quarta-feira, 27 de maio de 2015

Crime e Castigo, Fiodor Dostoiéviski

Olá moças e moços,
Vocês já se perguntaram até que ponto chegariam para comprovar suas ideias? Bem, Raskolnikov, personagem principal de crime e castigo chega em pontos extremos para ~testar~ sua teoria. Raskolnikov é um jovem russo, que está na miséria, Raskolnikov acredita que isso lhe da poder para desrespeitar as leis da sociedade, já que a sociedade o desrespeita. Então, após “refletir” por um longo tempo, ele decide cometar um assassinato. Após esse evento, Raskolnikov passa a sofrer as consequencais de seu crime e Dostoievsiki entra para a história por escrever um baita de um romance psicológico.
Esse livro foi um desafio para mim, para começar que ele me deu uma perspectiva nova sobre a Russia e nós não temos muito contato com a cultura russa, não como é com a Inglesa ou a Americana. E basicamente eu sabia quatro coisas sobre  a Rússia: Bolshoi, Anna Karenina, Catarina a Grande e Comunismo
E esse livro mostra neologismo russo, várias piadinhas que só são daquele idioma, além disso, temos todo um plot psicológico, que você fica perguntanto: será que eu entendi bem esse livro?
Enfim, foi uma experiencia de leitura fantástica e agora eu vou explicar porque…
O livro é dividido em seis partes mais o epílogo. É um livro narrado numa terceira pessoa fechada, cheia de monólogos internos do Raskolnikov. O que já foi uma boa escolha, pois temos o ponto de vista do protagonista, mas temos mais amplitude da situação. Não paramos por ai, além de ter uma narração maravilhosa, cheia de insignts psicológicos muito bons, temos outros lados para analisar. O livro também segue uma trama policial, claro ocorreu um assassinato, querem descobir quem foi. E  ai, tem mais dúvida de quem tá sabendo de mais, quem não tá, será que sabem mesmo que foi o Raskolnikov. E você sente a agonia junto com os personagens, fica com vontade de gritar O ASSASSINO ESTÁ DO SEU LADO!
O livro também tem romance, não do tipo água com açucar, mas um romance com pessoas que sofreram demais nessa vida. E o que torna esse romance interessante são os personagens. É muito fácil sentir empatia por eles, e o melhor, o  Dostoieviski não dá a estrutura do personagem mastigada para você, é você, caro leitor, que tem que analisar e dizer se aquela é uma boa ou uma má pessoa e vamos falar a verdade: Representatividade feminina: nota 1000000000000000000000.
A ambientação foi maravilhosamente planejada, e guarda o seu lado mais policial, na maioria das vezes não temos acesso ao nome das ruas, ou dos lugares que Raskolnikov e companhia frequentam. A utilização das cores foi outra sacada genial do autor, o destaque vai para o amarelo, que significa a doença, e não estou falando só da doença mental de Raskolnikov. Outros personagens também sofrem com  a loucura. E como não sofrer?
O simbolismo do livro foi maravilhosamente arquitetado. Os sonhos, as cores, os objetos.
E podemos fazer várias analises, olhando desde um ponto de vista psicológico até um ponto de vista mais socioeconomico. E ver que tudo no livro está intrincado. Dostoieviski, queria chamar atenção, para a pobreza extrema que assolava o país e o que essa pobreza era capaz de fazer com os homens. E isso fica implícito em várias ações e falas dos pesonagens.
O livro no começo, pode parecer arrastado, por conta dos monólogos e da falta de pressa de contar a história. Mas a medida que nos acostumamos com a escrita e narração, parece que até se passa rapidamente.
É um livro que te faz ter várias discussões. E você pode olha-lo por diferentes pontos de vista. Enfim, foi de fato uma das minhas melhores leituras de 2015, ficando em segundo lugar e eu quero muito aprender a falar russo para ler esse livro no original!
Espero que vocês tenham gostado da crítica, não deixem de seguir o blog. Até mais e obrigada pelos peixes.

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