segunda-feira, 23 de maio de 2016

Vamos deixar a meta em aberto

Acho que best-sellers criaram um monstro.
Você deve perceber que a cada ano que passa o tempo parece encurtar e 24 horas parecem não ser suficientes para dormir, trabalhar, praticar algum esporte, ser sociável com a família, ser sociável com os amigos e ainda assistir televisão, ir ao cinema e ler, ou praticar qualquer outro hobby. E nós leitores temos que ser aliados das leituras em movimento, ou seja, transporte público, que tem implicações médicas que rejeitam essa hipótese: Mas é aquele ditado: Vamo fazer o quê? sei que você completou a frase sem ler
Uma alternativa sempre ronda nossa cabeça como mosca em dia de chuva: ler livros rápidos, que não tomem seu precioso tempo. Eu tenho o hábito de ler no metrô, e só, então ler livros rápidos é a alternativa mais tangível. Infelizmente, o meu planejamento para 2016 era morrer nos clássicos sendo que eu leio menos de meia hora por dia. Como ler clássicos que já demoram lendo pouco por dia.
Os famosos best-sellers se adequaram aos novos tempos. Demorar mais de um mês em um livro dá-nos a sensação de que o enredo não evolui e a história, pedante. Vamos pensar que talvez o problema seja você e a sociedade que cobra que seu tempo seja ocupado.
Em alguns momentos, até os best-sellers perdem para eles próprios. Eu leio um livro d'As Crônicas de Gelo e Fogo por ano e, por um milagre, consegui ler A Tormenta de Espadas  e O Festim dos Corvos de uma vez só nessas férias. Mas eu estou a um bom tempo tentando ler A Dança dos Dragões e acabo observando os não-lidos e encontro um mais fino que aparenta ser mais ágil.
Então irei fazer um acordo com vocês até o final do ano eu tenho que ler pelo menos 5 clássicos brasileiros ou internacionais. Esse ano eu só li A Hora da Estrela, de Clarice Lispector. Não vamos deixar best-sellers criarem em monstro invencível.
Eu sei que 5 é uma meta baixa mas vamos fazer igual a Dilma: Vamos deixar a meta em aberto, quando a gente alcançar a meta, a gente dobra.

Até segunda!

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