segunda-feira, 28 de novembro de 2016

"O Vampiro-Rei - Livro 1 - Bento"

[...]Tontura. Um barulho absurdo entrou pelos seus ouvidos. Buzinas, risadas altas, camelôs anunciando produtos pirateados, cobradores de lotações berrando itinerários... tudo isso vinha a seus ouvidos. Aquelas ruas, quando as olhou pela última vez estavam abarrotadas de gente no vaivém frenético do dia a dia, hoje pareciam um cenário de algum filme surrealista, uma coisa à John Carpenter. - Bento, André Vianco.


Esse é o quinto livro brasileiro que eu li esse ano e provavelmente o último de 2016. Bento é uma aventura fantástica pós-apocalíptica escrita pelo André Vianco, autor dos best-sellers Sétimo e Os Sete, e ele vai dar vida a um mundo em que o medo da noite impera, afinal a noite é dos vampiros.
O Vampiro-Rei - Livro 1 - Bento vai narrar com está o mundo 30 anos após a tenebrosa Noite Maldita, ou seja, quando os seres humanos dormiram e acordaram ou como vampiros ou como caças ou nem mesmo acordaram Os grandes centros urbanos viraram túmulos gigantes repletos de adormecidos e vampiros e, nas regiões interioranas, formaram-se fortificações em que humanos desesperados se reuniam. A única salvação encontrada foram os bentos, homens que acordaram com a incrível capacidade de matar vampiros por instinto.
No Hospital Geral de São Vítor, um adormecido acorda sem saber o nome, a profissão e tudo relacionada a sua antiga vida. De outro ponto do Brasil, de Nova Luz, saem Adriano e seu comboio para por o plano de acabar com os vampiros em ação. Por sorte, parece que a profecia feita pelo velho Bispo de que o trigésimo bento, o salvador, havia surgido e traria quatro milagres capazes de derrubar os malditos noturnos.
André Vianco criou uma história tentadora. A ideia de por um herói típico e uma profecia básica pode parecer simplória, mas a construção não é tão simples assim. O narrador em terceira pessoa sabe brincar com sua sensação de desconforto em relação ao enredo. Quando o leitor se mostra avesso a algum ponto, provavelmente um personagem sentirá a mesma coisa. Como por exemplo, o ritmo desenfreado do protagonista que cansa quem lê e quem acompanha a jornada.
Um ponto altíssimo desse estilo narrativo são os parágrafos grandes ou enormes fluxos de consciência. No começo, causas estranhamento parágrafos de uma página e meia, mas são completamente justificáveis, eles causam agonia, aflição, embora não medo. Em nenhum momento me ocorreu a sensação de terror e não imagino que seja esse o objetivo do André Vianco, me pareceu mais uma fantasia pós-apocalíptica mesmo.
A evolução do núcleo de vampiros é bem interessante. Tanto Cantarzo quanto Raquel e Anaquias me deram aquela vontade de torcer. Torci pelo Cantarzo desde a primeira cena. Eu torci para Raquel encontrar o Cantarzo. E torci pela independência do Anaquias. Obrigado por esses vilões, Vianco!
É magistral o quão brasileiro é Bento. Não existe um ponto em que se duvide daquele cenário. Eu fiquei tentando reproduzir sotaques e maneirismos. Sem falar no cenário criado que aparenta um abandono próximo a The Walking Dead somado à exuberância natural brasileira.
Uma coisa que incomodou um pouco foi a ausência de personagens femininas fixas e representativas. São todas coadjuvantes dos coadjuvantes, geralmente estão ali para morrer. Pelo menos morriam com bravura. Mas a miscigenação brasileira está bem representado. Têm índio, negro, orienta, ruivo, reforçando o enredo extremamente brasileiro apesar da temática vampírica.
Como o enredo é bem fechado, não sentindo tanta sede por Bruxa Tereza, mas, mesmo assim, estou interessado. Isso se deve porque a história foi primeiramente pensada para um livro só que a imaginação fluiu e vieram mais dois livros.
Espero que leiam e gostem de Bento tanto quanto ou mais que eu. A saga O Vampiro-Rei é um exemplo de livro brasileiro que vale a pena.
Até segunda!

domingo, 27 de novembro de 2016

Precisamos Falar Sobre Percy



Boa tarde pessoal, quanto tempo né?

          Primeiramente quero pedir desculpas pela falta de frequência em postar material aqui, a vida de professor/estudante não está fácil kkkkkkkkk agora sim vamos ao que interessa...


          Nesse fim de semana (quer dizer 31 de outubro) acabei de ler o primeiro livro da saga Percy Jackson e os Olimpianos (Percy Jackson e o ladrão de raios) e sinceramente me surpreendi de todas as formas.


          O livro conta a história do jovem Perseu Jackson que vivia com sua mãe e padrasto e nunca conheceu seu pai, porém após seu 12° aniversário coisas estranhas começam a acontecer e ele descobre quem realmente é seu pai e o que realmente ele é, um semideus. 


          Sempre tive um pré conceito besta da história baseada nos filmes e procrastinei na leitura (mesmo com amigos me falando que os livros eram bem mais completos do que a história contada nos filmes). Daí eu e um amigo marcamos de ler juntos a saga e debater ao longo dos capítulos lidos, eu achei que seria cansativo e desinteressante ler um livro infantojuvenil com os meus 25 anos, mas o Tio Rick (acho que posso o chamar de Tio Rick) com sua escrita maravilhosa e cativante me prendeu do início ao fim, a leitura fluiu fácil mesmo sabendo como seria o encaminhar da história. 


          Hoje posso dizer que o livro é muito, mais muuuuuito melhor que o filme (vai por mim, é bem melhor mesmo).


          Uma coisa bastante interessante no livro é a utilização das histórias dos deuses gregos e o que elas influenciaram nos personagens por serem filhos de determinado deus, e sim, da pra aprender bastante sobre a mitologia grega nos livros.


          Não vejo a hora de continuar a saga, aprender mais sobre mitologia e ver o desfecho dessa história. Pra você que nunca leu ou está enrolando (igual a uma certa pessoa aqui) pra ler os livros de Percy por qualquer que seja o motivo te digo uma coisa: Leia, pois você vai amar…


 
          E vocês, já leram os livros? Qual deles é o seu favorito? Comenta aqui em baixo (SEM SPOILER PELO AMOR DE ZEUS) e vamos conversar ^^

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

"Doutor Estranho"

Esqueça tudo que você acha que sabe - Anciã

A Marvel gosta da fazer a gente ver uma coisa bonita na tela e com Doutor Estranho, roteirizado por C. Robert Cargil e Scott Derrickson (também diretor), não foi diferente.
Criado em 1963, Doutor Estranho chegou aos cinemas dia 4 de novembro interpretado por Benedict Cumberbatch sim, o Sherlock Holmes de Sherlock, da BBC.O filme vai contar a história do neurocirurgião ególatra Stephen Vincent Strange. Após um grvaa acidente de carro, a mão se torna incapaz de de fazer cirurgias e isso o leva ao fundo do poço. Tão fundo que o obriga a ir a Kathmandu atrás de uma espécie de monges que sabe e busca os mistérios do multiverso.
Temos dois ou três persongens bons e cativantes aqui. O Dr. Strange é ácido, egocêntrico e não se propõe a ser mais que isso, ele só precisava aprender a dosar isso ao longo da jornada do herói, que está bem clássica nesse filme. A Anciã é interpretada por Tilda Swinton, a Feiticeira Branca de As Crônicas de Nárnia. O tom misterioso  é o que instiga-nos a continuar assistindo as lições dadas ao Strange e é uma personagem com muitas camadas. E Mordo, interpretado por Chiwetel Ejiofor, é um dos monges influentes em Kamar-Taj que não entrega todo seu potencial nesse filme. Ele fica ali lançando umas esfinges sobre o passado, mas não conta nada exato sobre ele.
O vilão ou os vilões são pouco profundos. Kaecilius (Mads Milkkensen) é a típica ovelha-negra e Dormammu é o típico dominador do universo, mas o desenrolar da cena com o Strange fazem ambos crescerem na tela.
O filme, diferente de Capitão América: Guerra Civil, não parece encontrar o tom exato entre o sombrio e o satírico. A maioria das piadas não funcionam nem para criança, mas algumas fazem você rir realmente. Quem vê Sherlock entende um pouco do humor do Benedict.

Figurino e cenário estão muito bons e imersivos e os efeitos especiais estão hipnotizantes. Na primeira cena do filme eu estava babando pela arte que um espetáculo de movimentos e encaixes e desconstruções. O mérito dessa fotografia é de Ben Davis, de Stardust. Algo meio Matrix só que muito difícil de comparar. Foi lindo e o 3D só serviu para melhorar a experiência imersiva.
Embora o filme não encontre o tom perfeito, entretém e conquista com tudo que ele oferece e vai oferecer futuramente, porque agora até o logo da Marvel mudou.

Até segunda e desculpem-me pelas duas semanas sem postagem! Tenho que me retratar!