segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Resenha de "Joyland"

Logo na capa a Entertainment Weekly diz o seguinte: "Uma das histórias mais bem escritas de King... Profunda, divertida, cheia de reviravoltas, despretensiosa e, por fim, arrasadoramente triste."
A Entertainment Weekly estava correta.
A história é contada por Devin Jones, um jovem universitário virgem em um relacionamento morno. Para esquecer a namorada, Wendy Keegan, Jonesy resolve trabalhar em um parque de diversões na Carolina do Norte, o Joyland.
Curiosamente, nesse parque ocorreu um assassinato há quatro anos antes de Dev começar a trabalhar e, reza a lenda, que o fantasma da vítima, Linda Gray, ainda está aprisionada no trem fantasma na Horror House.
De quebra, Devin conhece uma quiromante que prevê em seu futuro uma menina e um menino, sendo que um dos dois é um médium.
A primeira coisa que tenho que dizer é a sinopse entrega demais. A história não é complexa, não é como "Sob a Redoma", cheio de personagens com tramas megaprofundas. Na realidade, estamos dentro da mente de Devin, então o que sabemos é o que ele vê. E se a função da sinopse é ser sucinta e contar um pouco do início da história e dizer o que você deve esperar, a Suma esqueceu de fazer isso. Te entrega a história toda, menos o final. 
O livro também é algo inesperado. Quando você acha que vai abrir o livro e esperar um thriller fantasmagórico, Stephen King te mostra um romance com pegada YA (young adult). Mas não tenha preconceito porque não deixa de ser um livro do Rei.
Esse é o segundo livro que li dele então tenho que falar de "Sob a Redoma" e dar uma comparada. "Tamanho não é documento" - é frase ponta, mas é a realidade. "Joyland" e "Sob a Redoma" são livros muito envolventes. No segundo, ele tinha que aprofundar personagens, mostrar suas histórias e se passava numa cidade. O primeiro é do ponto de vista de um jovem antissocial, ou seja, nós alcançávamos a profundidade dos personagens com sutileza, a história é mais rasa e mais simples, não menos interessante.

A narrativa de "Joyland" é daquelas que você lê sem motivos para ler porque estava delicioso folhear as páginas. Algo interessante que King foi o livro ser contado do futuro. A história é contada de 2012. Consequentemente, Jonesy sabe o que acontece, o tempo normal, avançando e voltando nela ao seu lado bel-prazer.
Uma recomendação:assim que uma música for mencionada, você, leitor, pegue seu fone e ouça a música. Vai ser perfeita a experiência.
Lembra que a Entertainment Weekly falou que é um livro arrasadoramente triste? Então, estou escrevendo depois da leitura ainda com suor masculino nos olhos, porque Stephen King escreve um final que pisa no seu coração. Mike é um personagem que vai ficar eternizado. Ele aparece depois da metade do livro, mas é muito desenvolvido ao ponto de te levar ao sofrimento.
Stephen King não merece palmas, merece o Tocantins inteiro! Se você gosta de YA, vai adorar! Se você gosta de policial, você vai adora! Se gosta do Rei, de parque de diversões, infância, "Pop Pop", de quiromancia... Aff! Somente LEIA!

Nenhum comentário:

Postar um comentário