Se o amor diferencia os mocinhos e vilões é o medo que nos torna humanos. Pense bem, todos nós sentimos medo, por menor que seja... O medo nos faz sentir empatia pelo próximo, torna aquele personagem, aquela estória verossímil. É o medo que nos deixa sem sono, é o medo que nos deixa a noite inteira sem dormir. E é por causa disso que a literatura de horror é uma das minhas favoritas(só perdendo para romance social, porque né gente?)
O terror sempre esteve presente na humanidade, principalmente naquelas tradições mais populares em que se pensava na vida após a morte. Aliás, o medo da morte é algo que vem sempre nos acompanhando. E justamente esse medo permitiu que criassemos tampos mitos. Na literatura o terror passou a vigorar juntamene coma tradição gótica( castelos, ambientes lúgubres e melancólicos etc...)dos séculos XVIII a XIX.
Nos primórdios do terror, nós temos Ann Radcliffe e Matthew Lewis. Nessa época o terror conquista um forte público feminino e acaba com aquela ideia de que garotas só leem romances água com açúcar. E por falar nisso, durante o terror vitoriano, a obra que se classificou como o começo da ficção cientifica e do terror foi escrita por Mary Shelley(autora de Frankstein).
E por falar nos nossos queridos vitorianos, foi no reinado de Dona Vitória que a literatura de terror mais se desenvolveu. E como não poderia ser? A Era Vitoriana ficou conhecida como o a época dos falsos moralismos, onde todo mundo tentava parecer perfeito mas tinha grandes segredos! Logo expor essa imperfeição foi uma das marcas desse terror: nós temos: Frankenstein(da Mary Diva Shelley), Drácula(do Bram Stoker, que eu insisto em chamar de Bran Stark...), o médido e o monstro(do Robert L. Stevenson), O corvo(Edgar Fucking Poe), A volta do parafuso(Henry James) e o Retrato de Dorian Gray(Oscar fucking Wilde). E no Brasil, que copiava muito as tendencias internacionais, temos Aluízio de Azevedo com Noite na Taverna e Machado de Assis com a causa secreta, no século XX também temos referências como H.P Lovecraft. O que eu acho interessante nesses livros é o fato de que mesmo sendo escritos há dois, três ou quatro séculos atrás e continuarem sendo tão atuais e medonhos: Mary Shelley aborda toda a polêmica entre ética e ciencia, quais são os limites, o médico e monstro fala sobre a ética e o grande dualismo entre ser ~bonzinho~ e ser ~malvado~, Oscar Wilde sobre como nos deixamos dominar pelas aparências e que estas engananam. Quando eu li estes livros eu senti muito medo, porém eles perdem um pouco do efeito porque sabemos da estória de prache. Mesmo assim, esses livros moldaram o nosso terror atual... Como é que a Anne Rice escreveria sobre vampiros sem Drácula? Como é que Stephen King se tornaria o rei do terror se não é por Edgar Allan Poe ou H.P Lovecraft? Como é que o John Harding conseguiria escrever a menina que não sabia ler sem Henry James? O que seria do cinema sem Nosferatus?
Então essas são as minhas indicações literarias: os livros que moldaram o nosso terror, a maioria está disponível em PDF e no Domínio Público. E também, para quem não sentiu-se muito confiante com essas indicações eu sugiro a Série Penny Dreadful, que vai fazer um mega cross over com os livros de terror vitorianos.
Então essas são as minhas indicações literarias: os livros que moldaram o nosso terror, a maioria está disponível em PDF e no Domínio Público. E também, para quem não sentiu-se muito confiante com essas indicações eu sugiro a Série Penny Dreadful, que vai fazer um mega cross over com os livros de terror vitorianos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário