segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Resenha de "Supernova: O Encantador de Flechas"

(GRAÇAS A DEUS ESSA RESENHA VAI SAIR, DEPOIS DE TANTO PROMETER)
Depois de uma sequência de livros policiais (li esse livro depois de "Objetos Cortantes" e "Joyland" sim tem muito tempo que essas resenhas saíram, ou seja, essa resenha demorou éons para sair), essa fantasia surpreende todos nós, ainda mais por ser uma obra brasileira.



No início do ano, eu li uma quantidade de livros brasileiros que foram maravilhosos. E quando eu esperei que não fosse me surpreender com esses brazucas, Renan Carvalho me dá uma rasteira. Essa oi a melhor fantasia lida no ano.
Não sei dar a sinopse para esse livro, mas vou tentar (é a segunda vez que estou escrevendo). Depois da morte do ai de Leran Yandel, o seu avô e sua mãe estabelecem uma relação conflituosa que Le nunca entendeu. Leran também esconde seus segredos, ele estuda Ciência das Energias com seu avô depois das aulas que já estão acabando.
Ao acompanhar uma cena violenta de repressão na praça principal de Acigam, a cidade em que a história é situada, após sair tarde das aulas como o avô, percebe que a tirania do governo é pior do que imaginava.
No plano de fundo de suas descobertas, uma guerra civil começa entre magos, estudantes da Ciência das Energias, e o exército tirano que conta com a ajuda de uma ajuda equipe de fios assassinos profissionais, os silenciadores
Vou começar pelo romance que geralmente destrói a história do livro. Renan Carvalho construiu a melhor casal que eu li. Melhor história. Leran e Judra surgiram como um casal bonitinho que não incomodava, mas as reviravoltas impostas levaram a paixonite à prova e eu não sabia se torcia pela separação ou união.
O autor evoluiu sua história em tom frenético. Isso quer dizer que o leitor acaba um capítulo necessitando do próximo. Seguindo a mesma linha de ação e de descobertas durante o livro todo, fazendo a narrativa fluir leve, sem deixar furos, numa história superconectada.
As mortes nesse livro são justificáveis e as sugestões são maravilhosas. Eu me peguei gritando várias vezes  achando que alguém tinha morrido, mas, na página seguinte, descubro que estava errado.


Mesmo a narrativa sendo em primeira pessoa, os personagens são bem desenvolvidos. Consegui desenvolver ódio e amor por muitos personagens. Minha personagem preferida é a Lua, irmã da Leran, toda emo gótica.
Além da história maravilhosa  com um desfecho brilhante, temos que admirar essa edição da Novo Conceito. As ilustrações do Licínio Sousa  estão sensacionais. Eu não tinha gostado muito da capa prefiro capas com pouca informação mas as cenas do miolo são lindas.
E é isso! Quem gosta de reviravoltas, de suspense leve, romance, magia e fantasia com certeza vai amar essa série. "A Estrala dos Mortos" foi lançado na Bienal, então quem já leu corra atrás do seu. E, claro, valorize os livros brasileiros, não só os clássicos. Tem Carolina Munhóz, Raphael Draccon, André Vianco, PJ Pereira, Eduardo Spohr... Muita coisa boa está sendo escrita, que merece sua atenção.
Outra sugestão: tenta entrar numa livraria ir na sessão de Literatura Nacional e escolher um livro sem ler a sinopse. Conte-me nos comentários o resultado dessa empreitada.
Até segunda que vem! Com mais amor em um só post. Tchau! 

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