segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Resenha de "A Dança dos Dragões"

Neste mundo só o inverno é certo. Nós podemos perder nossa cabeça, é verdade... mas e se prevalecermos? - A Dança dos Dragões, George R. R. Martin

Hoje vim do livro A Dança dos Dragões, da série As Crônicas de Gelo e Fogo, escrita por George R. R. Martin, nosso serial killer. O quinto livro da série é outra metade de O Festim dos Corvos.

Como esse é o quinto livro tem spoiler sobre os livros anteriores, principalmente dos três primeiros.

Lembra que quarto livro tratou sobre a parte Sul de Westeros, Pyke e Bravos? Neste volume vamos continuar a história sobre os personagens que não foram focados naquele livro. Então esse livro se passa no Norte, na Muralha, em Para-Lá-Da-Muralha e em Essos (majoritariamente em Meereen). Um pouco depois da metade nós voltamos a ver todo o mapa d'As Crônicas de Gelo e Fogo.
Jon e Daenerys estão em posições semelhantes, só não sei quem está mais desesperado. Jon está na Muralha com o Rei Stannis espezinhando sua vida enquanto  tenta, como 998º Senhor Comandante, negociar com o povo livre uma aliança que vai fazer a construção de gelo estremecer.
Já Daenerys está crente que todos os povos da Baía dos Escravos estão na estão na vibe Princesa Isabel. Mas, na realidade, com Drogon solto por aí e as hierarquias yunkaítas ressurgindo, a Mãe dos Dragões descobre que o título de Destruidora de Correntes incomoda toda uma economia baseada na escravidão.
Tyrion está numa viagem instigante em Essos. Após matar o pai Lorde Tywin Lannister e a amante Shae, o Duende encontra o Magíster Illyrio Mopatis do outro lado do Mar Estreito e embarca para a tão famosa última Targaryen. No caminho, vamos ter tantas descobertas e histórias quanto Tyrion sempre foi capaz de nos proporcionar.
Neste livro também nos deparamos com um Theon Greyjoy bem diferente. É de doer. Eu sempre odiei o personagem, mas o inimigo agora é outro. Nas garras do Bastardo de Bolton, Ramsay, Theon vai ser escurraçado, mas será o dono da melhor história de A Dança dos Dragões.

Enquanto Bran se encontra perto do fim de sua roadtrip em Para-lá-da-Muralha, o jovem Príncipe Quentyn Martell sai de Volantis para encontrar e salvar Daenerys Targaryen e trazê-la em segurança para Dorne.
Esse, realmente, é o livro com mais altos e baixos que Martin já escreveu na série (com mais altos do que baixos, graças a Velha). O clima "e agora?" do livro anterior se foi, afinal nesses núcleos não temos luto. O clima aqui é "o inverno está chegando e os mortos andam" com o sintoma de caos completo. Acho que caos é o que consegue definir esse livro.

No mar, tempestade. Ao norte, o povo livro está morrendo de frio e pelos Outros. Em Meereen, ameaça dentro e fora dos muros. Todos desesperados para coroar algum rei já que os Lannister estão no fundo do poço. Caos.
Nesse caos, a gente tem personagens testam nossa paciência. Quentyn Martell, Victarion Greyjoy e Rainha Selyse imploravam por um fogo e sangue. Eu ainda amo a Dany, mas reconheço o mau uso da nossa khaleesi que passava mais tempo pronunciando seus títulos que agindo.
Mas os outros personagens destruíram em cena. Os irmãos Asha e Theon Greyjoy foram o ponto alto do livro, assim como os capítulos da Cersei e da Arya na metade final.
Martin, por favor, vamos elevar os Martell. E adoro o Doran, a Arianne e as Serpentes. E por Bran e Davos mais tempo nos próximos livros.
Estou com sede de inverno agora. George Martin tem uma habilidade de prender o leitor que me faria ler Os Ventos do Inverno neste momento. Mas é aquele ditado, né. Não existe nem previsão. Desse jeito, só me resta terminar de ver as últimas temporadas.
Tchau e até segunda-feira.

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