quarta-feira, 29 de julho de 2015

5 dicas para sobreviver a lei do preço fixo dos livros

Olá moçes,
Como vão vocês? Bem como vocês sabem vamos ter uma lei que institui o preço fixo dos livros, limitando os descontos durante um ano após o lançamento. Bem, não é todo mundo que vai ter 40 reais para comprar um livro, quem dirá 80 ou 120 para comprar dois ou três. E por mais que essa lei possa dar uma ajudinha nas pequenas livrarias, sabemos que é mais uma relação de imposto do que de ajuda. Por tanto aqui vão as cinco dicas:


Dica número 1: Sebos

Os sebos são uma das maiores invenções da humanidade, para quem não conhece são lugares onde você pode comprar livros usados. E não fique pensando que só porque o livro é usado que ele é amassado, mofado e detonado de alguma maneira. Existem vários livros em estado tão bom quanto os das livrarias e o melhor é que são mais baratos, além de que você pode ter acesso a outras edições que podem estar fora de mercado de um livro ou de uma série.

A parte chata é que não é toda a cidade que tem sebos físicos, porém a internet está ai para ajudar. Existem alguns sebos online como o Estante Virtual, porém você não tem a garantia de que o livro vai chegar num estado tão bom até você. Pode estar escrito “usado” ou e o livro chegar todo rasgado, numa pesquisa, eu vi que tinha mais gente satisfeita do que insatisfeita com os produtos então já é um bom sinal.

Dica número 2: Grupos ou Páginas de Troca/Venda

Existem vários grupos no facebook e no skoob que trocam ou vendem livros. Inclusive o Skoob tem um serviço para trocas. Além de você conseguir ter um livro de forma mais barata, você ainda pode conhecer gente nova. Eu vou deixar aqui alguns links:

Grupo - Venda e Compra da livros  (Skoob) 
Grupo - Sebo Online (Facebook)
Página - Troca, Compra e Venda de Livros (Facebook)




Na imagem tá a ferramenta de trocar livros  sublinhada de vermelho.



Dica número 3: Bibliotecas

As bibliotecas salvam vidas, falo por experiência própria. Você pode dar uma conferida se tem alguma biblioteca pública na sua cidade, neste link. As bibliotecas públicas são boas porque são gratuitas a parte ruim é que elas podem estar uma situação decadente ou não ter um acervo muito bom. Existem algumas bibliotecas, em alguns cursos de línguas, com um acervo excelente e em outros idiomas, a parte chata é a taxa, que podem ser de dois reais ou a sessenta em alguns casos.



Dica número 4: Domínio público

O site domínio público oferece algumas obras literárias gratuitas disponíveis em pdf. São muitas? Nem tanto assim, tem mais clássicos ou estudo sobre as obras do que livros mais atuais. Porém, outros países tem serviços de domínio público que tem um acervo mais amplo e vale apena dar uma conferida. Nesse link tem uma lista dos que viraram domínio público esse ano.



Dica 5: Banque Liesel Meminguer(zoeira):


A protagonista de A Menina que Roubava Livros( um dos meus livros favoritos) pode te ajudar muito nessas épocas difíceis para leitura. Simples: Para que comprar se você pode roubar? Na neve, num incêndio enfim existem várias opções. 

"Quando a vida te roubar, as vezes você tem que roubar de volta"
Liesel ~Gangsta~ ~Rainha do Crime~








segunda-feira, 27 de julho de 2015

Resenha de "Resident Evil - A Conspiração Umbrella"

Posso dizer que esse foi o meu primeiro livro de terror.


Eu já tinha lido "O Espantalho", de Edgar J. Hyde, da coleção "Hora do Espanto", mas não vou contar como experiência. Nessa segunda-feira, vim falar de "Resident Evil - A Conspiração Umbrella", de S. D. Perry, q eu além de ser o primeiro da séria de livros, corresponde ao primeiro jogo da franquia de games que eu não joguei.
Como eu disse, esse livro fala do primeiro jogo lançado para PlayStation 1, então quem jogou  sabe mais ou menos a história. A história se passa em Raccoon City, onde tem ocorrido ataques, aparentemente, canibais sem explicações.
O Departamento de Polícia de Raccoon, sem descobrir solução para o problema, convoca o Serviço Especial de Táticas e Resgate (S. T. A. R. S. - Special Tatics and Rescue Service) para salvar a cidade. Quando a equipe Bravo se encontra em apuros, o S. T. A. R. S.  envia a equipe Alpha com Chris Redfield, Jill Valentine, Albert Wesker e Barry Burton.
Por causa de um ataque de cachorros geneticamente modificados, o grupo se vê obrigado a entrar na misteriosa mansão do Spencer. Mas eles não sabiam que cachorros assassinos era só o começo.
De bate-e-pronto, eu gostei bastante da Jill Valentine. Inteligente e safa em meio a tanta tensão e tragédia.
O livro me conquistou não só pelo terror de você ficar olhando de um lado para o outro dentro de casa ou de levar susto sempre que alguém abre a porta. Nesse livro, você consegue criar empatia com os personagens aprisionados e tem uma coletânea de charadas para ser solucionada.
O livro tem muitos cortes nos ápices de ação. Isso me entusiasmou no início, mas começou a me irritar quando passei da metade, porque, quando voltava para o ponto de vista da pessoa que antes estava em conflito, já estava tudo resolvido e nada era esclarecido.
Acho que esse livro é para fã, mas pessoas, como eu, podem ler sem problemas apesar desses empecilhos. A narrativa é boa, leve e tensa como deveria. Não achem que as balas são infinitas, elas não são.
Sobre o trabalho da editora, a Benvirá fez um bom trabalho, as letras são grandes, tem um espaço bom entre as linhas então vá sem esse medo. Esse livro foi publicado tanto pela Benvirá como pela NewPOP. Eu prefiro a capa da NewPOP, mas eu vi em sites dizendo que o trabalho não tão bom quanto a da Benvirá e disseram que uns errinhos na edição da NewPOP.
S. D. Perry surpreende o leitor, descreve o cenário e monstros com desenvoltura. Então, ela merece muitos bônus.
Enquanto eu escrevia essa resenha, eu percebi que vai ser necessário ler o segundo livro, apesar de achar que eles são independentes. Algumas pontas ficaram soltas e espero que se amarre bem.
Espero que tenham gostado da resenha. Até segunda-feira

quarta-feira, 22 de julho de 2015

O live-action de Mulan, o eurocentrismo e o modernismo

Quem não conhece Mulan? A heroína das animações que te inspirou a fantasias onde você cortava a cabeleira e fugia de casa para salvar a China? Com certeza quem é fã, como eu, ficou muito feliz com a notícia de um live-action(principalmente porque a disney tá arrasando, Cinderella foi maravilhoso). Tudo estava ótimo, até escalarem o elenco: Scarlett Johansson como Mulan.
Nada contra o trabalho da Scarlett, acho ela uma ótima uma ótima atriz. Porém Mulan foi baseado numa lenda chinesa, de uma heroína chamada Hua Mulan. Logo seria mais lógico que a atriz que interpretasse a protagonista, fosse chinesa ou, pelo mesmo, de etnia oriental.
Como seria mais lógico que a Princesa Tigrinha, da adaptação de Peter Pan desse ano, fosse interpretada por uma atriz de etnia indígena-americana e não por uma atriz ruiva dos olhos verdes.
E estes são apenas dois exemplos de algo bem maior: O eurocentrismo na nossa cultura.

A herança histórica do Ocidente


Como você sabe, a América teve grande influencia dos europeus e africanos, que ajudaram a formar a nossa cultura. Mas como os europeus eram os rycos que dominavam, a cultura deles se estabeleceu como “a certa” enquanto a africana foi marginalizada.
E isso se perpetuou ao longo dos séculos, os europeus ditavam a moda(não só no jeito de se vestir) mas no jeito de escrever, de pintar, de atuar e de agir. A Europa dessa forma foi o nosso maior referencial. Para você ser phyno você tinha que imitar eles. Até hoje nós temos essa crença( e olha que a maioria das vezes nem percebemos) se a gente for pesquisar por exemplos de cultura valor: majoritariamente europeu.
Claro, com a globalização os E.U.A ganharam bastante importância no cenário mundial, a literatura por exemplo. Mas eu sinto como se todo esse poderio, fosse uma herança europeia.

EUROPA: O CENTRO


E isso que ainda nem saímos da questão da literatura ou dos filmes, se formos considerar em outras áreas, a geografia que o diga: quantos mapas você vê em que a América do Sul está destacada? Quase nenhum, e quando vemos estranhamos, porque já estamos acostumados com a Europa ficar lá ocupando a posição principal.
E a história? Grande parte da nossa linha do tempo é baseada em acontecimentos que ocorreram na Europa, a Idade Média, por exemplo foi um período da história europeia que entra para os nossos livros de história. Até mesmo a nossa linha do tempo é influenciada pela europa, quando a generalizando sem entrar em cada pedacinho. Inserimos um contexto histórico que só existia lá!

E afinal de contas, isso é ruim?


Ruim? É péssimo. Não estou dizendo que a produção europeia seja ruim, não eu gosto muito dos filmes/livros/séries. Porém não podemos deixar de dar valor as outras tradições ( eu por exemplo comecei a me dar conta disso a pouco tempo, a querer entender mais sobre o meu país e sobre outros povos que participaram muito do Brasil, como todos os africanos).
E temos que dar valor a todas as etnias, a todas as culturas, melhor dizendo. Ter uma boa representativade para elimar preconceitos como “ai, corano, japonês e chinês é tudo igual” ou mostrar a cultura indigena, que ainda é pouco discutida nas salas de aula ou até em temas de livros ou filmes. A representativade desse pessoal já é pouca se comparada a outras, e agora vamos tirar ainda mais?

E a indicação literária, que até agora não apareceu…


E por isso eu gostaria de indicar nao só um livro mas e todo o modernismo brasileiro( e eu não li muitos livros modernistas). Esse movimento, de uma forma geral, foi quando o pessoal das artes quis se livrar dos padrões impostos(padrão europeu) e colocar novas ideias, novas formas de expressão.
O modernismo é divido em três gerações e tem nomes como Pagu, Clarice Lispector, Mario Quintana etc… O meu livro favorito, por enquanto( já que eu ainda estou me adentrando nesse universo modernista) é a hora da estrela da Clarice Lispector.
O livro fala sobre uma moça chamada Macabea, uma nordestina que se muda para o Rio em busca de melhores oportunidades de vida. E isso falando superficialmente, porque o livro é um mar muito profundo que vai questionar com exemplos simples a existencia da vida, o que significa exisitr, viver. Enfim é um livro curto, porém pesado no sentido das discussões tem hora que você se sente um idiota, ao ver que uma pessoa conseguiu ter toda aquela discussão ou começa a se preocupar com a maneira que você está vivendo.

Técnicas para comprar livros pela internet com o melhor preço




Oi, aqui é a Mar e hoje eu venho mostrar a vocês as minhas técnicas para comprar livros com preço em conta  pela internet. 

O primeiro passo é você abrir no mínimo dois sites que você costuma comprar, coloque  os  livros que você quer no carrinho ( faça isso nos dois sites) por ultimo calcule o frete. 

Mesmo se o total dos livros (sem o frete) for mais ''barato'' em um site, não significa que o preço final (com o frete) compense, deu pra entender?. Muitas vezes o frete está tão alto que o preço ''baixo'' dos livros não compensa na hora de finalizar a compra. 

Eu  compro atualmente em dois sites (até o momento) Eu sei que tem outros que vendem ainda mais baratos e com frete grátis, só que ás vezes o frete grátis não vale a dor de cabeça. Pesquise sobre o site e a TRANSPORTADORA que vai fazer a entrega dos seus livros, isso é muito importante! Um Bom site + Boa transportadora= Leitor feliz :) 

Digo isso porque eu vivi duas situações com entrega de livros, uma eu fui muito bem atendida tanto pela transportadora quanto pelo site. Antes. Durante e depois do ocorrido. 

Já em outra situação demorou mais de um mês, é fui obrigada a pedir o estorno, isso depois de muita conversa.  

Outra diga importante é ir da uma olhadinha no site todos os dias, assim você não perde nenhuma promoção. Se você quer muito tal livro entre no site duas vezes ao dia, os preços variam muitoooo...Muitas vezes um livro que custa 20 reais pode está por 10 ou até menos ( Eu já comprei um livro que custa normalmente 60 reais por 2 reais e pouco) É não, não era black friday


Sobre comprar coleções e séries ás vezes sai mas barato compra-los separados. Exemplo você vai comprar a trilogia X que custa 60 reais + 15 reais de frete= 75 a coleção inteira , separados cada um custa 15 reais que é igual a 45 reais + 15 reais de frete = 60. Já em outras vezes não! como hoje que livros de 18 reais estão custando 28 é o frete está por 20 reais, não é um bom dia para comprar nenhum livro. 

Os sites que vendem livros parece mulher na TPM variam a todo momento. Outra dica é comprar de madrugada normalmente eles ficam mais baratos. 

Fiz esse post no corre então desculpa qualquer coisa
Até semana que vem.

XOXO




segunda-feira, 20 de julho de 2015

"Como diria Vygotsky..." - Entrevista com César Sinicio (Cabine Literária)

Ele disse que seu hábito estranho enquanto lê é comer pipoca e não encontrar posição para ler mas eu realmente acho isso supernormal, porque eu sou desses também. Se compara com Violet Baudelaire, de "Desventuras em Série", de Lemony Snicket, porque gosta de solucionar os problemas, mas que adoraria ser um Klaus - leitor voraz -, porém se considera um pouco vadio. O livro que ele acredita que tenha mudado a vida dele é "A Quintessência Sagrada", da autora Starhawk, mas não tira da lista de preferidos os contos de Murilo Rubião e de Julio Cortazo. Sim, amigos, eu estou falando simpático César Sinicio, que conversou comigo nessa semana.
Além de ser da equipe do Cabine Literária, César é professor de inglês. Segundo ele mesmo, o contato de um professor com os livros e o universo pop, em si, ajuda a estabelecer uma relação com seus alunos. Desse modo, os alunos serão atingidos da forma que eles querem ser.
Para saber mais sobre o que ele falou comigo, continue lendo.

Entrevista com César Sinicio:

Na TV brasileira, vivemos submersos em estereótipos. Você acredita que os livros que lemos nos afastam deles?
César - Se os livros nos livram dos estereótipos, eu não sei, mas o referencial dos livros pode nos ajudar a criar outros espaços de conhecer o mundo. Nesse sentido, viver a leitura é viver outras vidas e viver outras vidas é aumentar as tuas chances de ver que o mundo não é uma coisa única.

Personagens femininas estão ganhando o espaço necessário?
César - Uma pergunta difícil de responder. É como personagens homossexuais, às vezes tem um homossexual e mais "15 casais" héteros, mas ele chama atenção. Da mesma forma como as protagonistas femininas não eram comuns e agora tem algumas; eu não sei se tem muitas ou se isso é uma impressão causada por ser algo inusitado. De qualquer forma existe sim um movimento de crescimento das personagens femininas. E eu acho que isso na literatura e em outras mídias, como no cinema, e essencialmente para as crianças,  é muito importante. Existem personagens femininas muito poderosas, elas são fáceis de se identificar, como em "Avatar - A Lenda de Korra" e até no próprio "Avatar" do Aang;

Você gravou um vídeo sobre a importância da violência de faz-de-conta para uma criança. Por que as pessoas acreditam nessa lenda de que a violência nas mídias influencia o comportamento de um jovem?
César - Eu tenho a sensação, com relação a essa fantasia "do que causa a violência?", de que as pessoas querem respostas fáceis. E, no fundo, há uma resposta fácil. Há alguns dias, eu vi no ônibus o pai e a mãe discutindo sobre um estupro que eles viram na reportagem tranquilamente na frente da criança. E essas coisas reais são assustadoras. A questão é: na verdade, o ser humano é animal e animal é violento! Só que é muito mais fácil pegar um filme de ação e dizer que ele é o culpado por isso, porque ali está tudo exacerbado, tem efeitos especiais, o sangue espirra... do que admitir duas coisas. Nº 1: somos bichos, somos animais e somos violentos. Toda vez que alguém invade o espaço que a gente considera nosso, nós nos tornamos violentos controladamente ou não. E o nº2: a violência do mundo real é difícil explicar e gera violência. Quando você se sente violado você quer revidar e ela (a violência) é muito intensa. Daí você o Datena e fica assustado. Mas na fantasia a gente brinca de tentar entender como é que a gente se torna herói, supera obstáculos e enfrenta desafios... pode sair sangue e tudo mais... mas é, na verdade, uma outra narrativa.


Você gosta de HQs? Você acha que as HQs são próximas da literatura ou é algo bem afastado, um outro tipo de arte?
César -  Histórias em quadrinhos, assim como a literatura, são uma forma de narrativa. Nesse sentido, elas são irmãs. Mas as estratégias são bastante diferentes. Existem as graphic novels que são um romance em quadrinhos. Isso prova que existe uma irmandade. Apesar de ter suas peculiaridades. Tem gente que só gosta de uma coisa, tem gente que gosta dos dois. Eu gosto dos dois de formas diferentes. Eu comecei lendo [A Turma da] Mônica, aí achava pouca coisa. Então comecei da ler os quadrinhos da Disney, Tio Patinhas, e depois fui para os heróis.

Eu estava vendo vídeos do Cabine e eu vi que você publicou um conto e, em um vídeo mais recente, você discute se os contos são realmente menores que os romances. Queria perguntar se o conto te ajudou a entrar no universo literário.
César - Por incrível que pareça, se a gente não contar os contos infantis, eu entrei no universo literário através de romances mesmo. Mais eu tenho a sensação de que o conto é subestimado e subaproveitado e que as pessoas não levam em consideração o poder que o conto tem. Mas se a gente for considerar os contos infantis... No fundo, a gente tem que contar. Minha introdução literária foi assim. Na verdade, nem foram os meus pais que leram para mim. Eu tinha uma coleção de disquinhos que eu colocava para tocar enquanto eu lia, e tocava musiquinha...

No ramo da fantasia, você acredita que algo mais possa ser criado? Ou Tolkien, Lewis e Martin, por exemplo, criaram algo ímpar difícil de ser inovado?
César - Eu não acho que a fantasia do Tolkien e do Lewis seja the ultimate fantasy e que nunca vai conseguir ser superado. Mas eles conseguiram estabelecer uma mitologia que mesmo outras pessoas continuam seguindo como os jogos de RPG e games. Todas essas outras mídias se utilizam contando que todo mundo vai entender o que é elfo, o que é dragão. Os caras fizeram escola! Isso não significa que tudo o que tinha que ser escrito já foi; mas criar uma nova mitologia é sempre bastante complicado. Então se torna um desafio para outros escritores. A única coisa que eu acho importante pensar: vale a pena cumprir esse desafio ou usá-los "tá de boas"? Não estou dizendo nem uma coisa nem outra. Tem gente que usa bem, tem gente que usa mal.

Sei que escreve peças. Iria muito além para expressar a sua arte?

César - Não sei se escrevo para expressar minha arte ou porque não tem outro jeito. Não tenho o ímpeto de mostrar quem eu sou através da minha arte; eu escrevi uma peça porque ela queria existir fora de mim. Eu digo para os meus amigos que eu morro de medo de ser o artista de uma obra só, mas, no fundo, reconheço que, se esse for o caso, não faço questão que minha arte apareça, faço questão que coisas boas apareçam. Em outras mídias, eu gosto de escrever contos, músicas e talvez, um dia, eu consiga escrever um romance. Eu escrevi uma peça e umas músicas que eu queria que saíssem do papel e ganhassem o palco, mas eu descobri, no grupo, pessoas legais e a fim de fazer teatro e de brincar juntos. A gente faz um musical e desafina. Talvez, para alguns grupos, isso seja inconcebível, mas, para mim, a energia que a gente consegue produzir como gente que está a fim de fazer a mesma coisa junto é mais importante que a precisão técnica. O que faz com que, no nosso grupo, a gente tenha muito menos preocupação com o certo e o errado.

O universo booktuber está crescendo?
César - Eu acredito que tem mais gente fazendo canal sobre livro e acho que isso muito bacana. Ao mesmo tempo, a pessoa tem um sonho de ter um canal famoso e não sei se esse é o caminho.
Eu tenho a sensação de que se, por um lado é bacana ver uma pessoa falando de livro sem ser considerado um bicho estranho, e, sim, legal, por outro lado, isso não significa que a pessoa necessariamente vai virar uma celebridade. E será que a pessoa tem que virar celebridade? Qual o seu objetivo: falar sobre livros ou querer virar uma celebridade? É óbvio que todo mundo quer ser visto e quanto mais gente te vê maior o alcance da sua mensagem. O que eu quero dizer é apenas que tomar um pouco de cuidado com o objetivo (conversar com os amigos? descobrir mais gente que curte livros? aumentar o alcance da mensagem dos livros?) Mas, se o seu objetivo é virar celebridade, não é um problema. O universo booktuber está crescendo e acho que a gente tem continuar investindo em gente que gosta de ler livro e gosta de falar de livro. Então vale a pena pensar no que é crucial para você.

Escolher o curso para a faculdade é um desafio. Você mesmo saiu de Psicologia e foi para Letras. Você tem um dica para quem quer encontrar a sua vocação?
César - Eu tenho uma série de restrições com Steve Jobs, mas tem uma coisa que ele fala sobre profissão. Ele fala que achar a profissão é como estar apaixonado. Então tem coisas que você gosta de fazer. Mas a ressalva a fazer é deixar claro que tem coisas que você vai ter que fazer para ganhar dinheiro que não é exatamente o que você ama de paixão. É contraditório, mas o nosso sistema é contraditório, e esse é problema. Às vezes é melhor você fazer uma coisa simples e ganhar dinheiro. Na verdade, eu não dei dica nenhuma (risos). O que eu queria dizer é que você tem que tentar equilibrar o que você gosta de fazer e a necessidade que a gente tem de viver na sociedade que a gente vive, não dá para ignorar isso, alguém tem que pagar as contas.

A última pergunta e mais importante: Você vem para a Bienal do Rio?
César - O Cabine Literária deve estar na Bienal do Rio, provavelmente no último final de semana. Alguns de nós vão. Aguardem!


Espero que tenham gostado da entrevista, porque eu e o César Sinicio gostamos. Eu estava muito nervoso, mas foi muito legal a entrevista. Se quiserem ver o César toda semana, ele posta os vídeos dele no canal Cabine Literária às sextas-feiras. E para ter mais de mim, eu sempre posto aqui na segunda-feira.
Até segunda!

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Xeque mate e o racismo

Olá moças e moços,
Como vocês devem saber o racismo é um dos maiores problemas do Brasil. Há pouco tempo a apresentadora do tempo, Maju, foi vítima de racismo, desta vez o pessoal que ganhou o superstar, a dupla Lucas e Orelha, foram os escolhidos. Esses foram só alguns casos, não foram os primeiros e com certeza não serão os últimos.
Porque não falar sobre 12 anos de Escravidão do Solomon Northup, um moço negro livre que foi sequestrado e passou uma dúzia de anos escravizado numa plantação de algodão e foi mantendo suas experiências num relato assustador e que vai te assombrar pela maneira como tratavam as pessoas, e pensar que Solomon foi um entre milhares e milhares de pessoas, não só nos Estados Unidos como no Brasil e outros países que viviam neste sistema colonial escravagista.
E olhe, estamos olhando para um passado que de certa forma é distante, mas se observamos um cenário mais recente como em A Resposta da Katheryn Stockett.  O livro se passa nos Estados Unidos na década 60 e também é uma história verídica. Nessa a jornalista Katheryn Stockett começa a entrevistar as empregadas domésticas negras de sua cidade, para mostrar o outro lado da moeda e tudo que elas fazem pelas famílias das suas patroas em troca de um baixo salário e muito, mas muito racismo.
[caption id="" align="aligncenter" width="403"]Cena do filme Histórias Cruzadas, a adaptação cinematográfica de A Resposta[/caption]
Ler ambas obras é um grande balde de água-fria, e são livros que te fazem relembrar o que é empatia ao ver como as pessoas eram, e muitas vezes ainda são tratadas.  E é isso que está faltando: empatia, tentar voltar para o Jardim de Infância quando a tia falava “respeite o coleguinha” ou “não faça com os outros o que você não gostaria que fizessem com você”, e refletir quando for fazer um comentário, pensar em como o outro iria receber e eu gostaria de finalizar com a última indicação:
Xeque-Mate da Malorie Blackman, mostra uma sociedade ao contrário da nossa onde os brancos sofrem racismo, e os negros ganham todos os privilégios que a sociedade pode oferecer. Esse, de todos os que eu indiquei é o único fictício, porém é o que mais vai te chocar, e talvez até te convencer a não fazer comentários racistas na sua vida.
[caption id="" align="alignnone" width="850"]Série completa da Malorie Blackman[/caption]
Então moças e moços espero que vocês tenham gostado desse texto e das indicações, que por sinal tem adaptações cinematográficas, as duas primeiras foram as mais bem sucedidas chegando a serem indicadas ou a ganharem oscar e tiveram muita atenção da mídia, por conta do sucesso dos filmes, então é bem fácil encontrar numa livraria com a capa do filme mesmo. Até mais e obrigada pelos peixes.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Sugestões de Filmes



Olá, eu sou Raquel Tavares e vocês estão no 7 Doses. Não tem coisa melhor que ver um bom filme nesse frio. Então eu separei alguns que eu assistir nesses últimos tempos e gostei, Não fiz nenhum comentário pessoal nos filmes para vocês terem a mesma reação que eu ao assistir. São todos bons (na minha opinião) e diferentes cada um á sua maneira. 





Suite Française - Durante a Segunda Guerra Mundial, na França, Lucile Angellier (Michelle Williams) passa os dias junto de sua sogra esperando pelo retorno do marido, um prisioneiro de guerra. Enquanto alguns combatentes franceses retornam para a casa, o pequeno vilarejo onde Lucile mora começa a ser invadido por soldados alemães, incluindo o refinado Bruno von Falk (Matthias Schoenaearts). Apesar de resistir aos flertes do soldado, Lucile acaba cedendo e inicia uma relação amorosa com ele. 




 Candy- Candy (Abbie Cornish) é uma jovem e talentosa pintora, enquanto que Dan (Heath Ledger) é um promissor poeta. Eles se apaixonam assim que se conhecem, divindo também a dependência por heroína. De início Candy e Dan sentem viver no paraíso, mas a falta de dinheiro faz com que eles retornem à realidade. Candy torna-se prostituta, com o consentimento de Dan. Para afirmar sua união eles decidem se casar, mas a dependência das drogas afeta cada vez mais sua felicidade. Até que Candy, cansada de viver no caos, decide se internar em uma clínica de reabilitação e largar de vez as drogas. Só que ela não esperava a reação que sua atitude provocaria em Dan.  




 Mommy- Canadá, 2015. Diane Després (Anne Dorval) é surpreendida com a notícia de que seu filho, Steve (Antoine-Olivier Pilon), foi expulso do reformatório onde vive por ter incendiado a cafeteria local e, com isso, provocado queimaduras de terceiro grau em um garoto. Os dois voltam a morar juntos, mas Diane enfrenta dificuldades devido à hiperatividade de Steve, que muitas vezes o torna agressivo. Os dois apenas conseguem encontrar um certo equilíbrio quando a vizinha Kyla (Suzanne Clément) entra na vida de ambos 




 Rebecca A Mulher Inesquecível- Uma jovem de origem humilde (Joan Fontaine) se casa com um riquíssimo nobre inglês (Laurence Olivier), que ainda vive atormentado por lembranças de sua falecida esposa. Após o casamento e já morando na mansão do marido, ela vai gradativamente descobrindo surpreendentes segredos sobre o passado dele. 




Boyhood- O filme conta a história de um casal de pais divorciados (Ethan Hawke e Patricia Arquette) que tenta criar seu filho Mason (Ellar Coltrane). A narrativa percorre a vida do menino durante um período de doze anos, da infância à juventude, e analisa sua relação com os pais conforme ele vai amadurecendo. 




Se já viram algum deles da um salve aqui. Se tiver um filme bom para indicar deixa aqui nos comentários, como já puderam ver amo um drama  ( porque será? hahaha). 
É isso ai! até semana que vem. 
xoxo 

segunda-feira, 6 de julho de 2015

[TAG] 7 EXAGERADAS Doses de Cazuza

Desde 1985 é ouvida nas rádios do Brasil afora a música "Exagerado", de Agenor de Miranda Araújo Neto, Ezequiel Neves e Leoni. Peraí, Matheus! Quem é esse tal de Agenor de Miranda Araújo Neto?
Se eu falasse Cazuza a comunicação teria sido melhor, né?! Óbvio! Obrigado, de nada!
Enfim, o importante é que essa música fez Cazuza iniciar com pé direito sua carreira solo e deixar essa música para a eternidade. Eu, que sou de 1997, adoro as músicas desse moço. Infelizmente o cantor e compositor nos deixou em 7 de julho de 1990 com 32 anos devido as complicações da AIDS! Então, galera, temos que nos proteger desse tipo de doença que é realmente devastadora.

A tag é a seguinte: nós do blog 7 Doses Literárias escolhemos 7 músicas do brilhante Cazuza e eu nesse post vou relacionar com livros. Espero que a homenagem seja válida e que o Cazuza em qualquer lugar que esteja goste da homenagem.

1 - Ideologia (Cazuza/Roberto Frejat):

Meus heróis 
morreram de overdose
Meus inimigos
estão no poder
Ideologia
Eu quero uma pra viver


Pelo nível trágico da música "Ideologia", só existe uma descrição: Um livro que você goste, mas seja trágico. E eu não pensei duas vezes em escolher o livro da vez: "Morte Súbita", da incrível J.K. Rowling. Com aquele final ele alcança o topo da tragédia da minha estante.


2 - Poema (Cazuza/Roberto Frejat):

Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa para um abraço ou um consolo


Só de ouvir essa música dá vontade de chorar... E exatamente por causa disso eu devo escolher um livro infantil que te emocione. Eu vou indicar a série "The 39 Clues", apesar do nome os livros estão na língua portuguesa sob esse título aí mesmo. Por ser escrito por vários autores cada um dos 10 livros da primeira série tem níveis de comoção diferentes, então tem livro que você vai rir, que você vai ficar comovido, que você vai ficar triste...
Vou fazer um post depois sobre essa série. Aguardem...


3 - Codinome Beija-Flor (Cazuza/Ezequiel Neves/ Reinaldo Arias):

Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre meus inimigos, Beija-Flor


Tinha escolhido outro casal, mas eu tinha percebido que aquilo não era um casal exatamente e então eles vão aparecer em outra pergunta da tag. Eu devo escolher um casal muito complicado e eu tive que escolher Miles e Samantha Mollison, do livro "Morte Súbita". A troca de farpas dos dois é algo interessante e Samantha é uma personagem bem icônica (se você leu, sabe do que estou falando).


4 - Eu preciso dizer que te amo (Dé/Bebel/Cazuza):

E eu nem sei em que horas dizer
Me dá um medo (que medo)

É que eu preciso dizer que te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É que eu preciso dizer que te amo
Tanto


Agora é o casal que eu ia colocar na anterior. A descrição é a seguinte: A melhor relação de friendzone que você já encontrou... Enfim, eu ia escolher Gale e Katniss, mas eu achei muito óbvio e clichê e eu shippava esse casal e eu não costumo shippar.
Vocês que nos acompanham desde da outra plataforma: Eu havia dito que não citaria "Quem é Você, Alasca?" em outra tag, mas eu tive colocar a dupla Miles Halter e Alasca Young. Não suporto nenhum dos dois, mas é uma friendzone que eu ficava lendo e falando: "Alasca, não ilude o menino! Se tu gosta dele, fica com ele de uma vez!"




5 - O Tempo não Pára (Cazuza/Arnaldo Brandão): 

Eu vejo o futuro repetir  o passado
Eu vejo o museu de grandes novidades
O tempo não pára!
Não pára, não! Não pára!


Essa música que considero pacas e está no túmulo do Cazuza nos mandou escolher um livro tão repetitivo que causa revoltas. Eu escolhi "O Jogo do Ripper". Ser repetitivo não significa que seja ruim. "O Jogo de Ripper" é um livro policial que quer justificar o início e te aponta o método de raciocínio que você tem que ter para lê-lo. Para justificar a ideia do serial killer, Isabel Allende conta a rotina dos personagens principais, então tem bastante repetição. Desnecessária ou não? Não importa! Eu recomendo esse livro demais.



6 - Pro dia nascer feliz (Roberto Frejat/Cazuza):

Nadando contra a corrente
Só pra exercitar
Todo músculo sente
Me dê de presente o teu bis
Pro dia nascer feliz


Poderia ter escolhido "O Jogo de Ripper" para esse também, mas eu quis escolher diferente. Para essa música eu tive que escolher um livro que eu, leitor, tive que lutar para ler, mas eu não tinha nada para falar apenas sentir no final e esse livro é "O Chamado do Cuco". Eu tentei ler uma vez e parei no meio, depois eu decidi ler e (meu Deus), seja Robert Galbraith, seja J.K. Rowling, alguém está de parabéns.


7 - Exagerado (Cazuza/Ezequiel Neves/ Leoni):

Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar


Qual é o seu amor da estante? Eu tenho grandes amores nela, mas essa música pediu um livro que você largou tudo e até ficou com fome para ler. E imagina Réveillon. Imagina você e um livro. Imagina você, um livro e Réveillon, pessoas andando de um lado para o outro, rindo, gritando. Aconteceu isso enquanto eu lia "Fúria dos Reis", de George R. R. Martin. Eram as últimas páginas, não ia largá-lo nem por reza braba!


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