segunda-feira, 25 de abril de 2016

Pra que tanquinho?

Ai, esse mundo! Cheio de surpresas!
Leia a descrição do vídeo se manja do inglês!
Não tenho um hábito angustiante de viajar no Facebook por horas. Na verdade, nem entro tanto no Facebook, o que eu tenho no meu celular é o Messenger somente que ele serve para falar com pessoas que não tem o WhatsApp. Mas, da última vez que entrei, levei um tiro maravilhoso. Acho que eu não sigo a AXE no Facebook não vejo sentido em seguir uma marca de desodorante, mas lá estava: AXE Brasil e uma mensagem bonitinha embaixo que dizia "Quem precisa de uma barriga tanquinho quando você tem A ATITUDE? Mostre o que você tem de melhor, não há regras. #AXE #FindYourMagic". E tinha um vídeo embaixo que o Facebook deixa passando porque ele não espera você dar play e eu estava gostando do que eu estava vendo.
A nova propaganda mundial da AXE da nova linha de cosméticos trazia a seguinte mensagem: Vamos destruir isso que todas as propagandas para produtos masculinos pregam? E o primeiro passo desses publicitários foi falar que aqueles homens de tanquinho, sarados que saem de explosões e ainda pega a donzela indefesa e idealizada só pelo cheiro do desodorante não representa os verdadeiros compradores de AXE.  O que não deixa de ser verdade, você não compra um desodorante buscando ser desejável, você compra porque, depois da puberdade, você (homem e mulher) precisa passar desodorante senão vai ficar fedendo e ninguém quer ficar fedendo espero.
Então começa uma saga maravilhosa de demonstrações do que o homem pode ser além de modelo. Narigudos, fashionistas, dançarinos de stiletto, magricelas, nerds, revolucionários. Enfim, você só precisa ter atitude e mostrar quem você é de fato para a sociedade e a AXE apoia isso entregando de bandeja o novo slogan da marca: Find your magic (Encontre sua mágica)!

Geralmente quando falamos de padrão de beleza e comportamento (lembremos das belas, recatadas e "do lar"), focamos muito na posição da mulher  na sociedade, esquecendo que o homem tem tantos padrões a serem seguidos para ser considerado pela sociedade um homem. O homem para o convívio social tem que ser frio, calculista, comer o frango com a mão, beber cerveja (vide a propaganda do shampoo Badass), ouvir heavy metal, sair na porrada pelo menos uma vez na vida, falar de mulher na mesa do bar e pontuá-las, ser duro nos passos de dança, nunca brochar, falar palavrões... E se fizer o contrário com certeza você é gay. Ouvir Beyoncé nem pensar, não é mesmo?

O estranho que esse povo não pensa que o que nos torna homens não é a simples necessidade de ser um troglodita. O fato de nascer homem já indica que você é um homem. Mas ser homem e ser mulher é um conceito muito maior do que a gente quer que seja. Muitas pessoas acham que "ser mulher" é o fato de ser bela recatada e "do lar" mesmo. Para outras mulheres, é fato de sentar numa sala de reuniões e ser a mediadora das discussões.
Para alguns homens ser machista torna eles homens. Para outros ter atitude o torna homens. Ou só a identificação física mesmo do tipo "esse é meu corpo, me sinto bem assim e sou assim". Ser homem pode significar ser gentil em suas conquistas amorosas, por que não? Puxar uma cadeira, ou dar flores, com certeza te torna mais homem do que impedir a mulher de pagar a conta pela verdade incontestável de que o homem sempre paga a conta.
Esse assunto me faz lembrar sempre Sense8. Sense8 é uma série que fala muito sobre identidade e autoconhecimento, mesmo a história sendo sobre oito pessoas que conseguem mudar de corpo físico e mentalmente. E a Nomi é uma personagem que levanta essa bandeira muito bem. Num diálogo com Lito, ela lembra de como ela nunca se identificou no corpo masculino e o pai dela obrigou o pequeno Max (acho que esse era o nome da Nomi) a entrar na natação. A experiência traumática que deixou marcas na personagem fez ela refletir e dizer a seguinte frase: "Aquela piscina pode ter transformado o meu pai no homem que ele é, mas também me transformou na mulher que eu sou."
Então, pense agora! Por que você se considera um homem? Por que você se considera uma mulher? Nem eu sei responder, na verdade, e não quero saber responder, mas é sempre bom refletir. 
Até segunda, não é mesmo? E não se esqueça! Find your magic!

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Menino Percy

Não sei se isso vai ser uma série ou não. Então, se for uma série, o título vai ser Menino Percy mesmo :).
Hoje irei falar de como Rick Riordan veio por um fim nas diferenças e tentou com todas as forças isso e acho que não perdeu a mão nisso, porque estou "Magnus Chase - A espada do verão" e ele continua perspicaz nesse quesito.

Como na série sobre "As Crônicas de Gelo e Fogo" que eu fiz... o spoiler é livre.
Tio Rick começou a escrever "Percy Jackson e Os Olimpianos" com o objetivo de levantar a moral do menino Harley Riordan, que é o filho desse dono de mim. Agradeçam ao menino Harley pela série também. Harley tinha TDAH e dislexia assim como a maioria dos personagens da série PJO e HDO e  Rick Riordan não queria que o filho dele ficasse triste com as suas limitações. E num dia que o Tio Rick foi contar uma história pra ele, Harley pediu algo sobre mitologia grega e, como um bom pai, Riordan contou a história de um filho de Poseidon de 12 anos que tinha dislexia e TDAH, tendo alguns probleminhas nos estudos e no convívio social. Assim nascia Percy Jackson e o Acampamento Meio-Sangue.
Rick Riordan constantemente passa a mensagem de que a pessoa que está lendo pode fazer alguma coisa. As suas limitações podem aprimorar outras habilidades, tipo Matt Murdock. Os semideuses costumam ser disléxicos porque o cérebro deles é programado para grego antigo; o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) se adequa a um cérebro preparado para batalha e para reflexos de combate; um filho de tal deus desenvolve habilidades e qualidades específicas que realmente importam.
E Rick Riordan ultrapassa essa linha da dislexia e do TDAH. Ele resolve falar de sonhos e objetivos, que não importando quem você é, você pode alcançar. Annabeth passou cinco livros sonhando com alguma coisa, ela não era uma personagem preparada para formar um casal. Annie dona de mim veio para provar que ela pode fazer o que ela sempre quis. Conseguiu participar de uma missão depois de passar anos no acampamento. Conseguiu ter uma profecia destinada somente para ela. Conseguiu o cargo de Arquiteta do Olimpo. Ou seja, ela quer mostrar que você pode ser o que você quer. Se você se aprofundar, Annabeth Chase só não diz que a criança pode sonhar, como diz que uma menina pode sonhar e ser. Assim como todos as personagens femininas que tivemos nesses 10 livros: Thalia Grace, Rachel Elizabeth Dare, Clarisse La Rue, Silena Beauregard, Bianca Di Angelo, Zoe Doce-Amarga, e todas as Caçadoras de Ártemis, Hazel Levesque (além de mulher, é negra), Piper McLean (além de mulher, é de descendência cherokee), Reyna (além de mulher, é latina)...

Já que citei as origens dos personagens, vale a pena aprofundar nisso. Sem citar os personagens que são de raças diferentes, como os sátiros, centauros e nifas, que nem sempre são considerados legais na mitologia de fato, Rick Riordan fez questão de refletir a salada que é os EUA, Nova Iorque, principalmente. Charles Beckendorf era um personagem negro, assim com Hazel e Carter e Walt, de "As Crônicas dos Kane". Hazel era protagonista da segunda série filha de Plutão, um dos Três Grandes, "Os Heróis do Olimpo", e Charles foi um personagem crucial para a história do quinto livro. Leo e Reyna são personagens grandiosíssimos com descendência latina. Reyna é porto-riquenha, por exemplo. E temos os asiáticos. Ethan Nakamura, filho de Nêmesis, fez muita coisa na primeira série como um fiel seguidor de Cronos, Frank Zhang tem a capacidade de se transformar em animais, filho de Marte e protagonista, Drew Tanaka, ex-conselheira-chefe do Chalé de Afrodite. E os italianos Nico e Bianca Di Angelo que quebraram tabus na série, sendo o Nico o "único" gay da série e Bianca sendo uma menina que morreu salvando o Percy Jackson e o grupo inteiro da missão de Zoe.

Se deixei passar alguma coisa, deem sugestão do que posso falar sobre o assunto Percy Jackson, porque adorarei falar mais dele e de Rick Riordan. Em breve vai ter resenha de "Magnus Chase - A Espada do Verão", então aguardem ansiosos por uma resenha sobre esse menino Magnus que daqui a pouco vai se tornar dono de mim. Aliás, nessa saga nórdica, podemos encontrar várias coisas faladas hoje nesse post.
Até segunda que vem!

sábado, 16 de abril de 2016

Um Dia... de David Nicholls


Olá pessoas, como estão?? Hoje, pela primeira vez, eu acho, eu vou escrever um post sobre um livro de romance. ROMANCE. Como assim, tá apaixonadinha, Ana????? NÃO. Bem, eu acho...talvez, quem sabe...ENFIM, vamos manter o foco (risinhos) e falar hoje sobre o livro Um Dia, escrito por David Nicholls. Eu vou ser sincera, comprei ele na Bienal de 2015 e não estava dando muito crédito não. Não é que eu ODEIO o gênero de romance, mas tipo, não rola umas batalhas, não tem sangue rolando e nem mesmo magia!! E eu comecei no mundo literário com livros de fantasia e mistério, então é bem, bem, beeeeem, difícil mudar de gênero e bem, como agora estou mais velha, estou começando a dar valor e atenção a outros gêneros e o romance está na lista.


E não, esse não o primeiro romance que eu leio, eu já li uns roamnces de YA contenporâneo tipo A Culpa é das Estrelas e Cidades de Papel, ambos escritos pelo John Green (tá okay, podem me julgar, eu deixo, mas deem uma chance, é sério, vocês podem se surpreender) e li uns romances bem antigos como Orgulho e Preconceito da Jane DIVA,MARAVILHOSA, EU QUERIA ESSA MULHER Austen  e eu até que gostei. Entretanto, eu comecei a perceber que precisava ler outros autores desse gênero e foi ai que eu aceitei o conselho de uma menina que eu nunca vi na minha vida na Bienal, e comprei Um Dia, Foi caro? Pra mim, foi. Mas eu preciso ver essa garota mais uma vez...PRA AGRADECER A ELA.


Nossa, eu não achei que ia gostar e eu já sabia de uns spoilers sobre o livro e caramba...EU ADOREI O LIVRO! O li inteiro em um dia, é sério! Eu comecei em um sábado e terminei no domingo. Desde o início o livro te instiga a ler mais e não vá pensando que é um romancezinho bobo. Não, meu(a) caro(a) padawan, esse livro é muita coisa, mas nunca, NUNCA, classifique-o como um "romacezinho" bobo, porque ele não é. Só para vocês terem uma noção, quem ainda não conhece a história, ela gira em torno de Dexter e Emma, ou de Dex e Em (para os mais íntimos, como eu...sqn) e eles na noite de formatura ficam juntos e no dia seguinte eles não irão ser ver mais, bem é o que eles acham. o livro conta em um dia de cada ano em 20 anos como as vidas de Dex e Em se transformaram.


O legal do livro é que ele é contado como se fosse um trecho de um diário, na minha interpretação de leitora, seriam trechos de diários tanto do Dex quanto da Em sobre a amizade dos dois, como o amor deles foi transformado várias vezes, as várias reviravoltas que os dois passam, os momentos em que o Dex age como um verdadeiro babaca, sim, ele age igual um babaca, em uma parte do livro. Até porque os dois mudam, mas ele é perceptível, que é o que mais muda com o passar dos anos e a influência que a Em teve na vida dele, no jeito dele, é notório.

Eu me impressionei com o fato de que, eu me identifiquei muito com a Em, não apenas em aparência (temos umas coisinhas em comum tipo o cabelo curto, os óculos de armação grandes e nenhum senso para moda) mas também em personalidade e em ideologias, e eu percebi que, quando somos jovens, somos cheios de certezas e ao mesmo tempo cheios de dúvidas, conseguimos ao mesmo tempo traçar um plano A para nossas vidas e ao mesmo tempo traçar planos B, C, D para substituição, se algo der errado e até mesmo não traçar nenhum plano e apenas seguir a vida com todas as dúvidas dentro de uma mochila e seguir em frente. E eu vi isso na Em, eu vi as inseguranças dela sobre o seu futuro e senti que as suas inseguranças eram parecidas com as minhas, mas ao mesmo tempo eu também me identifiquei com Dex, pelo fato dele, quando jovem, querer apenas viver a vida e aproveitar ao máximo e eu acho que isso é uma das melhores partes que o autor desenvolveu com muita maestria e eficiência: o desenvolvimento dos pensamentos, medos, certezas e ideologias que tanto Dex quanto Em tiveram enquanto jovens e no que eles se transformaram adultos.


Um dia é um livro que reúne não apenas um romance encantador e muito interessante entre Dex e Em, mas o fato de que às vezes, os planos que fazemos enquanto jovens para o nosso futuro podem tomar outros caminhos, mas que no fim, dependendo da sua capacidade de seguir em frente, eles podem ser aquilo que você desejou enquanto jovem. E o final...ah...o final foi de cortar o coração, eu precisei reler uma cena umas três vezes por não acreditar que "aquilo" aconteceu. Mas acho que até esse final serviu para reforçar uma teoria que eu tive desde o início, que, embora vemos a evolução dos personagens e a sua história de amor, no fim, podemos notar que tudo o que houve serviu para fazer um Dex diferente do Dex jovem.



Ah e por último, o filme estrelado pela Anne Hathaway e Jum Sturgess é lindo, lindo, lindo, eu vi ele alguns anos, antes de ler o livro, mas enquanto eu lia, eu lembrava das cenas e digo, tanto o filme quanto o livro são excelentes, não acredito que estou dizendo isso, mas espero poder ler logo outros livros do David Nicholls e até mesmo de outros autores. Enfim, isso é tudo por hoje, obrigado por terem lido até aqui, ahhh se vocês puderem me ajudar, dando dicas de outros livros de romance ou de gêneros diferentes nos comentários eu agradeceria muito. Até o próximo sábado e lembre-se:


NUNCA ESQUEÇA A SUA TOALHA!

sexta-feira, 15 de abril de 2016

A dura realidade de quem assiste séries!

        Já assistiu o primeiro capítulo de alguma série?Sinto dizer,  entrou em uma fria de prazo indeterminado!
         O motivo? Simples,você vê o primeiro capítulo, se apaixona  e quando se dar conta o dia está amanhecendo  com a serie terminando , eis   a A PIOR PARTE :a depressão pós série.
        Além de ter que esperar de 6 meses a 1 ano , sua mente fica torturando para  ter uma premunição sobre os próximos capítulos  . A solução então é iniciar outra série.Se torna um ciclo vicioso e  quando você percebe  já é tarde demais,  se transformou em um ¨serial anônimo¨( by: dicionário da blogueira maluca).
        Como parar? Sinto informar,mas não conheço ninguém que tenha se safado. Um remédio?leia uma saga literária enquanto a próxima season ainda não estreou. Um sintoma conhecido é a desculpa esfarrapada dada aos amigos na sexta-feira à noite, tudo com um único objetivo: se trancar na batcaverna e começar sua maratona. CONSEQUÊNCIA: VIDA SOCIAL ZERO!
 
                                                             É, o estrago está feito!

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Como foi o seu?

Belas, singelas, donzelas,
Sem elas o mundo não vai pra nenhum lugar
Santas, rainhas, meninas,
Com elas o mundo aprendeu a girar
- Agora que são elas (Lenine e Dudu Falcão)


Acordar depois de uma noite mal dormida era sempre algo difícil. A coluna reclamou prontamente no início do alongamento matinal. Primeiro, esticou os braços acima do corpo, parecendo uma gata. Dobrou corpo pra direita depois esquerda. O dia havia começado.

Com passos de uma caçadora, se esgueirou pelo quarto, esperando que nenhum barulho acordasse o marido, não que ele se preocupasse com isso, daqui a pouco tinha que levantar também. Devagar, largou o frio sonolento do quarto e foi pro calor que só dizia por que acordou agora?. Entrou no quarto das crianças, assumindo a postura de general. O sono tinha que acabar agora. Abriu a cortina e desligou o ar. O sol pálido da manhã fez os olhos arderem um pouco e a pequena havia sentido o mesmo, pois coçava os olhos e resmungava, ininteligível. O garoto da cama ao lado só se preocupou em puxar o lençol para cima da cabeça. "Se quando eu sair do banho, não tiver na cozinha, você vai pra escola assim mesmo! De pijama e bafo!". O dia definitivamente havia começado.
Assim que saiu daquele quarto, desmontou a armadura e voltou para o gelo do  seu quarto. Se arrastou para o closet sem um objetivo claro, mas basicamente usava um uniforme.
Uns 45 minutos depois, ao sair do banheiro, já estava pronta: nenhuma cor gritante e sapatos na mão. "Hora de acordar, querido! Hoje você vai de ônibus, metrô, táxi. Dá seu jeito, tô precisando carro."
Como esperado, o mais velho ainda estava no banho enquanto os passinhos delicados da mais nova eram ouvidos na cozinha. Bateu na porta e, como não havia ninguém dormindo no apartamento, gritou por pressa.

Ao chegar na cozinha, com o pente em punhos, começou a desembaraçar o cabelo da pequena. O mais velho chegou durante o processo. "Pega a maçã na geladeira e coloca na merendeira.",  antes que o menino falasse mas, "Sem mas, nem meio mas. Trakinas não alimenta ninguém!".
Quando todos estavam prontos, saíram, pegaram o elevador e o carro que estava ajudando a pagar. Quando girou a ignição, olhou para trás procurando a pasta. "Filho, pega a pasta da mamãe!". Percebeu que estava demorando demais. Ficou impaciente batendo os anéis no volante. Reclamou do irmão com a pequena que só ouvia. Quando outro chegou, só se esforçou e bufar e partiu.
Largou as crianças no colégio, já pensando que ano que vem teria que mudar o menino de escola. Acelerou pela rua e ligou o GPS para pegar o caminho mais rápido, embora a Linha Vermelha fosse inevitável. Estacionou com a excelência de sempre quando e viu que o carro do mais falastrão da empresa estava torto na vaga. Colocou o salto e saiu correndo com  blazer no braço. Entrou no elevador e o colocou. Instintivamente se olhou no espelho, ajeitou os cachos e reparou se o rímel estava no lugar certo.
O elevador abriu e ela se encaminhou para sua sala de diretora. A estagiária gordinha estava de pé esperando por ela. "Amo sua pontualidade. E sempre linda!", e essa era uma das falas que poderia jurar que eram sinceras. As duas andaram fazendo o toc-toc dos saltos ecoarem pela empresa de engenharia que estava calma por enquanto. Entraram na sala de reuniões confiantes. As únicas mulheres dali. Disse um bom dia sorridente, mas não gostava de metade daquela sala. Uma parte apenas tolerava. E somente se importava com o presidente que sempre ouvia todos com paciência e sem julgamentos prévios. Discutiram sobre o novo projeto. Na última semana, havia fracassado em sua atuação, mas, dessa vez, atingiu seu objetivo. Seu projeto foi aceito e sabia que uma parcela do crédito ia para sua parceira.
Impressionantemente, encontrou uma pilha de relatórios que não tinha lido ontem. Precisava deles para a próxima reunião. Xingou baixo quando leu um relatório mal feito e com erros graves. "Oh, meu Deus! Queridinha, chama ele!".
O homem surgiu com um sorriso grosseiro. Mas ela simplesmente ignorou. Prendeu o ar porque sabia que aquele era primo do chefe. Sugeriu que ele entrasse num curso de português para brasileiros e o viu ir embora 1% acuado, mas 99% sonso.

“São pessoas desse tipo que afundam a nossa empresa”, disse sem papas na língua durante a reunião. “São pessoas desse tipo que afundam o país”, deixou-se ser ácida. Com o dever cumprido, olhou o relógio de parede que marcava fim do expediente. Hora de buscar as crianças. A menina fazia futebol e o menino capoeira àquele horário. Uma van os teria buscado e a mãe os levaria para casa.
Chegando ao apartamento, lavou as mãos e abriu a geladeira. Hora de fazer a janta. Amarrou um coque como pôde para não suar tanto e para não deixar o cabelo cair na comida. Enquanto a comida estava no fogo, foi ver o que as crianças haviam feito na escola e ver se o que eles fizeram hoje à tarde estava correto. Ensinou uma os duas coisas para os dois do dever de casa e foi ver se janta estava pronta. Os filhos não pareciam estar com fome então simplesmente foi tomar banho.

Quando saiu do banho, o marido estava sentado em sua cadeira com o ventilador ligado no máximo. Sem ninguém perguntar nada começou ele: “Hoje apareceu uns gringos lá e eu tive que recebê-los. Não sabia que o meu inglês estava tão enferrujado...” e desembestou a falar sobre o dia cansativo. Com a leveza que sempre teve a mulher se encaminhou para a cozinha e começou a arrumar a mesa acompanhada das crianças. “Eles não ficaram calados um segundo, meu amor!”, terminou ele se encaminhando para a mesa. “Realmente seu dia foi muito cansativo”. Quis rir. “Como foi o seu?”, perguntou ele. “O de sempre, querido! Nada que você queira ouvir”. Preferia reclamar de sua vida consigo mesma.

sábado, 9 de abril de 2016

Orgulho ,Preconceito e ZUMBIS

                 

= > Opa! Leitores de Plantão, postagem atrasada  no ar ( # a culpa é da internet)


   Inspirado em um livro de mesmo nome, o qual  é uma sátira ao livro original “Orgulho e Preconceito“ de Jane Austen.


     Como sou MEGA viciada em Jane  Austen e suas derivações , esperava um  pouco  mais da adaptação, mas é aquela velha história livro vs filme que todo leitor sofre.
     Então deixando meu lado crítico de lado, a adaptação mantém o  espírito poético de Jane Austen, misturando sua ironia clássica com um ar divertido  presente  em suas Obras.         
        






A obra em síntese é  o Romance Original : Orgulho e Preconceito  com uma pintada sombria de  ZUMBIS.
    Sr. Darcy e Elizabeth Bennet terão que lutar contra  seu orgulho ,preconceito e agora  ZUMBIS para ficarem juntos.



Impressões sobre Assassins Creed: Unity

Olá meus padawans, como estão indo nesse mês? Todos preparados e tão ansiosos quanto eu para Capitão América: Guerra Civil? Já estou com os meus ingressos comprados e estou ansiosa para este lindo filme, contudo hoje não viemos falar de Capitão América (mas esperem porque haverá um post sobre o filme aqui no Sete Doses), mas sim, de Assassin's Creed: Unity e não eu não estou falando do jogo e sim do livro escrito por Oliver Bowden, só que: Ana, porque você vai falar sobre um livro de jogo de video game??

Primeiro, porque a franquia de Assassin's Creed é uma das mais bem faladas franquias de video games da Ubisoft e eles conseguiram misturar uma história paralela e fictícia com fatos históricos reais e isso é impressionante, apenas pela ideia. Segundo. eu sou estudante de História e o pano de fundo de Unity é a Revolução Francesa e eu simplesmente AMO a Revolução Francesa. É sério. Eu acho (desculpem as palavras), mas eu acho FODA PRA CARALHO. E terceiro: eu já queria, há um tempo, escrever um pouco sobre livros baseados em jogos de video game e que ótima maneira para começar que falar sobre Assassin's Creed?
                                         
Só para lembrar vocês que nunca seque ouviram falar de Assassin's Creed (em que mundo essas pessoas devem estar, porque na Terra com certeza não estão!) ou para os mais viciados e que devem estar se perguntando o porque DIABOS eu estou começando por Unity é simples: eu ia ler na ordem cronológica certa, mas quando eu comprei o livro só tinha esse e era o último na prateleira e o moço que tava no caixa quase me deu uma surra ou tentou me subornar porque ele também queria o livro e eu no final consegui e ele não. (Cara da Americanas que ficou triste porque eu comprei o último livro, se quiser eu empresto *--* mentira vou não, livro é sagrado!). Entretanto a ordem correta e cronológica dos livros (e possivelmente dos jogos, eu só joguei os três primeiros e eu fico confusa com tanto jogo, então foi mal) são:

Renascença
Irmandade
A Cruzada Secreta
Revelações
Renegado
Bandeira Negra
Unity 
Syndicate(esse já é o jogo)

A história de Assassin's Creed gira em torno de Arno Dorian e Élise de la Serre, jovens que escondem vários segredos e quando o pai de Élise e protetor de Arno morre, uma batalha entre Templários e Assassinos, travada em muitos anos, desenvolve-se enquanto Paris queima com as chamas da Revolução Francesa.

Isso foi apenas uma pequena sinopse sobre o livro, o interessante é notar que em Unity, a história é contada pelo ponto de vista de Élise de la Serre, filha do Grão Mestre Templário e com o destino certo e traçado como a sua sucessora. Contudo, vemos na estrutura do livro que a história, contada por Élise, na verdade está sendo lido por Arno Dorian, protegido da família De la Serre e filho de um Assassino, tornando-se anos depois um Assassino. Eu sei, tá confuso? Vou tentar desconfundir: a história do livro são relatos extraídos dos diários de Élise e que estão sendo lidos por Arno, em determinados momentos do livro, vemos que há uma mudança de ponto de vista, previamente avisado ao leitor, determinando o momento em que é Arno e o momento em que é Élise contando a história.

É interessante perceber o desenvolvimento de Élise, desde o início, quando criança na descoberta do segredo da família até a fase adulta e seu objetivo em vingar-se do homem que mandou matar o seu pai. Embora no início eu tenho gostado da Élise e muito, por sinal, no meio do livro em diante eu fiquei com um sentimento de amor e ódio por ela, e agora, com o livro lido, eu ainda não me decidi se eu amo-a ou odeio-a. Simplesmente por Élise ser uma personagem complexa demais para rotulá-la entre o amor e o ódio. Você percebe o crescimento e o amadurecimento dela, mas ao mesmo tempo, você tenta compreender as suas atitudes e as decisões, um tanto quanto impensadas que ela toma.

Enquanto Arno Dorian, não vemos muitos sobre a sua personalidade e seu crescimento, justamente porque a história é centrada em Élise e não nele. E eu admito, gostei muito disso, mas senti falta de mais informações acerca dele, pois, conseguimos ver através dos capítulos a relação que ele e Élise estabelecem: uma amizade pura transformando-se em um amor intenso, mesmo ela sendo uma Templária e ele, um Assassino, inimigos jurados.

Como eu ainda não li os outros livros, não consigo montar uma linha cronológica ou até mesmo uma linha histórica mental sobre o Unity em relação aos outros livros e principalmente sobre essa luta entre Templários e Assassinos, eu já joguei uns 3 jogos, como eu disse acima, entretanto os livros são complementos dos jogos, são histórias baseadas nos jogos, não necessariamente o que é o jogo. E para aqueles que querem entrar nesse mundo é bom entender muito bem isso: não é só porque você vai ler os livros que entenderá todos os jogos. E vice-versa. 
Enfim, o livro reúne tudo o que a franquia dos jogos já mostrou: batalhas e lutas intensas e uma relação íntima com a história real que é colocada como pano de fundo. Eu devo dizer que Assassins' Creed em termos de história é um dos melhores que até o momento eu já li. E não estou comparando-o com os jogos ou com os outros livros da franquia, mas sim, com outros livros que misturam uma história fictícia com uma histórial factual e isso, Oliver Bowden fez muitíssimo bem. A leitura é feita de maneira rápida, embora em alguns momentos, fique um pouco pesada, entretanto, é um ótimo livro e eu espero conseguir ler todos os outros livros e jogar os outros jogos logo. LOGO MESMO.

E isso é tudo gente, obrigado por terem lido até aqui e até o próximo sábado, até mais e...

QUE A FORÇA ESTEJA COM VOCÊS.
e VIVÉ LÁ REVOLUCIÓN!

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Resenha de "A hora da estrela"

Acho que a postagem de hoje é mais reflexão que uma resenha, ou um misto disso. Mas enfim, vim falar de "A hora da estrela", de Clarice Lispector, de 1977.
O livro é narrado por um amante ao seu modo, que avisa que o livro é "pobre" de conteúdo, mas precisava existir, senão corroeria o narrador/autor Rodrigo S. M. Rodrigo é único que assume amar sua personagem, a alagoana Macabéa, porque ela é uma pessoa que só existe, não acrescenta nada ao mundo, não é expressiva. E ele vai contar o cotidiano é a vida dessa nordestina.
Macabéa é uma datilógrafa sem instrução e sem ambição e está à beira de perder o emprego. Não encontra muitos prazeres além de ouvir a estação rádio-relógio e comer romeu e julieta. Ou seja, ela é o típico personagem sem sal. E aí que está a genialidade da coisa.
Clarice Lispector conseguiu nesse livro exaltar a grandiosidade de uma pessoa que não teria nada de grandiosa. Uma ótima forma de dizer que qualquer um pode ser importante e insignificante ao mesmo tempo.
Dificilmente você é notado e lembrado ao andar pelas lotadas avenidas do Centro do Rio de Janeiro ou pegar o metrô ou qualquer outro transporte público. Ou, se alguém é notado, é rapidamente esquecido.
Não temos uma história brilhante contada de um jeito brilhante. "A hora da estrela", na minha concepção, é muito mais reflexivo que impressionante, e talvez seja isso que torna Clarice LIspector um ícone da literatura brasileira.
Eu achei "A hora da estrela" um livro muito bom pela sua objetividade e crueza em retratar o que qualquer escritor, inclusive eu, tentaria florear e tornar bonito. Na verdade, as 87 páginas foram necessárias para relatar, como eu já disse, a grandiosidade de cada um.
Agroa preciso ler mais Clarice. Se fizerem o favor de dizerem qual devo comprar, vou agradecer, afinal, clássico tem algum motivo para ser clássico.
Até segunda!

sábado, 2 de abril de 2016

TENTE TUDO E NÃO DESISTA: Impressões sobre Zootopia

Fala ai, meus pequenos padawans, como estão? Desculpem por tê-los deixados órfãos esse último fim de semana, mas eu prometo que não irá mais acontecer. (BEM, VOU TENTAR!)

Maaas, vamos falar do que até antes de Batman vs. Superman, muitos estavam falando: Zootopia, o novo filme da Disney e Pixar (eu nunca sei se são juntas ou separadas, whatever,) O que dizer dessa animação que eu vi e sai do cinema cantando Try Everything da Shakira? Simplesmente maravilhosa e original, o filme consegue captar questões que estão no nosso cotidiano de uma maneira simples e linda. Para começar precisamos falar sobre a cidade: ZOOTOPIA, que como o nome faz referência a uma palavra muito usada que é a utopia, pois a cidade seria a união de todas as espécies de animais vivendo e convivendo pacificamente, onde lá, qualquer animal pode ser o que quiser. 




A história gira em torna da Judy Hopps, uma coelhinha muito linda e fof...(.opa peraí, não podemos falar a palavra fofa, por se tratar de um esteriótipo para os coelhos) que sonha em ser uma policial e batalha muito para conseguir ser a primeira policial coelha de Zootopia e você na hora consegue se identificar com ela, pois, todos nós queremos ser alguém quando crianças e muitos batalham muito para conseguir ser o que querem e é isso que a Judy mostra: a sua perseverança em conquistar o seu sonho, não se importando com o fato da família e ninguém apoiá-la. Enquanto isso, também somos apresentados no filme a Nick Wilde, uma raposa bem trapaceira, que se utiliza de pequenos golpes para se dar bem na vida, mas você pensa: ele sempre quis ser isso? Significa que ele é "mal"? Não, gente, vocês vão compreender que, em Zootopia, o que é trabalhado é algo muito mais denso e profundo, mas, como esses dois personagens são colocados juntos?

Como os trailers mostram, uma onda de desaparecimentos estão ocorrendo na cidade e desde o ínicio a Judy foi menosprezada dentro da polícia por ser uma coelha e em um determinado momento ela consegue uma chance de mostrar que pode ser capaz e a testemunha principal é quem: Nick Wilde, a raposa e bem, os dois juntos vão tentar desvendar quem está por trás desses desaparecimentos. Contudo, o interessante do filme não é apenas a maneira como a trama é desenvolvida, as piadas que são contadas e os momentos tristes. O interessante nesse filme é ver como eles trataram um assunto tão complicado de ser tratado atualmente, da maneira mais linda e simples possível.

Se lembram que, lá em cima, quando eu comecei a descrever a Judy eu cortei a palavra FOFA e disse que se tratava de um esteriótipo? Então, vendo o filme, você percebe que muitos ali agem de maneira preconceituosa em Zootopia. Ué, achou que não haveria preconceito em uma cidade utópica? Pois existe e é isso que o filme mostra, de maneira delicada e simples, o filme mostra como em uma sociedade utópica, um assunto como preconceito, disfarçado de "apelidos esteriotipados" é desenvolvido, pois, eu acredito que a maior lição do filme, não é tentar sempre e nunca desistir, mas sim que: todos nós, em algum momento de nossas vidas temos preconceito e sofremos preconceito, mas que, devemos olhar para QUEM  as pessoas são e não pela sua aparência ou pelo grupo que ela participa. E conseguimos ver isso no filme, principalmente no desenvolver da amizade entre o Nick e a Judy e, principalmente, na história do Nick. 

É interessante que, muitos atualmente dizem que não tem preconceito por absolutamente nada e nem ninguém, entretanto, em algum momento do dia pratica a discriminação e o preconceito: desde um apelido baseado em esteriótipos até ofensas ditas na internet ou pessoalmente. Todos nós já passamos por algum tipo de discriminação e também já fizemos algum tipo de discriminação contra algo ou alguém. Devemos ser honestos quanto a isso e até eu me incluo nisso, contudo, o que a nossa sociedade atualmente precisa e isso o filme mostra MUITÍSSIMO bem é que devemos abraçar as diferenças, devemos entender que não somos iguais e que isso é bom e não ruim. O filme pode até ser uma animação, mas ensina as crianças dessa geração como devem ver a nossa sociedade e como elas devem respeitar os outros e também, ENSINA aos adultos que estavam presente nas salas de cinema e não foram poucos que, devemos RESPEITAR e ENSINAR as crianças sobre as diferenças.

O filme é uma verdadeira aula sobre o preconceito e para terminar, as cenas que envolvem as preguiças são as MELHORES. A minha sessão INTEIRA riu muito e a cena final é simplesmente hilária, vocês vão adorar. Eu hiper recomendo esse filme para ser assistido a qualquer momento do dia, porque eu garanto que não será em vão. E isso é tudo pessoal, espero que tenham gostado e até o próximo sábado.

 E QUE A FORÇA ESTEJA COM VOCÊS!

sexta-feira, 1 de abril de 2016

¨Sofrências¨ e alegrias: # AculpaÉdaBIENAL

   Opa, galerinha do bem! Nova blogueira no ar!
   Quem sou eu? Sinceramente, nem eu sei ( kkk)
   Sobre o que escreverei? Crônicas, resenhas (de livros e mangas), séries, filmes , enfim, o que  minha querida  mente fértil produzir!

  Não adianta negar,assim que você coloca os pés para fora da Bienal,já começa a contar os segundos para a próxima.Se iniciam dois longos anos de tormento.
  Daí,sofremos no ano  seguinte ao saber que a Bienal ocorre em outro estado MAS você não pode ir, como é masoquista stalkeia alguém que vai só para sentir o gostinho dos livros.

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#FINALMENTE em Nárnia
Eis que chega o grande momento, a entrada na Bienal!!!!





>> Fatos:
-O ar muda ( só eu que bebo?kk);
-O tempo é escasso,você nunca conseguirá ir em todos os pavilhões no mesmo dia;
- Sua lista de livros :


>>Rituais *nada* anormais:
-Ir com os amigos de sempre;
-Pegar o maior numero de marcadores possíveis;
-Começar a correria atras dos estandes;
- Perder os amigos no meio da correria;
-Cheirar livros(dorgas não larguei).


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#Amor à primeira capa:
 E quando você acha que completou a sua lista, surge O livro...
Vem então a difícil decisão:  gastar o dinheiro que te resta com o almoço ou com o  livro?





Dedicados a todos os viciados leitores anônimos!!!!!