"- Quero que você dome o seu dragão!
- É claro que quer, Daenerys! - disse Romain"
Obs1.: Essa resenha contém spoilers do primeiro livro da saga clique aqui para ir para a resenha do primeiro livro.
Obs2.: Essa resenha tem a minha opinião misturada com a opinião da Ana, então se em algum ponto divergirmos de opinão, vai aparecer algo que indique nossas opiniões separadamente.
Derek. Daniel. Romain. Ashanti. Amber.
EUA. Brasil. França. Ruanda. Irlanda.
Sargento Ranger. Hacker. Dublê. Revolucionária. Garçonete.
Vermelho. Azul. Verde. Dourada. Rosa-escuro.
5 sobreviventes do Cemitério.
5 dragões ferozes na dimensão terrestre.
"Legado Ranger II - Cidades de Dragôes", de Raphael Draccon, é o segundo livro da série "Legado Ranger", ou seja, é a continuação do livro "Cemitérios de Dragões".
No final do livro anterior, os cinco rangers conseguem se libertar do Cemitério de Dragões, depois de uma batalha épica entre dracônicos, dragões-zumbis, homens-leões, demônio-bruxa e uma serpente monstruosa. Mas assim que voltam, não voltam sozinhos. Os dragões chegaram.
Porém isso não acontece exatamente ao mesmo tempo. Os rangers acordam e recomeçam a rearranjar a sua vida durante alguns meses.
Começamos a história com Derek Duke sendo interrogado no Pentágono. Ao descobrir que o bracelete funciona nessa dimensão. O sargento-ranger se torna um justiceiro sendo ajudado por Daniel que se tornou o hacker mais poderoso do mundo.
Romain conseguiu ser o astro de um filme de ação francês através dos forças sobre-humanas que o bracelete lhe dá, enquanto Amber volta a sua vida de garçonete irlandesa.
Ashanti vira líder revolucionária em Ruanda derrubando a opressão hutu virando a rainha-dragão de Ruanda em Kigali. Além disso ele evoluiu tecnologicamente o país fazendo a ONU tremer.
E, nesse panorama, os dragões surgem em plena Copa do Mundo, no Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro.
Logo de início, vemos que vai jorrar sangue por essas páginas. As descrições de Draccon nesse livro estão muito mais chocantes. As batalhas estão mais reais que no primeiro livro. A Ana também disse que os diálogos estão muito melhores, mais engraçados, mais irônicos. Não sei é pelo fato de esse livro ser uma fantasia urbana, as cenas aparentaram mais reais.
As cenas sci-fi estão muito inteligentes. Apesar de ser um livro fantástico, você percebe que houve uma pesquisa por trás da escrita.
Além do aprofundamento científico, o aprofundamento histórico tem que ser citado tanto nas Histórias do Japão e de Ruanda. Aspectos geográficos, cenários, está tudo muito bem expresso nas páginas. (Ruanda é esse ponto vermelho no mapa)
Os personagens são ricamente evoluídos. Eu achava o Derek aquele herói impecável que sofre nada (ou um herói grego insuportável, sim, eu falei isso, Ana), mas, nesse livro, embora ele continue impecável, o sargento se mostra com personalidade, debochado. E ele acabou cativando nós dois. Segundo a Ana, Derek e Amber tem as melhores cenas e que ela marcou tudo haja post-it's e marcadores de texto. E nós dois amamos as cenas dos dois juntos, eles realmente viraram parte da gente. Ashanti nesse livro carrega uma carga dramática nesse livro que consegue se aliar a curva dramática da Amber. Talvez seja por isso que nossa blogueira ficou com a sensação de amo/odeio.
Ela tem vontade de mimá-la e repentinamente tem vontade de matá-la, mas eu só tenho amores por ela! Amber e Ashanti se complementam de uma forma que me fez me importar com a vida delas e não com a forma física para a batalha.
Daniel e Romain também apresentam sua unificação nesse livro. Os dois continuam se completando, mas você consegue separá-los e ver como eles são personagens completos e não só o alívio cômico. Eu e Ana concordamos que os melhores diálogos são da dupla. Sempre irônicos, engraçados, mais que engraçados, hilários causando aqueles constrangimentos básicos dentro de ônibus. Pela Ana, ela guardaria o Romain num potinho e colocaria na estante (ela acha ele fofo, como proceder?).
As referências à cultura nerd continuam aqui. O principal vilão desse livro me lembra um Digimon (talvez não seja essa a inspiração, mas eu imaginei algo parecido. Existe um robô mecha nesse livro que me lembra muito "Vingadores" com aquela batalha épica entre o Hulk e o Homem de Ferro e videogames.
A escolha para o cenário da batalha final não poderia ser melhor. Raphael Draccon cria de novo esse ar de que tudo foi bem arquitetado, como um tabuleiro de War. Os personagens centrais eram abrilhantados, os rangers mostravam unidade, embora sejam pessoas completamente diferentes. E o desfecho faz com você trema na base.
A edição está maravilhosa, tanto quanto a primeira! A capa está divina, a guarda (que é a parte interna da capa) todo vermelha, então vale a pena ter o volume físico em mãos. Além das entradas de capítulo com um dragão cheio de detalhes.
Se você leu o primeiro, corra para as livrarias e leia o segundo e vamos subir a hashtag #highwaytohell ao TrendTopics. Até semana que vem com um post especial para as crianças.
Ótimo texto! Adorei a resenha dupla. Fiquei curiosa para ler esse livro(apesar de o mais perto de ação de dragão que eu goste sem ser ASOIAF seja o mushu).
ResponderExcluirCabei de ler o primeiro volume, foi fantástico! Já estou muito curioso para ler esse volume (Vou me força a espera e comprar o exemplar impresso) e aliás pensei que fosse o único, me acabava de rir toda vez que o Daniel e o Romain apareciam. Espero concordar com vocês nesse exemplar também.
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