de filmes de super-herois?

Eu ainda não tenho uma opinião 100% formada sobre esta situação, estou ainda avaliando os fatos. Mas eu sei que, muitos pais saíram reclamando do filme e a FOX anunciou uma sequência. O meu medo é de que: quando esta sequência sair, que haja uma tentativa de boicote ao filme devido ao seu conteúdo politicamente incorreto. Cara, esse projeto demorou 16 anos. 16 FUCKING ANOS para sair do papel e tornar-se realidade. Eu ficaria muito, mais muito puta se a sequência do filme não chegasse no Brasil. O filme não pode ter aquele enredo foda, mas ele é engraçado. O personagem Deadpool é engraçado, chegando a beirar ao hilário devido a sua insanidade por tratar de vários assuntos. 

Enfim, eu sei que deveria falar sobre o filme e tudo mais, todavia eu não me vejo no direito de fazer uma resenha crítica sobre o filme, visto que eu apenas soube da existência deste personagem há pouco tempo, mas o filme me ajudou muito a conhecê-lo melhor. O que eu queria mesmo era desabafar sobre esta situação e perguntar a vocês, leitores amados e fãs do Mercenário Tagarela: O que vocês acham desta situação? Quem é o errado? Quem é o certo? Existe o certo ou o errado nessa história? E é nesse clima de reflexão que eu deixo vocês. Até a próxima semana e adiós.


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Quase um enredo de Paulo Barros - A Guerra da Fúria Atormentada

"Para eles isso ainda é um jogo, um torneio com um grande cenário, e tudo o que veem [e uma possibilidade de glória, honra e despojos. São rapazes bêbados de canções e histórias e, como todos os rapazes, julgam-se imortais." - A Fúria dos Reis.


O termo "trilogia" não pode ser aplicado em "As Crônicas de Gelo e Fogo", mas se quiser delimitar um divisor de águas temos "A Tormenta de Espadas", que encerra um ciclo e começa outro. E o ciclo que terminou foi o ciclo d'A Guerra dos Cinco Reis.
Se Paulo Barros fosse tornar esse episódio em um desfile de Carnaval, a comissão de frente seria a "traição" de Eddard Stark. O Lorde Stark, quanto Mão do Rei, ao descobrir que Joffrey, Myrcella e Tommen eram ilegítimos, foi intitulado Rei Regente e se pôs ao lado de Stannis Baratheon, enquanto Renly, o Baratheon mais novo, fugiu para Jardim de Cima.
Robb Stark e Tywin Lannister já entravam em conflito pelo ultrajante rapto de Tyrion Lannister. E, com a decapitação do Senhor de Winterfell, cada um resolveu pôr uma coroa em sua cabeça.
Stannis Baratheon virou o Rei em Pedra do Dragão, Renly Baratheon virou Rei em Jardim de Cima e Joffrey já era o Rei "por direito" no Trono de Ferro. Robb Stark foi aclamado Rei do Norte lutando por um movimento separatista. E Balon Greyjoy se auto-intitulou Rei das Ilhas de Ferro, também separatista, embora ambicioso.
Enquanto Tywin e Robb se enfrentava nas Terras Fluviais, os irmãos Baratheon afiavam suas espadas por Ponta Tempestade Infelizmente Renly morreu antes de a batalha de fato começar.

Com Robb Stark no Sul, Balon Greyjoy lançou suas pretensões sobre o Norte, pelo Gargalo e por Praça Torrhen, para tomar Winterfell, que estava sob comando de Bran.
Vendo que os vassalos do irmão se dividiram entre Joffrey e ele, Stannis começa a preparar sua frota contra Baía da Água Negra, situada em Porto Real, capital dos Sete Reinos.
Aí temos o nosso auge. Stannis e Joffrey estão lutando em Porto Real. Robb está vencendo sucessivamente Lorde Tywin Lannister. E o Bastardo de Bolton, do Forte do Pavor, esmaga Winterfell com Greyjoys e Starks dentro.

Stannis saiu derrotado da Baía da Água Negra e tenta prever onde será mais efetivo. Robb Stark volta do Oeste casado com quem não devia. Balon ainda mantém o Gargalo, impedindo a volta dos nortenhos. Joffrey só vê seu casamento pela frente, e não com Sansa, mas sim com Margaery Tyrell, a viúva de Renly.
A Guerra dos Cinco Reis começa a minguar. E o que continua a importar mais é a guerra entre Lannisters e Starks, entre leões e lobos.
Qual seria o melhor final para essa guerra? Ressuscitar Aegon, o Conquistador, não é opção.
Matar os reis seria resposta correta, está bem? Então está bem!
O segundo Rei a cair (Renly já morreu lá trás) é Balon Greyjoy. Durante um tempestade, o Senhor de Pyke fez o favor divino de passar por uma ponte e voar em direção ao castelo do Deus Afogado.

O terceiro é o nosso herói (ou quem a gente achou que fosse o herói erramos feio e rude de novo). Quando Robb fez o favor de se casar com uma Westerling, ele descumpriu e o trato de se casar com um Frey. O que aconteceu? Walder Atrasado Frey, para consertar, topou casar a linda Roslin Frey com o tio Edmure Tully, Senhor de Correrrio. Mesmo protegido pelas leis de hospedagem, Robb e Catelyn se deparam com o Casamento Vermelho. Os Frey tinha se associado aos Lannister e, ao fim do casamento, Robb perdeu sua cabeça que foi substituída pela cabeça de Vento Cinzento e Catelyn foi lançada ao rio.
Mas o Deus de Sete Faces é bom e chegou o tão esperado Casamento Real. E aí temos o nosso 4º Rei, como previu a Mulher Vermelha, Melisandre de Asshai. Depois de o Rei Joffrey destilar todo seu veneno ao tio Duende, inesperadamente, o Rei Insuportável acaba tomando o famoso veneno estrangulador Meistre Cressen manda lembrança. Quem matou o homem, ninguém sabe, mas as suspeitas caem sobre o casal maravilhoso Tyrion e Sansa, que sumiu após o Casamento.

Mesmo com as mortes de Joff, Robb, Balon e Renly, Stannis não acaba vencedor já que ele some de Pedra do Dragão e vai à conquista do Norte a partir da Muralha e Tommen assume o Trono de Ferro.
A guerra agora é outra. Sem a sua vingança, será que Dorne vai lançar a campanha de Myrcella Baratheon? Será que os Homens de Ferro vão tomar outras pretensões. Está na hora dos corvos fazerem o seu festim.

Agora, depois que você leu essa postagem já pode voltar ao seu bloco ou seu Netflix. Até a próxima semana!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Mudar de Opinião...

Mudar de opinião é uma coisa normal e saúdavel. Mas, sempre existe aquela pessoa que vai te julgar quando você muda de opinião(não seja essa pessoa). E, esse é um pequeno texto sobre como mudar de opinião é legal e como todo mundo muda de opinão, sim até vocezinho que se recusa a aceitar.
Já faz algum tempo que eu fui assistir Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 2 no cinema. Na Época eu estava super empolgada com o filme, com os livros e achava que eram as melhores coisas que eu tinha lido/assistido na vida. Até hoje eu guardo com carinho a época que eu gostei, o tanto de cacaréco que eu tenho mas Harry Potter não é mais minha série preferida. Eu fui lendo e assistindo outras coisas e até pude comparar(porque naquela época foi um dos primeiros livros que eu li, então eu não tinha como dizer o que era bom e o que era ruim) e eu tenho um certo amigo que gosta de jogar na cara que eu era uma super-fã-mega-louca de Harry Potter e agora eu quase nem ligo.
E é uma coisa que não é automática, quanto mais coisas você vai vendo/lendo maior é a chance de você mudar de opinião. E assim foi comigo eu adorava Harry Potter até eu ler a Menina que Roubava Livros e eu amava a Menina que Roubava Livros até eu ler Os Miseravéis. Não significa que eu deixei de gostar, eu só passei a gostar mais de outro livro.
Uma coisa interessante é que o intervalo que eu passei gostando de Harry Potter para o intervalo que eu passei gostando de A Menina que Roubava livros é bem mais longo. Porque durante todo esse tempo eu nunca me dei a oportunidade de ler despretenciosamente algo. Eu lia em mente que aquele livro que eu amava ia ser o que eu amaria para todo o sempre. Hoje eu leio muito mais sem expectativas e até fico feliz de encontrar livros melhores do que eu já li.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Mhysa, Maela, Aelalla, Qathei, Tato - A Guerra da Fúria Atormentada

"Mãe", gritaram cem gargantas, mil, dez mil. "Mãe", cantaram, com os dedos afagando suas pernas enquanto voava através deles. "Mãe, Mãe, Mãe!" - "A Tormenta de Espadas", George R. R. Martin tremi nessa cena

Antes de começar o post, quero lembrar que está rolando promoção no blog. Vamos sortear aquilo tudo de marcadores mesmo.Só entrar nesse link e você vai direto pro post da promoção. As duas únicas coisas que você precisa fazer é:
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Todos os links estão no post de domingo passado.

Alerta de spoiler sobre "As Crônicas de Gelo e Fogo" e "Game of Thrones".

A série "As Crônicas de Gelo e Fogo", de George R. R. Martin, nunca negoy a força feminina de suas personagens. Mas hoje eu vim falar das Mães de Westeros. Nessa postagem vou focar em Catelyn Stark, Cersei Lannister e Daenerys Targaryen.
A humanidade que Martin imprime em cada componente do jogo dos tronos é louvável e, no papel de mãe, essa vitalidade é mais expressiva. As três figuras maternas citadas estão sempre em provação quanto "como jogar e cuidar dos filhos", uma discussão muito atual, mas que, hoje em dia, não tem a possibilidade de você morrer fazendo um dos dois. A Catelyn procura ir pro embate sem sua prole , enquanto Cersei joga com seus loirinhos e Daenerys se mostra paciente com as habilidades de seus dragões.
Catelyn é realmente uma das minhas personagens favoritas e a que está mais disposta a cuidar dos Stark até os últimos esforços. Já no começo do livro "A Guerra dos Tronos", ela evidencia que pode pernoitar por um filho, quando Bran é empurrado por Jaime de uma torre de Winterfell, e guarda cicatrizes de um dessas noites.
A Senhora Stark se propôs viajar por Westeros para ir em busca de justiça, tomou Tyrion cativo e, quando Ned Stark morreu, não conseguiu ficar longe do filho pimogênito Robb Stark para aconselhá-lo da melhor forma para mantê-lo vivo. Teve de aguentar ver Sansa prisioneira e prometida ao maldoso Joffrey e Arya sumida, sem poder proteger Bran e Rickon no Norte. Recebeu a notícia  que Winterfell ruíra e provavelmente seus dois filhos morrera.
E, quando viu os rumos conduzidos por Robb, resolveu ir até às últimas consequências, libertou Jaime Lannister e tentou de todas as formas consertar a história do casamento do Rei no Norte, mas acabou resultando no Casamento Vermelho. Estou ansiosíssimo para saber como a zumbi Cat Stark vai seguir nos próximos livros.

Do lado oposto ao de Catelyn Stark, Cersei Lannister tenta proteger seu trio, sendo capaz de fazer um leão rugir pelas crianças, sendo bem mais impetuosa, já que os Lannister sempre pagam as suas dívidas. No primeiro livro, por exemplo, Cersei ordenou que matassem a loba gigante de Sansa no lugar de Nymeria, porque a segunda atacou o, então, Príncipe Joffrey.
Apesar de ser a Rainha Regente e tentar manter o poder nas mãos de Joff, sofreu para minha alegria na mão de Tyrion, o Duende, quanto Mão do Rei, que conseguiu levar Myrcella para Dorne e manter Tommen como refém.
A personalidade ambiciosa de Cersei faz com que ela jogue fazendo seus filhos de peão, já que, como mulher, não é herdeira de Rochedo Casterly nem Rainha de Westeros. A Rainha Regente pode ser a mais desalmada das mulheres, mas como mãe a leoa dentro dela cresce e Tyrion pode atestar isso.
Para além do mar estreito, Daenerys se tornou a Mãe dos Dragões. Dany Targaryen trata seus dragões Drogon, Viseryon e Rhaegal como seus filhos que ela nunca poderá ter depois que a maegi Mirri Maz Duur a tornou infértil. A Nascida da Tormenta se arrisca se queimar na pira funerária de Khal Drogo para despertar os dragões e se tornar A Não Queimada.
À Daenerys Targaryen foram oferecidos quaisquer tipos de pagamento pelos belos dragões, mas a força materna dela é mais forte que qualquer dinheiro. Além do amor que ela sente por eles, os dragões são de utilidade de guerra.
"As Crônicas de Gelo e Fogo" mostra que, quando o assunto é "filhos", as mães se transformam em lobas, leoas e dragões. Qual das mães será a forte para aguentar até o final da saga? Contanto que a Rainha dos Espinhos continue afiada, que vença a mais forte!
Até segunda com mais um "A Guerra da Fúria Atormentada"!