segunda-feira, 21 de março de 2016

Resenha de "O Demonologista"

 Ai meu deus, Dark Side!

Comprei esse livro na Black Friday passado junto com meu box de "The Lord of The Rings", de J. R. R. Tolkien, e estava empolgadíssimo. Aí eu li.
"O Demonologista", de Andrew Pyper, conta a história do Professor David Ullman, acadêmico de inglês especializado em John Milton, poeta  inglês cuja obra-prima é "Paraíso Perdido".

David de repente recebe um convite estranho para ir para Veneza ver um fenômeno supostamente diabólico. Diversos acontecimentos em Nova Iorque os impulsionam a viajar, ele e sua filha Tess, à Veneza, Itália. Porém, ao ir para a Cidade dos Canais, ele acaba perdendo a filha e presenciando uma cena de possessão.
Aí você vai ficar perdido. Prof. Ullman, em vez de procurar Tess em Veneza. Depois que os bombeiros encerraram as buscas, volta para Nova York e aí a história desanda mais ainda voltando a fazer algum sentido no final do livro porque só um personagem realmente importa, para mim, em "O Demonologista", e é a Elaine O'Brien.
Andrew Pyper escreve uma primeira parte maravilhosa, embora o terror prometido seja muito aquém. E deixa, aquele gostinho de "esse livro promete", mas Pyper errou, errou feio, errou rude.
Não sei onde ele mais errou. Se foi no David, no narrador em primeira pessoa, no avião, nos primeiros enigmas, na faixa etária.
Vamos por partes
David narra essa história e o texto nos entrega uma introspecção que é desnecessária. A gente sabe "quem" é o vilão. A gente sabe que ele existe dentro da verossimilhança. Mas toda vez o nosso narrador tem que rememorar que ele não está ficando louco, ou coisas do tipo.
Ai esse vilão! Na segunda vez que o Inominável disse que não podia dizer seu nome eu achei extremamente pedante. Então David passa boa parte do livro seguindo instruções da Legião até ele descobrir o nome do indivíduo. Assim como o personagem Perseguidor. Ele tinha a desgraça de um nome, mas Andrew Pyper trabalhou com esse codinome desnecessário e também é um personagem choroso de ruim. E nenhum momento o personagem ganha relamente o posto de amedrontador.
Enigmas. Realmente comprei esse livro imaginando uma pegada danbrowniana pelas páginas. Mas os primeiros enigmas que o antagonista lança são angustiantes de ruins. Ate passar da metade. Os enigmas passam de "você realmente pensou isso? Tá puxado" para as soluções interessantes, mais floreadas. Pior é o David falando como Gregório Duvivier palavras do tipo "o demônio é ardiloso! Não negocie com o demônio".
"O Demonologista" não é pesado para ser terror, mas não é leve para o cotidiano, afinal estamos falando da dor da perda e melancolia.
Por Tess, O'Brien e o final bom e meio aberto, eu dei minhas 3 estrelinhas no Skoob. Além dessa edição destruidora da DarkSide, o livro não é ruim, só tem muitos pontos negativos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário